Manda quem pode, questiona quem tem juízo
Fala-se muito em plano de carreira, mas grande parte das carreiras não está nos planos de ninguém, a não ser do interessado.
É importante contabilizar, avaliar, conversar e negociar os pontos de parada e partida nesse caminho tão difícil chamado carreira.
Para alcançar o estágio pretendido pelas empresas, com bacharelado e pós-graduação, você investirá praticamente duas décadas nos bancos escolares, considerando domínio da informática e pelo menos uma língua estrangeira.
Isso é o que esperam e exigem, e você, exige o que em troca?
Há um ditado que diz que quem não está trabalhando para o próprio enriquecimento, está trabalhando pelo enriquecimento de outra pessoa.
Nem todos nasceram dispostos a correr riscos como empreendedores. Alguns não o fazem por falta de vocação, outros de recursos e há aqueles que não encontram oportunidade.
Trabalhar para enriquecer os outros não é o maior pecado, empobrecer junto sim.
Já imaginou passar décadas em uma empresa, vê-la falir e sair pior do que entrou?
A carreira é o material com que o caminho do seu futuro será asfaltado. Esse é o caminho que você terá que trilhar.
Algumas pessoas o seguirão, outras não. Algumas você levará pelas mãos, outras no colo, e se não estiver alerta, quando se der conta, terá gente nas suas costas.
Pelo seu futuro você é responsável, ainda que possa contar com ajuda. Ajuda que poderá pedir, aceitar ou recusar.
Nesse trajeto, pessoas se juntarão a você, mas também o deixarão.
Haverá partidas com dor e outras que achará uma benção.
Os seus caminhos coincidirão e também poderão cruzar com os de outras pessoas, às quais se juntará e também abandonará.
Para algumas pessoas, sua partida deixará uma certa sensação de tristeza, para outras , ao contrário, será de alívio!
Por ser mau? Não, simplesmente porque não o vêem bom.
Nosso caminhar recolhe as pedras da antipatia, que machucam os pés, mas também nos permite trocar os calçados da simpatia e empatia.
E assim, diziam os índios americanos: “Jamais julguem um homem, sem andar algumas luas com seus mocassins!”
Quando decidir trilhar um caminho, certifique-se da sua importância no trajeto e a disposição de reconhecimento que lhe será estendida.
Todas as estradas apontam em direção ao arco-íris, mas muitos potes, pela ganância, pesam mais do que o ouro a ser recolhido. Sua parte será sempre uma fração, e o esforço da travessia pode ser só seu.
O tamanho do pote não é importante, quando se é o último a chegar.
Quando do pote fores o dono e tiveres o mapa para a entrada no arco-íris, assegure-se de ser justo na divisão dos ganhos. A caminhada para a saída pode ser longa, e, lembre-se, que o peso da carga agora é maior!
Em algum momento na vida, felizes ou infelizes, cansados ou não, de nada valerão os potes e o ouro.
Potes cheios, nos poços da riqueza, de nada servem ao homem abandonado e sem forças para carregá-lo.
Diziam meus avós, velhos espanhóis, sempre a todos os netos: - Pelas maldades do homem, se o arco-íris deixar de aparecer por sete anos, o céu desabará sobre nossas cabeças.
Ao avaro, nas sete cores, sete castigos: a maldição do arco-íris.
Solidão
Desprezo
Angústia
Agonia
Vergonha
Melancolia
Medo
Em todas as estradas manda quem pode, nesta, contudo, questiona quem tem juízo.
Lembre-se que você é o caminhante!
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Articulista, Escritor, Palestrante
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Rodrigo Postigo, Editor chefe e apresentador, traz o maravilhoso mundo da engenharia até você na TV FACENS.
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