Por que o Capitalismo vai terminar?

Por que o Capitalismo vai terminar?

João Carlos Holland de Barcellos ( 2/jan/2012)

"As dinastias egípcias duraram mais de cinco mil anos e sucumbiram, o capitalismo não tem 500 anos e mostra claros sinais de que não resistirá muito tempo" (jocax)

Resumo: Mostraremos neste artigo como o Capitalismo consegue prosperar até determinado limite, e as razões de suas crises. Mostraremos também uma prova matemática do porque o sistema capitalista não é estável e que, para sobreviver, precisará sempre conquistar novos mercados ou manter a sociedade cada vez mais endividada. Em ambos os casos o sistema não poderá se estabilizar e isso implica em seu fim.

Introdução

No capitalismo o objetivo é o lucro:

“Lucro na sociedade capitalista: O que caracteriza a sociedade capitalista, o seu princípio básico, é a busca do lucro. Não que em outras sociedades não existissem atividades que dessem lucro. Porém, na sociedade capitalista esse aspecto é exacerbado e, por isso, vai determinar as outras facetas do sistema. A busca do lucro máximo é o objetivo de todo capitalista. As suas consequências vão se fazer sentir nas relações entre os homens, na ideologia da sociedade e, até, no comportamento de todos nós. O lucro não tem a finalidade de dar meios para a subsistência do capitalista. Este é apenas um aspecto secundário. O lucro é um fim em si mesmo.” [04]

Ou ainda:

“O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas.” [03]

Desta forma o fim do lucro - o fim da capacidade das empresas de lucrarem - implicará também o fim do capitalismo.

Prova

Vamos agora demonstrar que o capitalismo não é um sistema estável, isto é, não pode continuar existindo indefinidamente no tempo e, portanto, precisará ter um fim.

Consideraremos um conjunto de empresas (“pool”) capitalistas que serão identificadas por um índice “i”. Este índice marca qual das empresas do “pool” estaremos trabalhando. O índice “i” pode variar de 1 até o número total de empresas de nosso “pool”, que pode ser as empresas de uma região, de uma cidade , de um país ou do mundo todo.

Mostraremos depois que quando não houver mais mercados externos, ou não se puder mais comprar através do acúmulo de dívida, o lucro total do “pool” será sempre negativo, o que quebrará a principal pilastra do capitalismo – o lucro- inviabilizando-o. Isso ocorre porque sempre haverá/ão alguma(s) empresas do “pool” em déficit que fecharão as portas diminuindo o número total de empresas do “pool”. E o ciclo se repetirá, agora com um número menor de empresas no “pool”.

Começaremos emprestando alguns conceitos e fórmulas econômicas simples encontradas em muitos livros e sites de economia:

“... A princípio devemos considerar que o lucro de uma empresa é dado pela diferença entre receitas e despesas. As despesas são gastos que são incorridos justamente para que a empresa possa gerar as receitas...” [01] Portanto:

Lucro = Receitas – Despesas (F01)

ou

Li = Ri - Di

Na fórmula acima “i” indica a “i-ésima” empresa.

De uma maneira simples a fórmula F01 acima diz que o lucro de uma empresa, que é a base do sistema capitalista, nada mais é do que a diferença entre o que se arrecada daquilo que se gasta.

Receita: “Nas empresas privadas a receita corresponde normalmente ao produto de venda de bens ou serviços [02] (chamado no Brasil de faturamento).”[02]

Receita = SOMA[ Vendas ] (F02)

ou

Ri = SOMA(j)[ Vendasi,j ]

A Fórmula F02 acima representa o conceito de que o que se arrecada é proveniente das vendas de bens ou de serviços da empresa.

(O índice “j” da SOMA(j) significa que a soma é feita percorrendo o índice “j” cobrindo todas as vendas da i-ésima empresa do “pool”.)

A receita (como a soma de todas as vendas) pode também- para efeito de análise e sem perda de generalidade - ser decomposta em três parcelas:

Receita = Vendas aos Trabalhadores (comércio) + Vendas às Empresas (como Fornecedores) + Vendas Externas (F03)

ou

Ri = VTi + VFi + EXTi

“Vendas aos trabalhadores” (VT) seriam as vendas feitas aos trabalhadores (em geral no comércio) onde os produtos ou serviços são comprados com o salário recebido das empresas do pool.

