ARTIGO – Economia – Governo prevê colapso no final do ano por falta de
Combustível
ARTIGO – Economia – Governo prevê colapso no final do ano por falta de combustível – 04.11.2012
Somente um governo irresponsável e despreparado como o brasileiro pode colocar o país em polvorosa, justamente no final do ano, quando prevê a falta de combustíveis, especialmente numa época em que os brasileiros mais viajam para rever amigos, parentes e matar a saudade de suas plagas queridas. Mas isso ocorre tanto por automóveis como por aviões, somente para citar dois meio de transporte.
Essa notícia, dada pela UOL/Folha de São Paulo, em manchete, deixa a todos os brasileiros perplexos com tanta propaganda enganosa por parte do governo (A PETROBRAS faz anúncio na mídia, na televisão, e até em camisas de grandes clubes daqui e do exterior), dando a entender que tudo são flores, mas que na verdade o país se vê ameaçado de racionamento de combustível nesse finalzinho de ano. Onde já se viu uma empresa desse porte, cujos produtos são de demanda inelástica, isto é, independe do querer dos usuários, porquanto veículo só anda amparado por combustível. Há uma propaganda engraçada que já vi na Rede Globo: “Produtos Petrobras, o sonho de consumo do seu carro”; se querem dar o nosso dinheiro que o façam, todavia sem essa sem-vergonheza de mensagem, que nos faz a todos de palhaços e trouxas.
A expectativa é de importação de mais de 20% do volume de gasolina necessário ao nosso consumo, e isso é uma falta de vergonha. O que se diz é que não temos estrutura de produção, nem de armazenamento, nem de transporte e distribuição. A refinaria Abreu e Lima, que está sendo instalada em Pernambuco, por exemplo, já teve seus custos multiplicados por 10. Segundo afirmações da presidente da estatal PETROBRAS, doutora Graça Foster; um absurdo que talvez venha a beneficiar apenas as construtoras encarregadas de sua construção, mas tudo está a indicar que aí tem “sacanagem” com o dinheiro do cidadão brasileiro.
Na verdade é que neste ano já consumimos 15% de combustível importado, tudo indicando que esse nível poderá chegar a vinte por cento. Haja fígado para aguentar tanta falta de combustível, notadamente quando se anunciaram a bombástica produção do Pre-sal, que está lá debaixo do mar, a mais de cinco mil metros, de difícil e cara extração. Outra coisa, a cada mês se descobria mais um poço gigantesco, ou seja, quando o país passava por qualquer problema em qualquer área a solução para amenizá-los era dizer que mais um poço fora descoberto. E assim se fortalecia artificialmente a nossa estatal do petróleo, ora, quem sabe, puxavam o valor de suas ações para cima.
A falta de planejamento é tanta nesse governo que mesmo tendo esses problemas para administrar ainda vem incentivando a produção de automóveis, isso ao liberar as empresas do recolhimento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), forçando a venda cada vez maior de carros, concedendo-se prazo de até 72 meses aos compradores, muitas das montadoras alegando que é tudo sem juros e correção monetária, numa inverdade sem precedentes, pois quem vende produto com esse prazo e sem juros certamente abrirá falência em pouco tempo. Mas o povo acredita nessas benesses. Aliás, bom que se diga que não são as empresas que pagam o IPI, mas sim os consumidores, pois elas apenas servem de repassadoras do dinheiro. Outra coisa, essa dádiva às montadoras está descapitalizando os municípios e os estados brasileiros, eis que o IPI é elemento formador do Fundo de Participação dos Estados e dos Municípios, e tem cidadezinha brasileira que vive exclusivamente dessa renda.
Um fato que está preocupando é o nível de insolvência da classe apelidada de “C” pelo Governo, quando fala que retirou mais de 20 milhões de pessoas da mais absoluta miséria, colocando-as justamente nessa categoria, porquanto ela responde por 47% da inadimplência dos financiamentos concedidos pela rede bancária. Os leilões de carros estão aí a cada dia aumentando as unidades que deixaram de ser pagas pelos tomadores desses empréstimos.
Eu tenho minhas reservas a propósito desse assunto de falta de combustível, até porque ao nosso são adicionados 20% de álcool, cuja produção brasileira é forte e aumentará toda vez que o governo incentive o setor sucroalcooleiro, pois o país tem terras em abundância, o combustível oriundo da cana é renovável e não causa tanta poluição como os de fontes não renováveis. Além disso, o setor é altamente mecanizado, única maneira da indústria do álcool melhorar, porquanto a dádiva, a esmola que o governo oferece aos pobres rurícolas, apelidada de “bolsa família” foi retirando o homem do campo para viver em casa à custa dos demais cidadãos que pagam impostos.
O que nosso governo está fazendo se compara a um pecuarista que não tendo pasto em suas fazendas dana-se a comprar gado desmesuradamente, e o resultado final nem precisa ser anunciado, pois não precisamos de inteligência para entender do assunto. E a continuação da isenção do IPI já é tida como certa, disso nunca duvidei.
Penso que essas importações têm outro viés, qual seja o de ajudar ao companheiro Hugo Chávez, presidente perpétuo da Venezuela, eleito pelo povo de lá, que ainda o colocará no poder tantas vezes forem necessárias, porquanto a demagogia que ele pratica foi copiada daqui do Brasil. Sinto que há uma bela sintonia entre os dois países, cada um que ensine ao outro a melhor maneira de se ganhar eleições.
O nosso ministro das Minas e Energias fora procurado para falar, mas não quis se pronunciar a respeito. O Senador Edson Lobão é, realmente, um grande jornalista maranhense; formou-se em Direito, mas optou pela carreira política; é peça chave do governo para qualquer ministério; pode-se dizer que seu padrinho político é o senador e ex-presidente José Sarney, hoje presidente do Senado Federal.
Fico por aqui... até a próximo.
Fonte da foto; google
Ansilgus