Os Últimos Dias De Uma Raça Chamada Humana

Empresas que fabricam computadores planejam que, em oito décadas, eles funcionem como organismos mecânicos vivos. Mais sofisticados que e a máquina Homo sapiens, estarão preparados para combater as próprias infecções viróticas, os invasores tipo “hackers”, e a atualizarem-se com seus recursos.

O projeto da IBMICROSOFT consumiu, até agora, 2 bilhões de verdinhas. Os novos “cyber” consertam erros antes que aconteçam. Transmitem tarefas para equipamentos com finalidade de substituir outros. E estarão aptos a dividir a sobrecarga de trabalho com todos os demais computadores da rede. Autoprogramam-se com uma série de atualizações, prevendo as novas investidas dos hackers. Estes serão a parte da humanidade que não aderiu às inovações da criptotecnologia.

Residências nos países do 1º Mundo funcionarão com todos os seus sistemas programados por computadores criptográficos: laptops, celulares, televisores e circuitos eletrônicos inseridos em relógios ou óculos.

As emoções, os sentimentos, o simulacro do ato de amar, estarão presentes na simulação dos computadores, em cinco décadas. Garotos, adolescentes e adultos programados para usarem sentidos extras, servirão para a captação da percepção intencional dos sentidos normais dos humanos, e para a conseqüente análise bioeletrônica informatizada de seus desvios, segundo os padrões de normalidade aceitos pela sociedade.

Seres humanos, na nova ordem social, em franco processo de institucionalização, terão o ofício de ser dirigidos por “personal computers”, para as atividades que o controle “cyber” (cibernético), da sociedade concluir que eles são mais aptos. O desenvolvimento do sexto ao décimo sentido nessas máquinas, servirá para antecipar qualquer tipo de criação e/ou percepção mental, ou projeção heurística, proveniente do cérebro humano.

A produção em linhas de montagem está prevista para 2080. Milhões de seres humanos estarão sendo classificados como sucatas orgânicas obsoletas, sem utilidade social pertinente. No início da oitava década deste século. O leitor sente-se bem com esta perspectiva?

Os sentimentos e as emoções serão controlados pelos engenhos cibernéticos, com perfeição nanométrica. Os computadores amarão, se for conveniente denominar amor as relações íntimas então vigentes, através da emissão e da recepção mental induzida por determinados direcionamentos de eletrodos implantados nos cérebros dos recém-nascidos. É um pouco da ficção de Huxley, Admirável Mundo Novo, que simplificada de maneira a tornar mais primárias as categorias de pessoas fabricadas (direcionadas) por esses “chips”.

Uma criança poderá facilmente reproduzir num piano de calda, todas as peças para piano de todos os autores clássicos e neo-clássicos, e dos compositores denominados neo-pós-orgânicos, de acordo com o estilo de criar e/ou de interpretar de um Rubinstein, Chopin, Debussy, Stravisnsky, Bartók, Scarlatti, Liszt, Strauss, Ravel, Cage, Schoenberg, Beethoven, Mozart, Berlioz, Ducas, Mussorgsky, Bach, Gould ou Wagner.

Um supercomputador central com terminais em todos os países que controlam a produção e da riqueza da produção de bens e serviços, estará equipado com um “chip” com custo industrial de um centavo de dólar, mas que permitirá um volume de produção um bilhão de vezes superior à produção intelectual de todos os cérebros humanos da terra somados.

Na oitava década não haverá clara distinção entre seres humanos e robôs. Qualquer micro de mil dólares, em 2081, terá um “hard disk” com aptidões e envergadura de todos os cérebros humanos em ação. Simultaneamente, a nanotecnologia, máquinas minúsculas do tamanho de moléculas, estará a construir neurônio artificiais, com todas as sutilezas dos naturais.

Os robôs humanizados (os humanos robotizados), conversarão entre si com a Internet plugada diretamente dentro de seus cérebros, com uma velocidade de transmissão estimulada por impulsos num chip, muito mais alta que a de todos os neurônios orgânicos. Os nano mecanismos “cyber” (os componentes “orgânicos dos humanos automatizados), terão uma capacidade de aprendizado de milhões de informações por segundo, mais instantânea que a feitura de um café instantâneo.

Todas as pessoas do planeta pertencerão ao universo cibernético (exceto os “outsiders”), e estarão conectadas numa grande rede neuronal de controle cibernético dos organismos vivos. Todas terão o conhecimento da produção e desenvolvimento de toda a história da humanidade , nas áreas exatas, biológicas e humanas.

Os seres humanos terão a aparência exata de robôs e vice-versa. A nanotecnologia estará construindo células iguais às unidades estruturais básicas dos seres vivos: as células biológicas. Cada “cyber” poderá reproduzir-se, e implantar nos novos recém nascidos, “chips” de memória com uma capacidade de raciocínio sem precedentes. Incalculável nos dias de hoje.