“Vendas às empresas” (VF) seriam as vendas feitas às outras empresas do “pool”– como fornecedora - onde estes produtos/serviços seriam debitadas do custeio das empresas do próprio “pool”.

“Vendas Externas” (EXT) seriam todas as demais vendas efetuadas cujo dinheiro utilizado para a sua compra não provenham do salários pagos pelo “pool”, nem no custeio das empresas do “pool”. (por ex. via exportação ou através de empréstimos bancários etc..). Isto é, seriam todas as vendas cujo dinheiro usado na compra não viriam das empresas do “pool”..

Despesa: “Para a Contabilidade, é o gasto necessário para a obtenção de receita”. [05]

Despesa = Salários + Outros_Custos (F04)

ou

Di = Si + Ci

Nesta fórmula de Despesa (F04), destacamos a “despesa Salário” das demais despesas da empresa (Impostos, gastos com Matéria Prima etc.).

Da equação F01, F03 e F04 podemos derivar:

Li = (VTi + VFi + EXTi ) – ( Si + Ci ) (F05)

[Fórmula do Lucro da i-ésima empresa do “pool”]

A equação F05 diz que o Lucro da empresa “i” é composta pelas vendas da empresa “i” subtraído dos salários pagos e seus outros custos.

Pool de Empresas

Em nossa demonstração consideraremos um conjunto (“pool”) de empresas capitalistas baseadas no lucro e iremos numerá-las (indexá-las) por um índice numérico “i”. Desta forma para um “pool” de uma única empresa o índice “i” é sempre 1; para duas empresas “i” varia de 1 até 2, e assim por diante de modo que “i” pode indexar todas as empresas do nosso “pool” que pode abranger todas as empresas do mundo capitalista como um todo.

Dentro do nosso “pool” de empresas podemos ainda somar, na variável “S”, todos os salários pagos pelas empresas de nosso “pool”:

S = SOMA(i)( Si ) (F06)

[Soma dos Salários pagos]

E podemos também somar na variável “C” todas as despesas e custos (“fora salário”) que as empresas do pool gastam:

C = SOMA(i)( Ci ) (F07)

[Soma dos custos exceto salários]

Da mesma forma podemos somar as parcelas de F03 ( VTi, VFi e EXTi ):

VT = SOMA(i)( VTi ) (F08)

[Soma das vendas compradas com salários]

VF = SOMA(i)( VFi ) (F09)

[Soma das vendas como fornecedora para outras empresas do “pool”]

EXT = SOMA(i)( EXTi ) (F10)

[Soma das vendas com dinheiro proveniente de fora do “pool”]

Sabemos que a parcela paga por todos os trabalhadores do “pool” para, eventualmente, comprarem os produtos da empresa “i” é uma fração “fi“ ( fi<=1) da soma de todos os salários pagos ( variável “S” da fórmula F06), assim, matematicamente, podemos escrever:

VTi = fi * S (F11)

[Total das Vendas da i-ésima empresa pagas com salários, fi<=1]

Como a soma de todas as compras feitas com o salário dos empregados do “pool” ( VT ) não pode ser superior ao total dos salários ( S ), escrevemos:

VT <= S (F12)

[A soma das vendas compradas com salários do pool é inferior ou igual ao total de salários do pool]

De F08 e F11 derivamos:

SOMA(i)( fi * S) <= S (F13)

De onde concluímos:

SOMA(i)( fi ) <= 1 (F14)

O Lucro total das nossas empresas do “pool” também pode ser acumulada na variável “L” (como sendo a soma do lucro de cada empresa do pool):

L = SOMA(i)( Li ) (F15)

[Lucro total do “pool” de empresas é a soma do Lucro de cada empresa do “pool”]

