+++ Carga tribOtária+++

Cada dia pagamos mais para viver, ter alimento na mesa, ir trabalhar, cuidar da saúde, educar nossos filhos, nos instruir para o mercado de trabalho... É o dia-a-dia do trabalhador.

As pessoas não possuem conhecimento de que todos esses serviços e bens são comercializados ou prestados com tributos já pagos na sua concepção. Praticamente, TUDO que é produzido e/ou que circula no mercado é tributado e seus custos agregados em seus preços.

É fato! Os impostos já estão “embutidos” na indústria e comércio de bens e serviços, bem como, sobre a propriedade, sobre a renda, enfim, sobre praticamente tudo que produzimos e consumimos para viver, desde os gêneros de primeira necessidade até os mais supérfluos.

Esta arrecadação em comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) formam a conhecida “carga tributária”.

Aliás, o Brasil já é uma potência neste quesito há muito tempo. O PIB vem perdendo espaço para a ela desde o ano 2000. Naquele ano a carga tributária representava 30,03% do PIB. Já em 2010 passou para 35,04% do PIB. No mesmo período a arrecadação acumulou um crescimento percentual de 264,49%, enquanto o PIB somente 212,32%. Em valores significa dizer que o PIB passou de R$1,179 trilhão para R$3,683 trilhões, ao passo que a arrecadação passou de R$354 bilhões para R$1,290 trilhão. Números impressionantes para um país com um sistema de saúde que deixas pessoas moribundas e insepultas em seus corretores, não acham?

Mas, enquanto "o todo poderoso emanador de poder, Sr. Povo” não usar a força que tem para mudar sua realidade, e continuar submetendo sua direção aos corruptos e malfeitores da sociedade, continuaremos pagando por serviços públicos não prioritários ou mal entregues ou ainda mercadorias com até 30% de seu custo final de disponibilidade no mercado carregado por muitos "I´s" (IPI, ICMS, ITBI, IPTU, dentre outros tantos I´s...).

Estou exagerando?! Pois bem, analisemos o seguinte: Indústria Automobilística X População de baixa renda. Quem ganha? Pense. Há redução no IPI para aumentar as vendas do setor automobilístico, enquanto a redução dos impostos sobre gêneros que compõem a Cesta Básica foram recentemente vetados Governo Federal. Fica fácil a resposta, não é mesmo?! Veja-se que há isenção de impostos sobre a instalação das fábricas desse setor, autorizadas por anos até décadas (são os incentivos fiscais justificados mediante a possibilidade de geração de empregos). Por outro lado, se o cidadão atrasar o IPTU, mesmo que de sua única moradia, pode se ver inscrito na dívida ativa, pagar altos juros para regularizar ou ainda, na pior das hipóstes, por não conseguir pagar (por ter perdido o emprego por não estar capacitado para trabalhar na nova fábrica), ver seu bem ser leiloado pelo Poder Público.

Os impostos crescem numa progressão geométrica enquanto as riquezas aumentam em progressão aritmética. Bom seria saber que todos esses recursos da arrecadação tributária estivessem sendo bem aplicados, que pudéssemos "ver" resultados. É um disparate termos de engolir toda essa carga tributária, enquanto uns poucos ostentam luxos diante da miséria geral. Afinal, um carro vai sempre custar o mesmo valor para o rico e para o pobre. No entanto, o primeiro paga à vista, o segundo se empenha por anos para tê-lo via financiamentos com juros absurdos. O primeiro é o dono da fábrica e o segundo o operário. O primeiro é da pequena parcela que, se não herdou, conseguiu estudar e ter êxito econômico. O segundo, vive trancafiado na ignorância de um conhecimento mediano que mal dá para subsistência.

No Brasil o rico, que recebe mais de R$26mil, consegue levar 74% do seu salário para casa, depois de descontar IRPF e Previdência. Enquanto o trabalhador, com remuneração de, aproximadamente, R$3,3mil fica com 84%. Ou seja, a diferença é de 10%, mas o valor que o rico acumula é muito maior, pois, com mais dinheiro pode fazer a especulação, a aplicação e toda uma engenharia financeira para aumentar seus valores disponíveis. Na Holanda os ricos contribuem com até 45% da remuneração, para evitar a desigualdade da renda e do acesso aos bens e serviços essenciais, ou seja, reduzindo a estratificação social.

REFORMA TRIBUTÁRA, JÁ!

É preciso moralizar a distribuição de renda!

Uma voz fala de um sonho insólito... Muitas vozes conversam sobre uma possível realidade nova!