O Pouco Que Me Coube

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

O pouco que me coube é rico em biodiversidade…

Fica pertinho da minha cidade; dá para ir a pé, se quiser; um santuário das espécies vegetais, animais, microorganismos; verdadeira indústria de oxigênio.

Sua cobertura vegetal conserva a umidade, evita a erosão do solo, coopera impreterivelmente com o microclima, com o ciclo hidrológico da região, a manutenção da vida…

No seu entorno a vegetação fora removida quase a zero…

Desmatam, sujam, cospem no prato que comem; triste realidade que vivemos!

A cada instantes espécies, vegetais, animais, aves passam aperto para sobreviverem; muitas, não conseguem.

O que hoje é ameaçado de extinção, amanhã, possivelmente, nem exista mais. Não se administram com sabedoria o que Deus confiou nos dar. Fica cada vez mais difícil comer o bem desta terra.

O lucro desonesto é um dos problemas sério das pessoas pouco esclarecidas ou, gananciosas, que olham somente o seu próprio interesse, não se importam quanto ao dano que possam causar aos demais.

Por ignorar o interesse difuso, que está acima do pessoal. Contra o lucro racional não há como ser contra.

A legislação afim precisa vingar; ela orienta, regula, o cidadão quanto ao uso sustentável dos recursos naturais e dá outras providências.

Vantagens momentâneas podem dar lugar a um prejuízo permanente.

"A Terra cambaleia como um bêbado..."

Devido aos maus tratos que a causamos a ela e, consequentemente a nós mesmos, também.

Enfrentamos a escassez da água, do alimento...

Não dão trégua o tráfico de animais, o desmatamento...

Ancelmo pontuou:

“… o homem deixa de ser, passa pela vida tendo tudo e termina sendo nada.” Devemos cultivar o respeito a nós mesmos, ao Criador, ao semelhante, ao que nos cercam. Pois, teremos que

dar satisfação das nossas ações um dia! Com a Natureza somos como elos duma mesma corrente, unidos entre si; não somos algo à parte.

Para mudar o comportamento das pessoas com relação ao tratamento devido, ao meio em que vivem, não basta a força da Lei. Carece que exista a força do amor, da instrução, do respeito…

O melhor caminho é instruir-nos; a lei que mais importa é a da consciência.

O pouco que me coube, ainda existe e aguarda-me, para uma pacífica convivência; num bem estar sem igual.

*Nemilson Vieira

Gestor Ambiental/Acadêmico Literário

(15:02:15)