Sabemos também que a soma das vendas das empresas como fornecedoras (VF, da fórmula F09) não pode ser superior ao total das despesas ( C, da fórmula F07 ) de custeio das empresas do “pool”, pois as compras feitas pelas empresas do “pool” são tidas como custos das mesmas:

VF < C (F16)

[ O Total de vendas feitas como fornecedoras deve ser inferior a soma das despesas (fora o salário) ]

Vamos agora decompor as vendas da i-ésima empresa como Fornecedora de outras empresas do nosso “pool” (VFi, da fórmula F03), onde as compras são pagas como custeio e não como salários. Assim teremos:

VFi = gi,1 * C+ gi,2 * C + gi,3 * C .... + gi,n * C (F17),

ou

VFi = SOMA(j)( gi,j ) * C

[onde gi,j é a fração do custeio total do “pool” da j-ésima empresa para pagar a i-ésima empresa que é sua fornecedora. (gi,j <=1) ]

De F09 e F16 podemos derivar:

SOMA(i)( VFi ) <= C (F18)

[ A soma de todas as vendas como fornecedora do pool não pode superar o total das despesas de Custeio das empresas do pool ]

De F17 e F18 podemos computar:

SOMA(i)( SOMA(j) ( gi,j * C ) ) < C (F19)

O que nos permite concluir que:

SOMA(i)( SOMA(j)( gi,j) ) <1 F(20)

Podemos substituir em F15 a fórmula F05 e teremos:

L = SOMA(i)( (VTi + VFi + EXTi ) – ( Si + Ci ) ) F21

Substituindo VTi da fórmula F11 e VFi da fórmula F17 obteremos:

L = SOMA(i)( fi * S + SOMA(j)( gi,j * C ) + EXTi – (Si + Ci ) ) (F22)

Podemos reordenar as parcelas:

L = SOMA(i)( fi * S - Si ) + SOMA(i)( Soma(j)(gi,j * C) - Ci ) + SOMA(i)( EXTi ) (F23)

e depois decompor este Lucro em 3 parcelas:

P1 = SOMA(i)( fi * S - Si ) (F24)

P2 = SOMA(i)( Soma(j)(gi,j * C) - Ci ) (F25 )

P3 = SOMA(i)( EXTi ) (F26)

L = P1 + P2 +P3 (F27)

Entretanto:

P1<=0 , pois P1 = SOMA(i)( fi * S ) - SOMA(i)( Si ) = S * ( SOMA(i)( fi ) - 1 )

Como (de F14) : SOMA(i)( fi ) <=1

segue que

P1<=0 (F28)

Mas P2 também não pode ser positivo pois:

P2 = C * ( SOMA(i)( SOMA(j)( gi,j )) – 1 )

Mas de F20 temos que SOMA(i)( SOMA(j)(gi,j ) ) <1 o que implica que

P2<0 (F29)

Portanto, concluímos que a parte positiva do lucro do nosso “pool” de empresas só pode prover da parcela P3 (ver F26 )

Isso implica que o lucro deve ser proveniente de vendas para pessoas e empresas que não estão no “pool” das empresas, isto é com dinheiro proveniente de fontes diferentes das empresas do “pool” e isso implica a necessidade de uma sempre crescente conquista de novos mercados consumidores (que não pertençam ao pool de empresas), ou então através de empréstimos bancários (ou seja, a partir do endividamento crescente).

Podemos concluir também que, sem o endividamento, as empresas capitalistas como um todo, só podem prosperar se houver alguma economia não capitalista das quais ela possa sorver recursos e pagar seus lucros. E este foi precisamente o caso quando surgiu o capitalismo. Ele pode prosperar na globalização como fogo sobre palha, pois haviam relativamente poucas empresas capitalistas e o mercado era global. Mas, como fogo sobre palha, o incêndio não pode perdurar por muito tempo, e o que está restando são apenas cinzas de uma época de prosperidade.

Mas tanto a continua expansão de novos mercados como o crescente endividamento não são economicamente estáveis, pois o mercado não é infinito, e os empréstimos terão que ser pagos um dia. Por esta razão o capitalismo não pode permanecer indefinidamente e, como veremos abaixo, já agoniza, dando sinais de que seu ciclo de vida esteja no fim.

