VENEZUELA: A CHAGA ABERTA DO POPULISMO

Um misto de irresponsabilidade, demagogia populista e sanha pelo Poder a qualquer custo. Foi assim que teve início a crise venezuelana que hoje toma os noticiários mundo afora, mas que já se desenhava há ANOS, pelas mãos de Hugo Chávez e que teve suas últimas pinceladas rumo à catástrofe social, pelas mãos de Nicolás Maduro.

Os dois presidentes acima citados gastaram (Chávez) e gasta (Maduro) dinheiro como se a riqueza tivesse "criação espontânea", como se não fosse algo criado pelo trabalho HUMANO. A confiança excessiva, quase pueril, nos recurso advindos da exportação do petróleo (que corresponde a ABSURDOS 96% da pauta de exportação venezuelana), serviu como pilar para a demagogia de Chávez, através da implantação de programas ditos “sociais” – mas que não seria injustiça alguma, chamar de “suicidas”- nos moldes das trocentas “Bolsas” que FHC criou e o PT ampliou com toda cara de pau que só os cínicos populistas têm. Este foi apenas UM dos vários e graves erros econômicos de Chávez: aumentar significativamente a base monetária de um país por meio de ações demagogas e impensadas, ao tempo em que DESESTIMULA o empreendedorismo nacional e estrangeiro, por meio de rígidos (e irracionais) controles de salários e preços, é como querer encher um balde furado com água: pode-se criar a ILUSÃO de que conseguiu encher o balde (melhorar a Economia), se a quantidade de água (dinheiro) despejada nele for MAIOR que a desperdiçada pelo furo (inflação), mas cedo ou tarde, aquele furo demonstrará que todo o esforço foi em vão (crise econômica). Qualquer pessoa com o mínimo de capacidade cognitiva, tentaria consertar o furo (controlar despesas, aumentar receitas e estimular o aquecimento da economia através do empreendedorismo), ANTES de tentar encher o balde (criar superávits). Chávez – como reza a praxe populista- preferiu fingir que ele NÃO existia.

Desde 1999, altos (e crescentes) gastos com programas sociais inócuos e envio de “ajuda humanitária” a Cuba combinados com rígidos controles de preços, salários e do mercado de trabalho, fizeram com que o governo venezuelano tivesse que recorrer por diversas vezes aos cofres da estatal petrolífera PDVSA, além de ordenar que o Banco Central Venezuelano imprimisse dinheiro (e convidar nosso conhecido colega, o “dragão da Inflação”) para fazer frente aos crescentes custos dessa louca jornada econômica.

Ora, um país onde o investimento privado (nacional e estrangeiro) é DESESTIMULADO não pode esperar outra coisa, além de um a debandada geral de empreendedores de todos os setores. E foi isso o que aconteceu – e continua acontecendo- na Venezuela: os comerciantes percebem que o prejuízo deles será MENOR fechando as portas, que vendendo aos preços ORDENADOS pelo demagogo governo venezuelano. De sorte que, num cenário desses, o desabastecimento é uma consequência secundária- mas totalmente previsível- da estupidez de intervir de forma tão absurda, nas relações entre os agentes econômicos – famílias e empresas.

Torço para que o povo venezuelano consiga sair desta crise, mas não vejo como isso será possível, SEM a saída de Nicolás Maduro da presidência. O feroz Estatismo no qual a Venezuela foi envolvida nos últimos 15 anos, mostra seus –previsíveis- resultados agora e, ao que tudo indica, culminará com mais uma ditadura latina, nos próximos meses. Que nos sirva de lição, antes de sairmos apoiando as reiteradas e absurdas intervenções do Estado em todos os aspectos de nossas vidas e na Economia.

Gustavo Marinho
Enviado por Gustavo Marinho em 19/02/2014
Reeditado em 22/02/2014
Código do texto: T4698341
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