A exaustão da felicidade.
Existe um momento em que tempo acaba.
A felicidade é uma ilusão, metafisicamente imaginada, o tempo passa e o sorriso exaure.
O encantamento dilui-se no tempo distanciado, como se a realidade fosse apenas o instante passado.
Inútil recuperar o que não existe mais, deste modo, o sonho foi descabido.
No mundo pós contemporâneo a felicidade é liquida, o afeto apenas o consumo, o sonho uma peça descartável.
Deste modo, a emocionalidade um parafuso, com funcionalidade prevista.
O vosso mundo, o inefável sorriso perdido, nas interferências do seu coração.
Sonhar é como perder o desejo criado, a imaginação apenas uma proposição não anunciada.
Melhor viver o mundo epicúrico, enquanto possível, assim sendo, bobagem insistir nas recordações.
Nova ideologia, tão somente a exaustão, bobagem acreditar na possibilidade do encantamento.
Olhar para o infinito, ver o azul escurecendo, as nuvens escondendo na intensidade da madrugada.
Não é possível a prevalência eterna do delírio, a realidade é cruel e destina o futuro para o esquecimento.
O sonho apenas a vontade indelével não efetivada nas emoções.
Edjar Dias de Vasconcelos.