BOLSA DE VALORES: UMA OPÇÃO VANTAJOSA E VISIONÁRIA DE INVESTIMENTO

Ana Paula Lopes¹

André Luiz Herzog²

Elisa Scheibner³

Cátia Guadagnin RossiRossi

FEMA5

RESUMO

A fim de proporcionar maior compreensão do que se trata e a relevância da Bolsa de Valores, o artigo possui um enfoque sobre em que altera o cotidiano. Fez-se inicialmente um resgate sobre a origem do tema trabalhado e após uma breve alusão sobre sua evolução no Brasil. Em decorrência, algumas dicas de como investir na Bolsa de Valores e como outra opção, no Mercado de Balcão. Procurou-se buscar relação com o que se torna simples relacionado ao nosso cotidiano, por se tratar justamente de um assunto um tanto quanto ausente no mesmo de forma direta. Muitas vezes, as opções estão à disposição, mas uma simples falta de interesse ou esclarecimento fazem com que se ignore determinados fatos.

Palavras-chave: bolsa de valores,investimento.

¹Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis da FEMA

²Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis da FEMA

³Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis da FEMA

4 Professora orientadora deste artigo

5Fundação Educacional Machado de Assis

INTRODUÇÃO

Diariamente os meios de comunicação que disponibilizamos das mais diferentes formas, como consequência das evoluções tecnológicas nos permitem ter acesso a inúmeras informações. Das quais, muitas vezes alguns assuntos nem sempre parecem claros, apesar de estarem tão presentes no cotidiano e sem que saibamos, nos afetam de alguma forma, melhor que isso:podem ser uma oportunidade desconhecida.

Embasado nesse pensamento, é que este artigo está formulado. Com o intuito de não ser apenas mais um que aborda um tema, mas o esclarece quando obscuro aos olhos de muitos, com a intenção de proporcionar conhecimento e oportunidade em um caminho que está à disposição, mas que, por muitas vezes o desconhecimento impede que a alcance.

Buscou-se encontrar os aspectos mais atualizados de um tema que se aprimora constantemente. Fala-se tanto em tecnologias, modernidades, mas quem verdadeiramente as conhece ou as usufrui de forma completa? Os meios de comunicação disponibilizam notícias sobre o dólar, seu preço, cotações da Bolsa de Valores, inflação,porém algumas características fundamentais para sua compreensão como acontecem as alterações,em que isso afeta a economia e o que pode-se obter de lucratividade ao investir em um mercado como esse fogem do conhecimento empiríco que se pode obter por esses meios.

Fora o objetivo de sanar tais dúvidas que levou a buscar de forma básica a base dessa compreensão. O artigo está disposto da seguinte forma: em seus três primeiros tópicos traz laconicamente a história do assunto,o que é e como investir, seguidos do tópico que fala sobre sua relevância econômica que anda coesa ao créditos de carbono, e uma outra opção,o mercado de balcão. Ao final sua conclusão.

1 HISTÓRICO

À medida que a economia se expande, mais importância ganha o sistema de distribuição de valores mobiliários como fator multiplicador da riqueza nacional, importância derivada do sucesso dos investimentos produtivos, os quais cada vez mais dependem dos interesses dos acionistas que ao visar a participação nos resultados impulsionam o crescimento das organizações.

Para compreender melhor o que é esse mercado é necessário conhecer um pouco mais sobre a sua história. Ao contrário do que parece, há séculos já existem corretores e “embriões” do que é hoje a bolsa de valores.

Muito antes de nosso país ser descoberto já aconteciam ensaios do que seria um dos maiores meios de transações mercantis: a bolsa de valores. Seus primeiros resquícios no mundo apareceram na Europa, mais precisamente na Bélgica, na cidade de Bruges, na casa de um senhor, onde primordialmente eram realizadas assembléias de comerciantes. A chamada Bourse de Paris foi criada em 1141 por Luis VII, sendo regulamentada em 1304.

Para (EDUARDO FORTUNA, 2007) “a Bolsa de Valores,em síntese é, o local especialmente criado e mantido para negociação de valores mobiliários em mercado livre e aberto,organizado pelas corretoras e autoridades.”

