Dinheiro é mais amigo do que o cão
Não comungo da opinião daqueles que consideram que o dinheiro é um mal necessário; antes, penso que o dinheiro é um bem em todos os sentidos, desde que seja respeitado, porque ele é frágil e não suporta ofensas.
Não há nenhum mal em ganhar dinheiro, desde que seja de maneira honesta e transparente, dentro das regras naturais da inteligência e do talento humanos aplicados à livre iniciativa.
Nem todos têm talento para ganhar dinheiro: A maioria tem mais talento para gastar... Mas, de que adiantaria poucos ganhando muito, sem muitos para gastar?É o mercado consumidor, a demanda, enfim, que rege a produção e a distribuição de tudo aquilo que é consumido como bens de primeira necessidade ou bens supérfluos.
E os três setores da economia, o primário (agrícola), secundário (indústria) e terciário (serviços), em qualquer país, sempre estarão na dependência dos consumidores. Sem demanda, não há produção, mas a população não demanda sem dinheiro.
Agora chego ao objetivo principal dessa crônica: Louvar o dinheiro que ganhamos, seja muito, razoável ou pouco, avaliação que depende dos nossos hábitos de consumo.
Falo em louvação, porque o dinheiro, por muitos amaldiçoado e considerado fonte das discórdias e da infelicidade, é o melhor instrumento de análise que podemos empregar na avaliação do caráter de uma pessoa.
Nenhum outro bem permite que avaliemos o homem com tanta precisão quanto o dinheiro que ele tem, deixou de ter ou venha a ganhar. Ele é a maior fonte material de poder. Dê poder a uma pessoa, e você saberá em pouco tempo quem ela realmente é.
Aqueles que têm poder espiritual, baseado em aspectos fenomenológicos, ou intelectual, pelo próprio conhecimento adquirido, também são susceptíveis à influência do dinheiro.
Assim, concluo que o dinheiro é o melhor amigo do homem, pois só ele indica claramente o verdadeiro caráter de uma pessoa, alertando-nos para o perigo de um relacionamento perigoso, de uma amizade inconveniente.Nem o cão é capaz disso...