Esses seres biocibernéticos terão a aptidão de digitalizar qualquer cérebro. Poderão fazer facilmente um download para um robô de fabricação caseira, que terá como herança sua inteligência, idéias e memória ancestral mais longínqua. Com habilidade de fazer premonições heurísticas de eventos para meio milênio, processando algoritmos.

A empresa “Sun Microsystems”, será então aliada da “IBMicrosoft”. Uma nova linguagem tipo Java permitirá que arquivos digitais sejam compartilhados, via satélite, por todos os humanos computadorizados, ou, como preferirão chamar alguns, computadores humanizados. A linguagem de máquina (instruções que representam seqüências de dígitos binários), e a humana, serão idênticas.

O futuro, em oito décadas, não precisará de seres humanos tais como os que se conhecem nos dias de hoje. Essa tecnologia, exercitada nos dias de hoje, substituirá, em pouco tempo, a espécie humana tal como agora é conhecida.

Os nanorobôs construirão, atómo por átomo, todas as engenhocas que quiserem: apartamentos, televisores, água, animais, pessoas à antiga. A diferença é que não mais terão necessidade de nenhuma delas. A inteligência artificial destruirá o mundo tal como o conhecemos nos dias de hoje, no limiar do século XXI do Terceiro Milênio. Todo o planeta estará em mãos biônicas, obedecendo a vontade de cérebros cibernéticos hoje incompreensíveis.

Alguns humanos serão preservados em áreas excêntricas e extravagantes, como crianças que não têm condições de compreensão da complexidade planetária. Não serão nada mais que indivíduos cativos de uma autocracia (ditadura) cibernética quase unânime.

Este futuro sinistro poderá ser acessado por meio de um manifestado editado no final de 2000. Basta acessar o site www.edge.com, visitado por mentes científicas da vanguarda cibernética do planeta: a exemplo de Jaron Lanier, que inventou o termo “realidade virtual”, com suas pesquisas iniciadas na oitava década do século passado.

Lanier é definido como sendo obstinado, indisciplinado, sarcástico e sátiro. Atualmente grande parte das responsabilidades rotineiras estão sob a administração de um micro computador. Eles escolhem as escolas em que as crianças americanas vão estudar, quais os melhores investimentos em ações, quais jovens estão mais habilitados para servir o exército ou jogar no time de basquete da escola. As pessoas de classe média dos países do Primeiro Mundo, estão cada dia mais sentindo-se distantes dessas responsabilidades: que elas não são mais diretamente delas.

O totalitarismo cibernético atualmente induz os maiores investimentos nas Bolsas dos países representantes da democracia. É semelhante ao stalinismo, ao nazismo, ao comunismo. O mundo será por certo dominado por uma tecnocracia do colarinho branco, estúpida e cheia de interesses pessoais e intransferíveis.

A diferença entre humanos e máquinas irá, de modo gradativo mas inexorável, desaparecendo. Os humanos são máquinas orgânicas de errar e errar, e de difícil aprendizado. Basta observar os noticiários para se ter a certeza de que não aprenderam nada com alguns milhares de anos de civilização e cultura escrita. Por mais que busquem uma solução para seus problemas sociais, eles só aumentam.

Quem sabe o “bom senso” padronizado dos humanos cibernéticos seja capaz de construir uma sociedade mais livre do medo, da violência, da corrupção, do horror vigente nos grandes centros urbanos, e nos menores. Horror que tende a aumentar com o aumento proporcional do domínio social pelas tecnologias ditas de ponta.

A inteligência artificial domina a mente humana. Ela talvez seja apenas uma projeção dela mesma, que ainda não tinha tido a oportunidade de desenvolver seu potencial, desde que os princípios e crenças religiosas paleolíticas, dominam ainda o simulacro de inteligência intelectual e emocional que predomina nas rotinas empresariais e institucionais dos dias de hoje.

O tecnocrata, o burocrata, são máquinas que desejam cada vez mais a especialização de suas rotinas profissionais, com cursos de graduação, mestrado, pós-graduação. E ficam cada dia mais embotados quanto ao saber globalizado que se tornou uma exigência dos tempos controlados pela manutenção cada vez mais fanática, das instituições que assaltam a frugalidade econômica dos bilhões de seres humanos que nem sabem ainda que não passam, na realidade, de organismos “cibernéticos” obsoletos, segundo os padrões mais simplórios da não tão distante década de oitenta do século XXI. Terceiro Milênio não é apenas um nome de fantasia.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 28/04/2010
Reeditado em 28/04/2010
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