No Brasil, a bolsa de valores da Bahia teve seu início no período imperial em 27 de julho de 1851, através de um decreto imperial. Quase um século depois, em 1940 o governo estadual criou a chamada Bolsa de Mercadorias e Valores da Bahia Alagoas com a Bolsa de Valores de Sergipe.

Mas em 2000 que houve um acordo entre as bolsas brasileiras, onde a BOVESPA passou a ser a única bolsa de valores a negociar ações. E em 2001 foi efetuada a fusão operacional das Bolsas de Valores, que antes eram negociações regionais passaram a ser feitas pelos corretores através do MEGABOLSA unificando definitivamente o sistema. Atualmente são “500 mil pessoas cadastradas na Bovespa, a maior bolsa de valores da América Latina”(ANA CLARA COSTA,2008).

(EDUARDO FORTUNA, 2007) afirma: “no sistema Megabolsa as ações são negociadas em dois grupos: as de alta liquidez e as de baixa liquidez. As de alta liquidez são baseadas na negociação dos últimos seis meses, as demais são consideradas de baixa liquidez.”

A organização das bolsas Brasileiras é dada pela forma de ações, reguladas e fiscalizadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), para a realização de uma transação é necessário que o investidor seja credenciado a uma corretora, pois somente através dela é possível ter acesso aos sistemas de negociação para executarem suas ações de compra e venda de valores. Portanto as bolsas não compram nem vendem ações elas somente fornecem tudo que é necessário para que as corretoras desempenhem esse papel perante os investidores.

2 O QUE É O MERCADO DE AÇÕES E COMO FUNCIONA

Há alguns anos, falar de mercado de ações e da bolsa de valores era tratar de um assunto complexo e distante da realidade da maioria das pessoas. Porém, esta sempre foi e é uma pauta diária dos meios de comunicação, o que tem tornado o assunto um pouco mais popular, embora ainda desconhecido em sua essência.

Esse desconhecimento do assunto faz com que muitas pessoas invistam seu capital em outros meios, percam-no ou congelem-no todo em poupanças com rendimentos baixos a longos prazos. Enquanto o mercado de ações pode ser um emaranhado de oportunidades lucrativas, não apenas limitado às pessoas com melhor situação financeira. Ele está aberto a todos que possuam vontade, conhecimento, um pouco de dinheiro e adrenalina suficiente para se arriscarem.

A bolsa de valores é fruto do mercado de ações. Ação é a menor parte do patrimônio que uma empresa põe à venda no mercado. Ao comprar uma ou mais ações de uma empresa, o comprador torna-se um acionista dela ou pode-se dizer, um acionista responsável por um numero x de seu patrimônio.As ações podem ser classificadas em: Ordinárias (ON), que concedem direito a voto nas assembléias das empresas;ou Ordinárias (PN) que oferecem preferência no recebimento de resultados ou no reembolso de capital em caso de liquidação da companhia.

No Brasil, as transações de compra e venda de ações são efetuadas na BOVESPA (BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO). Essas transações ocorrem em um horário fixo, durante o dia, no chamado pregão. Na BOVESPA ficam os corretores, que são os responsáveis pelas negociações efetuadas durante o pregão.

Há alguns anos as "apregoações" (fechamentos) dos negócios, eram efetuadas em público e em voz alta entre dois representantes, eles tinham que descrever o titulo, as características, o preço e exaltar a palavra "fechada" para que a operação fosse concretizada.Esse processo era chamado de negociação comum.

Como o mundo evolui tecnologicamente a passos largos, a BOVESPA lançou em 1999 um sistema virtual chamado home broker, que facilitou e possibilitou o acesso ao mercado de ações abrindo as portas assim, para a entrada também de muitos jovens. Este, iniciou com 3.300 participantes e tem atualmente mais de 130 mil,o que corresponde a 8% do volume financeiro da BOVESPA.

Recentemente, no ano de 2009, a BOVESPA informatizou todo seu sistema de pregão,onde antes os corretores possuíam vários telefones em suas mãos e faziam as apregoações aos berros,pode-se dizer assim,hoje eles concentram-se aos monitores de seus computadores .E qualquer operador que quer comprar ou vender ações em outro horário que não seja o comercial,há um horário pós pregão, após as dezoito horas em que é possível negociar via internet.É o chamado after market.

