DINHEIRO NA MÃO É VENDAVAL
Durval Carvalhal



 
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          Na verdade, somos vítimas de um consumo desenfreado, agravado por dois conceitos econômicos: PMC – Propensão Marginal a Consumir e ED – Efeito Demonstração, que significa imitar padrões superiores.
          Termina-se o ano com a grande expectativa de se comprar presentes para o Natal e o Ano Novo. Como é final de primavera e início de verão, vive-se a expectativa de se curtir o lazer, pois a maioria da população está gozando férias profissionais e escolares.
          Logo, logo, chega-se o carnaval, com todos os seus estímulos para a gastança. Gasta-se, sobretudo, com ensaios ou shows de blocos e trio elétricos, com fantasias, viagens e “otras cositas” mais.
           Vem a Sexta Feira Santa com seus gastos com a gastronomia típica, o velho e bom sangue de Cristo e viagens de visita a familiares.
          No final do primeiro trimestre, as finanças já estão abaladas. Como o cartão de crédito é dinheiro na mão, e dinheiro na mão é vendaval, a situação financeira de grande parte da população se agrava. E piora mais ainda com a chegada da bateria de pagamentos como IPTU IPVA, matricula da filharada, reajuste de plano de saúde e compra de material escolar.
          Dessa forma, parece-me discutível a grande obsessão do governo federal, desde a época do presidente Lula, no estímulo cabal ao consumismo desenfreado, liberando mais crédito e renunciando a tributos para que a população se sinta encorajada a gastar mais.
          É o melhor caminho para o esgotamento da capacidade de pagamento, endividamento das famílias e a consequente inadimplência, com todas as suas terríveis consequências.
Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 17/06/2012
Reeditado em 16/02/2015
Código do texto: T3729461
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