DESEJO DE CHOCOLATE

DESEJO DE CHOCOLATE

A pascoa passou de uma grande festa judaica para desenfreada avalanche de produtos e serviços rentáveis. Hoje toda data a ser comemorada durante o ano esta envolvida no sistema econômico do capitalismo.

Chegando ao ponto de não sabermos o significado ou a origem da data comemorada, mas sim o contexto de expressar a importância, de lembrar-se da existência de alguém. Exemplo claro se associa a motivação pela compra de presentes de consumo não voltado para preços elevados, mas pela experiência de afeto que o presente supostamente trará.

Hoje percebo nitidamente que o marketing este voltado- como se diz grosseiramente- para as experiências que o individuo terá com a

marca por ele escolhida e o levando a comprar para obter essas experiências. Quando você entra em uma loja de esportes e materiais afins com certeza se depara com bikes, patins e skates prontos para você testa-los e ate com espaço físico para a pratica na loja. Isso com certeza cria uma sensação de liberdade e posse favorecendo com certeza a opção de compra do produto.

Com certeza isto também ocorre tanto na gama de comercio varejista e serviços, cada seguimento individualmente ou em complementação a outras ideias, as propagandas sempre mostram ou insinuam como você se sentira ao adquirir ou presentear alguém com os produtos e serviços por elas vinculados. Nesta época do feriado de pascoa podemos ver em propagandas de empresas de chocolates e afins nitidamente fazendo isto.

Considero aqui neste artigo que a essência dos feriados esta sendo esquecida e que o oportunismo do capitalismo está tão arraigado no cotidiano e no modo de ser, agir e pensar das pessoas que ao comprarmos algo, compramos não por que precisamos, mas sim pelas sensações e experiências falsamente plantadas que poderemos sentir.

Será que isso e o “sofisma” da nossa década. Fazer-nos consumir cada vez mais, para saciar não apenas nosso desejo de ter algo por sua utilidade, mas para também ter sensações e viver experiências que sem esses produtos não teríamos.

30/03/2013

mannuh silva
Enviado por mannuh silva em 31/03/2013
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