As negociações efetuadas durante o pregão ou após ele, pelo after market podem ser classificadas em: negociação direta, negociação por oferta e negociação comum. A negociação comum é a que define de forma mais simplificada o que significa o todo que ocorre no mercado durante as suas transações.

Na negociação direta o próprio operador compra e vende ações. A operação só é fechada efetivamente quando houver melhor preço tanto na compra quanto na venda, o que predomina é o preço mais favorável. Enquanto que, na negociação por oferta o operador decide e registra num posto o preço que puder ofertar na venda ou que deseja para comprar. Neste caso ela pode ser fechada sem a sua presença. Os valores podem fechar entre si com outras negociações por oferta do mercado.

2 COMO SE TORNAR UM INVESTIDOR

A vida, o cotidiano, precisamos constantemente fazer escolhas, a vida parece uma encruzilhada, onde tomar a decisão errada, o tirará do caminho certo. Com essa frase, pode-se definir o que é tornar-se um investidor. Fazer escolhas constantemente, estar atento as movimentações, altas e baixas da bolsa de valores.

Parece ser, em uma primeira impressão um tanto complexo este mercado de perdas e ganhos. Mas ele pode oferecer com um pouco de astúcia e experiência bons rendimentos financeiros. Começar a investir na bolsa é difícil: em si começar qualquer coisa é difícil. Esta é a lei da “BNC” (bunda na cadeira como um professor de cursinho expressou). O que se deve pensar é que começar esse tipo de investimento é fácil. Existem corretoras especializadas e membro da BOVESPA que disponibilizam um cadastro para que se contrate os seus serviços.

(ROBERT KYIOSAKI e SHARON LECHTER,2000) em Pai rico Pai pobre diz:“ Você nunca vai conseguir a verdadeira independência se não for financeiramente independente.” Ele dizia ainda: “A independência pode ser de graça, mas há um preço a ser pago por ela.”Neste caso a independência pode ser conquistada com certa obediência as regras, variações e com um bom tempo de estudo em conjunto com as intervenções da corretora.

Ela possui um papel importante, pois ela pode orientar como cuidar o dinheiro e pode orientar nos primeiros passos. Com a assessoria da corretora o investidor escolhe as ações que deseja comprar, dá a ordem para a corretora e o corretor conversa , aconselha e descobre qual o perfil do investidor para saber se é lucrativo tal investimento e que postura o investidor deve assumir de início. Ela somente não pode fazer a compra e venda de ações sem o consentimento do investidor.

Ana Clara Costa (2008, p.84) diz que

O primeiro passo é entender o que é a Bolsa de Valores e o que acontece lá dentro. Não se trata de um cassino, nem de um jogo de cartas marcadas. A bolsa nada mais é do que um mercado organizado e seguro no qual se negociam ações e outros títulos emitidos pelas empresas que necessitam de capital para crescer.

3 IMPORTÂNCIA DO MERCADO DE AÇÕES NA SOCIEDADE

Quando as pessoas investem suas reservas em empresas de capital aberto, fazem com que ocorra fomento mercantil uma vez que esses recursos deixam de ser utilizados no consumo de bens e serviços ou mantidos em contas bancárias para serem utilizados na geração de novos negócios, beneficiando assim vários setores da economia como agricultura, indústria, comércio, gerando assim um aumento na produtividade.

A primeira definição de bolsa de valores foi exposta em 1688 por Joseph de La Vega onde afirmava que: a bolsa “é uma pequena praça rodeada de pilares, e chama-se assim por realizar compra e venda de mercadorias, e, dali, os mercadores saíam com suas bolsas cheias”. Esta definição aplicava-se muito bem até certa época que a compra e venda de ações eram privilégios de ricos e poderosos.

Atualmente podemos considerá-la uma grande redistribuidora de renda, ao dar oportunidade da comunidade em geral adquirir ações de companhias de capital aberto e assim tornarem-se associadas de negócios lucrativos. Esta evolução não se restringe apenas a entidades com fins lucrativos, já existem históricos de universidades que colocaram ações na bolsa sendo bem sucedidas. Ambos os investidores – casuais e profissionais- tem a oportunidade de compartilhar de lucros dos negócios bem sucedidos feitos pelos administradores das companhias.