Não é por outra razão que os países industrializados propuseram o chamado “Consenso de Washington” [06]:

“é um conjunto de medidas - que se compõe de dez regras básicas - formulado em novembro de 1989 por economistas de instituições financeiras situadas em Washington D.C., como o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, fundamentadas num texto do economista John Williamson, do International Institute for Economy, e que se tornou a política oficial do Fundo Monetário Internacional em 1990, quando passou a ser "receitado" para promover o "ajustamento macroeconômico" dos países em desenvolvimento que passavam por dificuldades.”

• Disciplina fiscal

• Redução dos gastos públicos

• Reforma tributária

• Juros de mercado

• Câmbio de mercado

• Abertura comercial

• Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições

• Privatização das estatais

• Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas)

• Direito à propriedade intelectual

Que foi o precursor do atual Neoliberalismo econômico:

“a partir da década de 1960, passou a significar a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo (minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é mais usado hoje em dia.[2]”[07]

Tanto o “Consenso de Washington” quanto o famigerado “neoliberalismo” são formas de abrirem o mercado de países que tem economia protegida para que as empresas fortes dos países industrializados consigam novos mercados para prosperarem e aumentarem seus lucros, pois como vimos, fora do endividamento, a única forma do “pool” de empresas de seus países sobreviverem é através da conquista de novos mercados.

Atualmente, com a China entrando nos mercados antes tomados, com produtos baratos e competitivos, é previsível que as grandes empresas abreviem ainda mais rapidamente seu fim, com crises intermináveis, principalmente na Europa e EUA que vemos todos os dias nos jornais.

Sem expansão e sem endividamento

Concluímos que nosso “pool” de empresas não pode ter a soma de seus lucros positiva se não houver uma crescente expansão do mercado consumidor ou um contínuo endividamento.

Vamos supor que todos os mercados já foram globalizados e existam apenas empresas capitalistas no mundo. Nosso “pool” agora é o mundo todo.

A fórmula permanece e, como vimos, sem endividamento, o lucro total delas vai ser continuamente negativo, indicando déficit, mas isso não significa que todas as empresas do pool estejam no vermelho!

Mas sim que pelo menos alguma(s) delas deverão estar. Neste caso, estas empresas fecharão as portas e seu mercado consumidor será tomado pelas empresas que ainda restarem.

Este novo mercado -deixado vago pelas empresas que fecharam - funcionaria como uma espécie de ‘novo mercado’ consumidor a ser explorado, e que uma vez retomado, o ciclo se repetirá e novamente haverá redução nos lucros e novas empresas no vermelho terão que fechar suas portas. É como uma canibalização constante e inexorável do regime.

Antes de “morrerem” por falta de lucros, muitas empresas preferem ser “canibalizadas” por outras, processo que é conhecido no meio empresarial por “fusão”, “incorporação” ou ainda “absorção”. Então, um dos indícios claros que o mercado está tomado, e que o capitalismo está no seu fim, seria a diminuição da taxa de abertura de novas empresas e também uma sucessão de “incorporações” e “fusões” de empresas, apontando uma falta de mercado para todas elas.

Crise estrutural

Robert Kurz dizia que o problema do capitalismo era a competição entre as empresas e mostrou como sua espiral kurziana funcionava [08]:

A lógica que demonstra a “ espiral autofágica suicida ”, proposta por Kurz, é deveras simples e elegante:

• Por visar o lucro o capitalismo procura a reduzir todos os custos possíveis.

• A mão de obra é um dos principais itens dos custos de uma organização.

• Para reduzir custos, a mão de obra deve ser minimizada: seja através da automação/mecanização da mão de obra, seja através de técnicas modernas de gerenciamento e gestão que objetivam a redução do quadro de funcionários.

• A redução da folha de pagamentos patrocina um aumento do desemprego.

• O aumento do desemprego faz diminuir a renda média e o próprio mercado consumidor.

• Como o lucro das empresas dependem do poder de compra do mercado (consumidores), com a retração do mercado a concorrência entre as empresas fica ainda mais acirrado.

