A Agricultura e Urbanização na Amazônia
Quando alguém pretende estabelecer-se, com uma simples padaria, para fabricar, e vender pães, precisa ser dono do imóvel, ou pagar aluguel, além de pagar impostos, e sujeitar-se a enorme burocracia.
No entanto, aventureiros e bandidos, para fazerem fortunas, de forma fácil e criminosa, invadem as terras dos nativos, que vivem nelas há séculos, ali integrados em harmonia com a natureza.
Mesmo que as terras não fossem dos índios, seriam do estado, nas quais nem Usucapião pode ser feito, por serem patrimônio público, propriedade de todos os cidadão.
Mais que isto, a Amazônia é patrimônio dos Brasileiros, e da Humanidade, porque sustenta a vida no planeta.
Inacreditavelmente um político, abominável e insano, diz que pretende legalizar o garimpo.
Legalizar o crime.
Como se tivéssemos recursos, para disponibilizar um agente "honesto", em cada garimpo, para fiscalizar a produção, a venda e os tributos sobre a mineração.
Ainda fiscalizar os danos ambientais, que são graves, inevitáveis, e irreparáveis.
Como se os garimpos, que enquanto reprimidos, já desgraçam a natureza, se legalizados, não fossem desgraçar mais ainda.
Se estes mesmos índios, vítimas dos invasores da Amazônia, ocupassem algum latifúndio improdutivo, seriam considerados pelo aludido político, criminosos e perigosos.
Certamente este político promoveria o armamento do latifundiário, para massacrar os índios, e manter a posse da área.
Embora, ao contrário das terras indígenas, o latifúndio estivesse ocioso, sem função social, e ainda fosse posse, resultante de artimanhas ilícitas ou injustas.
Embora a ocupação, pelos índios, fosse para produzir alimentos, sem venenos, inclusive para abastecer hospitais, sem aniquilar a natureza.
Os indígenas são livres para renunciarem a condição de índios, mas não têm direito de urbanizarem a floresta, nem transformá-la em lavouras, pastagens, ou crateras de garimpos.
Os índios têm liberdade, para tornarem-se apenas descendentes de índios, e menos índio, que qualquer ecologista branco, mas não têm o direito, de impor esta conduta, a todos os habitantes da floresta.
Os índios têm liberdade, e direito de se urbanizarem, e até se tornarem fazendeiros, mas fora da Amazônia.
Aqueles que desejam praticar, agricultura mecanizada, devem praticá-la longe da Amazônia.
Aqueles que se fascinaram, pelas luzes da cidade, têm o direito de ir a elas, mas não tem o direito, de trazê-las para a floresta.
A Amazônia é um prato de ouro, onde a natureza serve ao mundo a vida.
Os maus, os gananciosos, os desonestos e os incultos, vêm apenas o valor do prato, recusando-se a admitir, que a vida vale mais que o ouro.
Acioly Netto - www.guiadiscover.com