Auxiliam inclusive no financiamento de projetos sociais já que os governos federal, estadual e municipal podem contar com as bolsas para o empréstimo de valores para a iniciativa privada no empreendimento de grandes projetos de infra estrutura, tais como: estradas, portos, pontes, viadutos, malhas ferroviárias, saneamento básico ou empreendimentos imobiliários.

Tais empreendimentos necessitam de um grande volume monetário o qual, as empresas ou investidores não teriam como levantar sozinhas sem contar com a participação governamental. A medida utilizada pelo governo no levantamento de recursos é a emissão de títulos públicos. Esses títulos poderão ser negociados na bolsa. Essa alternativa evita momentaneamente a sobretaxação da população, desta maneira, as bolsas de valores estão ajudando indiretamente no financiamento do desenvolvimento.

4 MERCADO DE BALCÃO

Tratando-se de mercado de ações tem-se uma visão de tudo que é amplo, abrangente, de grande porte. Ao menos é o que evidenciam os números das empresas sociedades por ações. Porém isso não significa que esse mercado está limitado apenas às grandes organizações. Seu contexto é que se auto organizou desta forma, por inibir de certa forma, empresas de menor porte a entrarem no mercado de capitais considerando o tamanho das organizações que atuam nele.

Seguindo a linha do que é a bolsa de valores,surge outro segmento no mercado de capitais brasileiro: o mercado de balcão. Este, atende diretamente às exigências do investidor quando estas não são atendidas na Bolsa de Valores. Essas especificações são chamadas de tailor made ou sob medida. Este mercado é determinado organizado quando permite que o negócio aconteça livremente, seja atualizado e administrado por entidade autorizada por CVM. E não é organizado quando o negócio acontece diretamente entre as partes sem que um órgão regulador do mercado intervenha. Normalmente as negociações do mercado de balcão ocorrem por meio eletrônico.

No mercado organizado negociam-se principalmente ações e debêntures; mas também compra e venda de valores mobiliários, quotas de fundo de investimento fechado entre outros. As negociações do mercado de balcão acontecem através de centrais de liquidação e custódia que são responsáveis pelos trâmites das negociações.

Enquanto na Bolsa de Valores existem os corretores, no mercado de balcão encontramos os “formadores de mercado” que promovem a liquidez de um papel a pedido dos investidores, ou seja, fazem a intermediação entre comprador e vendedor facilitando assim os negócios para o investidor. Vê-se assim que esta é uma opção favorável às companhias de menor porte para que acessem o mercado de ações e negociem seus valores mobiliários, oportunidade que talvez não seria tão viável na bolsa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após realizada a pesquisa, conclui- se que a Bolsa de Valores não está tão distante da realidade da maioria das pessoas. Apesar de parecer um assunto muito complexo, é de fácil entendimento.

A Bolsa de Valores possui um sistema de negociação criterioso e muito bem elaborado, que exige que os investidores estejam constantemente atentos às oscilações de mercado e sejam cautelosos durante as negociações.

Os riscos existem, mas o mercado de ações traz ótimas possibilidades de investimento para quem deseja ingressar em um campo que oferece novidades, abre portas para as mais diversas áreas.

Basta que se estude o assunto, que exista interesse, dedicação e atenção à esse mercado, para que qualquer um possa participar dele, obter êxito nos investimentos e alcançar os resultados desejados.

REFERÊNCIAS

COSTA,Ana Clara.Isto é.2010.ed.São Paulo:Três,2008.

FORTUNA,Eduardo.Mercado Financeiro Produtos e Serviços.16.ed. Rio de Janeiro:Qualitymark,2005.

KIYOSIKI, Robert T;LECHTER,Sharon L.Independência Financeira O Guia do Pai Rico.28.ed.Rio de Janeiro:Elsevier, 2001.

NETO,Alexandre Assaf. Mercado Financeiro.9.ed.São Paulo:Atlas,2009.

Disponível em:www.bovespa.com.br/pt-br/educacional/perguntas-frequentes/perguntas-frequentes-resposta.asp Acesso em:17 abril.2010.

Disponível em:www.bovesba.com.br/bovesba.asp Acesso em:10 abril.2010.