NATUREZA DESEQUILIBRADA
No verão as inundações. No inverno a seca. Nós, brasileiros, temos essa opção. Morrer de sede ou afogado em água suja? Pois é o que acontece pelo país afora. De um lado torneiras secas, de outro, enchentes que levam pessoas ao desespero. Há quem diga que Deus nos deu inteligência para que pudéssemos botar ordem no caos. Mas ao que parece o que estamos fazendo é exatamente o contrário. Deus nos deu as florestas para que elas filtrassem os gases venenosos da atmosfera e nos devolvesse oxigênio puro. Nós cortamos as florestas e jogamos cada vez mais gases venenosos no ar. Depois tentamos corrigir a burrice plantando florestas transgênicas que desequilibram ainda mais o ambiente. Deus nos deu os rios, com águas limpas e cristalinas, para que nelas peixes crescessem, se multiplicassem e servissem de alimento para nós; e para que pudéssemos ter água pura para sustentar o nosso organismo, que é feito por três quartos dela. Nós jogamos as nossas porcarias nos rios, transformando-os em verdadeiros esgotos a céu aberto. Depois tentamos remediar isso fazendo reservatórios que modificam as condições ambientais, criamos peixes doentes em cativeiros e jogamos produtos químicos na água para limpar a sujeira que jogamos nela. Deus nos deu a camada de ozônio para que ela servisse de filtro solar. Nós a destruímos com queimadas, gases tóxicos e sujeira de todo tipo, produzida em nome do chamado mercado de consumo, que parece ser a única coisa que motiva o ser humano a sair da cama todos os dias. Depois tentamos nos proteger com filtros solares artificiais, que para serem produzidos causam mais desastres ambientais. Deus colocou um equilibrio natural nas coisas. Mas o homem, com seus desejos, ambições e pretensa sabedoria, desequilibra tudo. Depois tenta corrigir e remediar os males que causou a si mesmo com soluções artificiais.
A natureza não comete erros nem deixa existir nada que não tenha utilidade. Tudo que rema contra ela provoca desequilíbrio e desordem. Se as águas do céu estão caindo nos lugares errados é porque alguma razão existe. Provocamos o caos com imensas aglomerações urbanas, ruas e praças impermeabilizadas, lotadas de detritos e resíduos da nossa científica civilização. Quando chove, as cidades ficam inundadas de água suja, ao mesmo tempo em que as nossas niqueladas torneiras, que deviam trazer água limpa para o nosso consumo permanecem secas. Se ao invés de ficar discutindo quem é mais competente e mais virtuoso, os nossos engenheiros, administradores e políticos botassem suas inteligências para descobrir meios de conviver em harmonia com a natureza quem sabe ela nos perdoaria e voltaria ao seu equilíbrio natural.
Talvez fosse útil, para todos nós, nesta altura do campeonato, uma releitura do Tao Te King. Como se diz ali, a natureza é sábia e justa. E o Tao do Céu, embora não tenha afetos, sempre coopera com os homens. (Quando eles não são hipócritas).
No verão as inundações. No inverno a seca. Nós, brasileiros, temos essa opção. Morrer de sede ou afogado em água suja? Pois é o que acontece pelo país afora. De um lado torneiras secas, de outro, enchentes que levam pessoas ao desespero. Há quem diga que Deus nos deu inteligência para que pudéssemos botar ordem no caos. Mas ao que parece o que estamos fazendo é exatamente o contrário. Deus nos deu as florestas para que elas filtrassem os gases venenosos da atmosfera e nos devolvesse oxigênio puro. Nós cortamos as florestas e jogamos cada vez mais gases venenosos no ar. Depois tentamos corrigir a burrice plantando florestas transgênicas que desequilibram ainda mais o ambiente. Deus nos deu os rios, com águas limpas e cristalinas, para que nelas peixes crescessem, se multiplicassem e servissem de alimento para nós; e para que pudéssemos ter água pura para sustentar o nosso organismo, que é feito por três quartos dela. Nós jogamos as nossas porcarias nos rios, transformando-os em verdadeiros esgotos a céu aberto. Depois tentamos remediar isso fazendo reservatórios que modificam as condições ambientais, criamos peixes doentes em cativeiros e jogamos produtos químicos na água para limpar a sujeira que jogamos nela. Deus nos deu a camada de ozônio para que ela servisse de filtro solar. Nós a destruímos com queimadas, gases tóxicos e sujeira de todo tipo, produzida em nome do chamado mercado de consumo, que parece ser a única coisa que motiva o ser humano a sair da cama todos os dias. Depois tentamos nos proteger com filtros solares artificiais, que para serem produzidos causam mais desastres ambientais. Deus colocou um equilibrio natural nas coisas. Mas o homem, com seus desejos, ambições e pretensa sabedoria, desequilibra tudo. Depois tenta corrigir e remediar os males que causou a si mesmo com soluções artificiais.
A natureza não comete erros nem deixa existir nada que não tenha utilidade. Tudo que rema contra ela provoca desequilíbrio e desordem. Se as águas do céu estão caindo nos lugares errados é porque alguma razão existe. Provocamos o caos com imensas aglomerações urbanas, ruas e praças impermeabilizadas, lotadas de detritos e resíduos da nossa científica civilização. Quando chove, as cidades ficam inundadas de água suja, ao mesmo tempo em que as nossas niqueladas torneiras, que deviam trazer água limpa para o nosso consumo permanecem secas. Se ao invés de ficar discutindo quem é mais competente e mais virtuoso, os nossos engenheiros, administradores e políticos botassem suas inteligências para descobrir meios de conviver em harmonia com a natureza quem sabe ela nos perdoaria e voltaria ao seu equilíbrio natural.
Talvez fosse útil, para todos nós, nesta altura do campeonato, uma releitura do Tao Te King. Como se diz ali, a natureza é sábia e justa. E o Tao do Céu, embora não tenha afetos, sempre coopera com os homens. (Quando eles não são hipócritas).