Um problema, seis passos para a aceitação da solução

Por que um problema exige solução? Pessoas diriam, porque é um problema! Simples assim?

Antes de qualquer ação, temos que entender o que nos leva a tratar a situação como um problema.

Imagine que você não tem gatos e cria uma série de pássaros. Seu vizinho, amante do felino, tem uma porção.

Seu quintal começa a ser frequentado pelos animais de estimação do morador ao lado e os seus pássaros são atacados.

Vocês têm um problema para resolver. Você porque quer protegê-los e não quer arcar com o prejuízo e o vizinho, certamente, porque quer evitar um processo e ter que pagar indenizações.

Se forem amigos e sensatos procurarão juntos uma solução.

Gatos trariam problemas? Claro que não, além de animais carinhosos, também são excelentes soluções. O problema está no encontro dos gatos com os pássaros. Ai está o ponto chamado problema, que demanda a busca de solução.

Considere que sua moradia se situe em uma região que tem plantações, ratos e cobras. Alimentos atraem ratos e ratos atraem cobras.

Gatos, nesse caso, mais do que companhias, seriam soluções.

Descoberto o problema: as cobras?

Pasme, mas não!

As cobras, apesar dos riscos, ainda são soluções. Cobras comem ratos. Sem estas, as doenças que os ratos transmitem podem atingir a população.

Onde está o problema, então?

O problema se chama risco. Este precisa ser minimizado com redução e afastamento da população de ratos que atrai as cobras. Ratos também eliminam algumas pragas.

Importante é afastá-los, com isso as cobras também irão embora. Em alguns países, os visitantes se assustam ao se darem conta que as pessoas trabalham nos campos rodeados por cobras, e as respeitam. Desconhecem, evidentemente, a importância dessa convivência.

Pronto, voltando ao gato, ai está ele como interessante solução.

Na vida, nem tudo é problema e nem toda solução atende, não é verdade?

Por isso, é importante conhecimento que conduz à sabedoria. O problema precisa ser identificado e as soluções analisadas para que tenhamos a resolução com aceitação.

O transporte coletivo, na vida moderna, é uma solução para o problema da locomoção, mas como não tem aceitação total, muitas pessoas usam seus veículos. Resolvem um problema e criam outro: congestionamentos.

E assim, diariamente, nos envolvemos com os seis passos importantes para tratamento de situações.

Primeiro passo

Ao nos depararmos com necessidades e carências, precisamos definimos exatamente o problema.

Certamente não ignoramos que a definição correta de um problema já é meio caminho andado para a solução.

Não adianta ter como solução um felino, sem estabelecer se precisamos de um gato ou uma onça!

Segundo passo

Temos que considerar os conhecimentos à nossa disposição, que conduzirão às possíveis soluções.

Estas podem ser obtidas com a própria condução, com delegação, e, também, com adição de novas competências, via integração de novos elementos ao processo.

Terceiro passo

Devemos considerar criatividade e criação. Recursos que possam ser integrados ao processo como possíveis soluções.

Não significa que serão, necessariamente, incorporados, mas que, por nunca terem sido aplicados e apresentarem caminhos, merecem avaliação.

Para cortar um papelão, em linha reta, podemos usar uma linha, uma faca, uma tesoura ou uma guilhotina.

A guilhotina tem grandes chances de ser a solução escolhida, o que não quer dizer que as outras não devam ser observadas no ensaio.

Quarto passo

Trataremos da inovação como aplicação da criação ou de melhoria de processo. A adição de competência contribui significativamente nesta fase, não apenas por trazer novos recursos, mas por colocar luz sobre as sombras, com um jeito novo de pensar.

Vale à pena refletir sobre a seguinte frase: “Enquanto muitos perguntam por que, você pode perguntar: por que não?”

E assim, o carrapicho que grudou nas calças do sábio o levou a criar um artifício e a inovar com o Velcro!

Quinto passo

Finalmente a solução? Não, as soluções!

Podemos ter mais de uma, sim. Pense comigo: ao fabricar botas, você pode considerar como recursos para fechá-las os cordões ou os zíperes. Temos que reuni-las e desenvolver a tabela dos prós e contras.

A escolha é definida no sexto passo, após listarmos todas as possibilidades.

Sexto passo

Concretização da escolha: aceitação.

Talvez você diga que será com cordões, porque prefere assim ou, quem sabe, colete opiniões das pessoas envolvidas. Poderá, também, fazer uma ampla pesquisa mo mercado.

Fato é que entre as soluções propostas uma será acatada.

Tudo resolvido ou você acabou de detectar um novo problema?

Pois é, decidir nunca foi fácil!

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial

Articulista, Escritor, Palestrante

Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

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Ivan Postigo
Enviado por Ivan Postigo em 20/09/2011
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