AGRONEGÓCIO - Plástico feito de milho!?

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UM DESAFIO À ESPERA DE INCENTIVO

Se o amido de milho como matéria-prima para o plástico ainda lhe parece piada ou, no mínimo, uma invenção muito maluca, é bom começar a creditar mais a ideia. A tecnologia, que já não está mais nas fases de testes, apresenta como principal benefício a capacidade de produzir sacolas, embalagens, copos descartáveis e outros produtos com prazos de decomposição altamente atrativos, principalmente para atender à crescente demanda pela sustentabilidade ambiental.

A glicose e a sacarose presentes no milho ou nos óleos vegetais são as principais substâncias utilizadas por algumas espécies de bactérias (como a Alcaligenes eutrophus) para produzir o polímero polihidroxibutirato (PHB), que possui propriedades físicas e mecânicas parecidas com as do polipropileno (PP). Portanto, ele tem potencial para se tornar um substituto para plásticos não biodegradáveis.

O plástico produzido a partir do amido de milho leva pouquíssimo tempo para se decompor se comparado àquele sintético, obtido através do petróleo. Porém, infelizmente, é utópico dizer que em um futuro próximo a inovação vai dominar o mercado, visto que perde em alguns quesitos para o concorrente plástico tradicional.

Os custos de produção de plásticos provenientes do petróleo ainda são mais agradáveis economicamente, mas é necessário aumentar a conscientização do consumidor enaltecendo a importância de se pensar no meio ambiente ao escolher seus produtos.

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TRAÇANDO SOLUÇÕES PARA A SUPERPRODUÇÃO

Sabe-se que o Brasil é um grande produtor de milho, mas um fato que desagrada saber é que o brasileiro não tem o hábito de consumir o alimento na quantidade mínima recomendada pela ONU (Organização das Nações Unidas). São estimadas para a próxima safra, a título de exemplificação, 95 milhões de toneladas de milho e a sua população consome menos de 60 milhões. Espera-se ainda que sejam exportadas 5 milhões de toneladas da commodity agrícola, mas os cálculos não fecham. Por esse e outros motivos, a cultivar é direcionada a outros tipos de indústria, além das de alimento e combustível.

É chegada a era em que se faz necessário ganhar a preferência dos consumidores com produtos mais viáveis. Isso acarreta fortemente a sustentabilidade da cadeia produtiva do milho, atendendo a requisitos como responsabilidade ambiental e preocupação com a sociedade.

O incentivo à inovação, pesquisa e sustentabilidade é imprescindível e deve partir das indústrias, que estão diretamente engajadas no processo produtivo da cadeia do milho. O excedente produzido, o qual não houver escoamento nem consumação, poderia ser direcionado majoritariamente à produção de plástico biodegradável.

A mídia, por sua vez, tem como papel essencial gerar e divulgar campanhas de estímulo à compra de produtos plásticos facilmente renováveis oriundos de matéria agrícola como o milho e a soja. Deve-se enfatizar que não somente o preço importa, mas também o senso de cidadania de cada consumidor.

O produtor rural será beneficiado com maior nicho de indústrias para transformar os seus produtos. Isso não garante o sucesso da cadeia no tocante ao pós-porteira, mas gera confiança aos produtores de que seus produtos têm vasta aplicabilidade e força no mercado, além de influenciar cada proprietário rural, que é um investidor, na escolha pela commodity “MILHO” em vez de outras.

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Nome do aluno e autor: Renadson A. R. Moreira

Cidade/Polo: Foz do Iguaçu - Paraná

Data de envio do trabalho: 24/09/2017

Curso: Tecnólogo Superior em Gestão de Agronegócios

Disciplina: Cadeias Produtivas de Milho e Soja

Professor Mestre: Tiago Ribeiro da Costa

E-mail: tiago.costa@unicesumar.edu.br

OBS: Melhor professor de Agronegócio da Unicesumar! Tive a incrível oportunidade de conhecê-lo em 2019. O encontro foi no hotel Recanto Cataratas Resort, onde trabalho atualmente, em Foz do Iguaçu.

RECANTO SEMPRE ME RESERVA GRANDES SURPRESAS!

Renadson Augusto
Enviado por Renadson Augusto em 28/05/2020
Reeditado em 28/05/2020
Código do texto: T6960325
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