Aborto seletivo contra meninas
A vida humana faz parte da ecologia, daí a categoria em que este artigo foi colocado.
Eu tomei conhecimento desse assunto pouco divulgado pela mídia, já faz muito tempo. Foi quando li um artigo da Seleções que, se bem me lembro, tinha por título "O massacre das inocentes". Posteriormente li outras matérias a respeito.
Curiosamente nunca vi manifestação de feministas sobre isso.
O caso em si prova de forma contundente a ligação íntima do machismo com o aborto. Aliás vai ser muito difícil encontrar um machista que não seja a favor do aborto, até ferozmente a favor, pois é por meio do aborto (ainda mais se estiver legalizado) que o machista se livra de responsabilidades pelas suas libertinagens.
Esse abortamento seletivo ocorre com base na ultra-sonografia. Depois que essa maravilhosa invenção foi criada pode-se agora, por exemplo, ouvir batendo o coração do bebê de ventre. Também se pode determinar o sexo dos nascituros.
Pois bem: essa invenção maravilhosa, que desvendou mistérios da vida intra-uterina, deveria inspirar maior respeito para com os nascituros (que os abortistas preferem chamar de "fetos", como já houve uma abortista que falou "essa coisa", como relatou o eminente Dr. Ives Gandra Martins, incansável defensor da vida humana), mas estranhamente vem servindo de veículo para o aborto de meninas.
É assim que acontece: fazem a ultra; se for menino, tudo bem; se for menina matam. Elas são mortas pelo "crime" de serem meninas.
Se isso não é machismo extremo, não sei o que seria machismo.
Tal procedimento nefando ocorre largamente em países asiáticos como China e Índia mas também, em menor escala, no Ocidente.
Na China foi muito praticado por causa da lei draconiana de filho único por casal. Os bebês masculinos tinham prioridade e se vinha menina, aborto com ela. Não precisa muita esperteza para deduzir que essa decisão era tomada pelos homens.
Há alguns anos a situação ficou menos radical, porque o governo chinês passou a consentir dois filhos por casal. O que continua sendo tremenda arbitrariedade.
O resultado, na China, foi o desequilíbrio dos sexos e hoje existe por lá um grande número de homens condenados à solidão, pois não há mulheres suficientes.
O aborto seletivo resulta em que nas operações abortivas que ocorrem pelo mundo morrem mais mulheres que homens.
Isso mostra bem a falácia de apresentarem o aborto como um "direito da mulher". Só se for o direito de ser exterminada.
Em tempo: a maioria das mulheres é contra abortar e há uma legião de mulheres que são ativistas pró vida, inclusive no Brasil.
(Imagem da Canção Nova)