A exaustão da felicidade.

Existe um momento em que tempo acaba.

A felicidade é uma ilusão, metafisicamente imaginada, o tempo passa e o sorriso exaure.

O encantamento dilui-se no tempo distanciado, como se a realidade fosse apenas o instante passado.

Inútil recuperar o que não existe mais, deste modo, o sonho foi descabido.

No mundo pós contemporâneo a felicidade é liquida, o afeto apenas o consumo, o sonho uma peça descartável.

Deste modo, a emocionalidade um parafuso, com funcionalidade prevista.

O vosso mundo, o inefável sorriso perdido, nas interferências do seu coração.

Sonhar é como perder o desejo criado, a imaginação apenas uma proposição não anunciada.

Melhor viver o mundo epicúrico, enquanto possível, assim sendo, bobagem insistir nas recordações.

Nova ideologia, tão somente a exaustão, bobagem acreditar na possibilidade do encantamento.

Olhar para o infinito, ver o azul escurecendo, as nuvens escondendo na intensidade da madrugada.

Não é possível a prevalência eterna do delírio, a realidade é cruel e destina o futuro para o esquecimento.

O sonho apenas a vontade indelével não efetivada nas emoções.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 16/06/2020
Reeditado em 19/08/2020
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