A mágica da perpetuação de resultados positivos

A história empresarial no mundo pode nos mostrar uma infinidade de empresas e empreendimentos que tiveram um crescimento assustador e geraram lucros fabulosos.

Muitos, é verdade, por um período curto.

As razões do sucesso e fracasso são muitas, desde a chamada sorte até a competência fora do comum de alguns aventureiros que acreditaram no empreendimento. Contudo, a manutenção do sucesso por décadas seguidas, tornando-o centenário, é uma questão à parte.

A famosa cantina que surgiu da paixão do vovô, o bar do chopp que hoje é um restaurante centenário, o armazém de secos e molhados que se tornou um supermercado, a lojinha que vendia cortes de casimira e chita e virou uma rede, têm algo em comum.

A capacidade de atrair apaixonados em busca de um único resultado: A continuidade do sucesso.

Não lhes pergunte por que, provavelmente muitos deles nem se dão conta, mas são atraídos e apaixonados por essa missão.

Quando um espécime encontra um habitat favorável, sua tendência é de multiplicação.

Estava lendo sobre sucesso e fracasso empresarial e me lembrei de um amigo que me disse: - Abri uma sorveteria, ganhei muito dinheiro, levei uma vida maravilhosa durante esse período, hoje estou quebrado e sem um centavo. Sorvete é o pior negócio do mundo, pois embora o lucro seja alto, o custo de reposição dos equipamentos supera seus ganhos.

Evidentemente que entramos em debates de custos, formas de reposição dos equipamentos, mas uma coisa ficava muito clara à medida que conversávamos: não havia no meu amigo paixão pelo que fazia.

É verdade que reuniu à sua volta muita gente no período das vacas gordas, mas todos com paixão pelo retorno e não pelo negócio.

Cuidaram dos ovos, mas se esqueceram de alimentar a galinha.

Outros, seguindo o exemplo dele, matam a galinha para, ao abri-la para retirar todos os ovos de uma só vez, descobrir que naquele momento só havia aquele ovo.

Não importa o tamanho da empresa, não importa que os equipamentos tenham deixado de ser mecânicos e hoje sejam eletrônicos, não importa que a velha máquina de escrever Olivetti ou Reminghton tenha sido substituída por computadores, há algo não pode ser deixado de lado e substituído: a velha paixão pela condução dos negócios.

A velha oficina de carroças precisa evoluir, adequando seus produtos, passando quem sabe a produzir carrocerias de caminhão, de madeira ou de metal, mas com a mesma paixão de sua criação.

Encontramos negócios que perpetuaram nas mãos de antigos empregados, uma vez que os herdeiros não mostravam entusiasmo com a sua continuidade, pela mesma razão: “Paixão”.

Uma análise simplista pode nos levar a crer que aquela empresa de sucesso é motivadora e geradora de resultados por si só.

Nada mais falso, há por trás dessa empresa a paixão que motiva, gera e perpetua resultados.

Não há fórmulas matemáticas, nem regras rígidas, que possam ser usadas para clonagem do modelo, mas é possível perceber e sentir essa força.

Quando encontrar uma empresa com esse perfil faça uma visita, se puder passe um dia inteiro no local, e verá que o desejo será voltar outras vezes.

Uma pergunta é inevitável: as chances de uma empresa com essa capacidade de atração gerar resultados positivos e perpetuá-los são grandes, não?

É praticamente impossível dizer não, correto?

Por que, então, não termos o firme propósito de criar em nossa empresa um ambiente favorável, que possibilite ter como recompensa a perpetuação de resultados positivos?

Pense, reflita durante alguns minutos, e diga quanto está disposto a investir nessa paixão.

Ivan Postigo

Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP

Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas

Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios

Postigo Consultoria de Gestão Empresarial

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"Quando a sorte me procura ela sempre me encontra trabalhando“

Ivan Postigo
Enviado por Ivan Postigo em 03/02/2012
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