CRÉDITO, AS DUAS FACES

Hoje é muito comum uma pessoa sacar a bolsa e você vê um rosário de cartões. Alguns por conveniência outros por aquilo que ele acha ser um status.

No meu caso particular, o conforto é o suficiente, e a única razão. Dinheiro no bolso hoje, como se diz em moeda corrente, é um risco de se tornar um atrativo para os "amigos do alheio", além de ser, como sempre foi, anti higiênico, condutor de doenças.

Mas falemos do cartão de crédito. Hoje é normal você ser assediado na porta dos shoppings ou grandes magazines por funcionários gentis que oferecem o tal cartão. Você tem que distinguir se aquilo é uma oferta de mais um produto, ou uma cortesia. E decidir afinal, se realmente vai valer a pena engrossar o seu bolso com mais um pedaço de plástico, perigoso sob todos os aspectos: Você passa a gastar mais porque é fácil e parcela em até dez vezes sem juros. (Que legal, de onde inventaram isso? - Sem juros - em dez vezes, quando a verdade nua e crua mostra que se o seu crédito no banco se ficar no vermelho por um dia, você é punido com taxas exorbitantes) - Claro que os juros estão embutidos naquele financiamento e não existem argumentos que me provem o contráro.

Não é preciso entender de finanças ou ser economista para saber que dinheiro, virou um produto mais lucrativo do que a própria mercadoria que se vende. Na porta de uma dessas lojas, cai na conversa de uma dessas vendedoras de cartões e pronto, mesmo não usando, tive que arrancar meu carro da garagem para pagar um boleto onde constava tarifa de manutenção(R$7,98) o formulário da ficha de compensação (boleto) - (R$4,99) e o seguro que, me lembro bem deixei claro na aquisição, que não queria (R$2,99).

Tentei cancelar por telefone, e quando você chega nessa opção, o mecanismo de desligar é acionado automaticamente e assim me dirigi ao balcão da loja e fui surpreendido com o cancelamento sumário de todos os débitos, pois ficou claro que o mais importante para eles era me manter cadastrado e com o cartão pronto para engatilhar mais uma dívida. Mesmo assim, insistir e não quis o tal cartão.

Portanto, não se intimide. Se o seu perfil é de independência financeira, imponha-se. O cartão de crédito tem que ser rigorosamente uma cortesia do estabelecimento que o oferece a você. Nada mais. Não pague por essa "honraria". Quando você usa, no preço da mercadoria já estão embutidos todos os custos dessa mágica em forma de plástico.

Portanto, imagine, nem cafezinho da loja é de graça, o custo já está rateado naquilo que você compra.

E além disso, para eles é uma enorme vantagem que você não use as bandeiras tradicionais pois eles pagam taxas abusivas também, e por isso os grandes magazines e supermercados montaram suas próprias financeiras, que antigamente a gente chamava de crediário.E ponto final.

Agora, se você usa porque não consegue controlar suas despesas irremediavelmente maiores que os seus ganhos, melhor rever seus conceitos, seu padrão de vida, pois nada compensa justificar aquele dito popular antigo: - “Viva o luxo e padeça o bucho”

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 26/02/2012
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