• Com o aumento da concorrência as organizações são pressionadas a reduzir ainda mais os custos e, entre estes, o custo de mão de obra.

Esta espiral antropofágica, no seu limite, culminaria com as organizações totalmente automatizadas onde um único funcionário, o presidente da empresa, apertaria o botão e toda a produção seria executada.

Só restaria uma pergunta : Quem consumiria? Nesta situação hipotética e bizarra, os únicos compradores seriam os que ainda tem emprego: O presidente da VW compraria uma única geladeira, do Dono da GE, que, por sua vez, compraria um carro da VW.

Nas palavras de Robert Kurz:

“Uma economia global limitada a uma minoria sempre mais restrita é incapaz de sobreviver. Se a concorrência globalizada diminui cada vez mais o rendimento da produção industrial e assola numa proporção ascendente a economia das regiões, segue-se logicamente que o capital mundial minimize seu próprio raio de ação. A longo prazo, o capital não poderá insistir na acumulação sobre uma base tão restrita, disperse por todo o mundo, do mesmo modo como não é possível dançar sobre uma tampinha de cerveja.” [09]

Mas, como vimos, a espiral kurziana não é a verdadeira raiz do problema. Ela pode, claro, agravar bastante o quadro, acelerando o processo de perda de lucros. Entretanto, devemos perceber, pela nossa fórmula F23, que a falta de lucros do “pool” das empresas não depende da administração da empresa, não depende de sua competitividade, não depende de lançamento de produtos bons, não depende do salário dos empregados, não depende do preço das mercadorias ou serviços, não depende do custo dos impostos. Não depende de nada disso! É uma falha estrutural do próprio sistema capitalista que sempre irá fazer empresas fecharem suas portas, por falta de lucros, e, antes de fecharem as portas, vão mandar muita gente embora e causar muito sofrimento. As boas medidas administrativas de eficiência e produtividade poderão apenas adiar um pouco mais a morte das empresas, mas não poderá impedi-las para sempre.

Uma única empresa

O leitor pode pensar que no fim último dos processos de absorção, fusão e fechamento das empresas só restaria uma única empresa, sem competidores, e que por tanto poderia sobreviver e lucrar. Mas, mesmo neste caso limite, podemos ver que ela não poderá ter lucros e, portanto, não poderá existir como uma empresa capitalista.

Para vermos isso, vamos colocar nossa F23 e depois reduzi-la para uma única empresa:

L = SOMA(i)( fi * S - Si ) + SOMA(i)( Soma(j)(gi,j * C) - Ci ) + SOMA(i)( EXTi )

No caso de uma única empresa (i=1), toda população empregada trabalharia para esta única empresa que venderia todos os bens e serviços para essa população. Poderemos simplificar algumas parcelas da fórmula:

L = (f1 -1) * S - C1 + EXT1

P1 = (f1-1) * S <= 0

P2= -C1 < 0

P3 = EXT1

A única parcela que pode ser positiva seria EXT1, mas como não há novos mercados, o lucro só poderia vir através do endividamento, o que também seria insustentável.

Referências

[01]Riscos, Rentabilidade e Liquidez

http://www.projetoe.org.br/vteams/teles/tele_02/leitura_01_3.html

Lucro

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro#Lucro_econ.C3.B4mico

Lucro

“lucro econômico é, pelo menos na teoria neoclássica, que domina a economia moderna, a diferença entre a receita total da empresa e todos os custos”

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro

[02]Receita (economia)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Receita_%28economia%29

[03] Capitalismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismo

[04] Lucro na sociedade capitalista

http://danilogs.sites.uol.com.br/dtlucro.htm

[05] Despesa

http://pt.wikipedia.org/wiki/Despesa

[06] Consenso de Washington

http://pt.wikipedia.org/wiki/Consenso_de_Washington

[07] Neoliberalismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Neoliberalismo

[08] Economia Virtual

http://www.genismo.com/logicatexto21.htm

[09] O Fim da Economia Nacional

http://obeco.planetaclix.pt/rkurz39.htm

Jocax
Enviado por Jocax em 05/01/2012
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