A ENGENHARIA DO DESESPERO
Nós, brasileiros temos opção. Podemos morrer afogados em água suja ou lama mineral contaminada Os maçons dizem que Deus deu inteligência aos homens para que eles botassem ordem no caos. Mas ao que parece, fazemos exatamente o contrário. Adicionamos mais caos no caos inicial, que na verdade, não era caos, mas ordem. Deus nos deu as florestas para filtrar os gases venenosos da atmosfera e devolver oxigênio puro para a saúde do nosso sangue. Nós cortamos as florestas e jogamos cada vez mais gases venenosos na atmosfera. Deus nos deu rios, com águas limpas e cristalinas para matar a nossa sede e nelas os peixes crescerem e se multiplicarem e servirem de alimento para nós. E o que fazemos? Jogamos todas as nossas porcarias nos rios, transformando-os em verdadeiros esgotos a céu aberto. Deus criou a camada de ozônio para nos proteger dos perigosos raios violetas, responsáveis por inúmeras doenças de pele. Nós a destruímos com queimadas, gases tóxicos e sujeira de todo tipo, produzida em nome do bem estar econômico, que parece ser a única coisa que motiva o ser humano a sair da cama todos os dias.
A China é hoje é o país mais poluidor do planeta. Estranho paradoxo para quem já praticou a disciplina do Tao. Lao Tsé, o codificador dessa maravilhosa filosofia, que colocava a sabedoria da natureza acima de qualquer outra que o homem pensava ter ─ inclusive a chamada sabedoria das religiões reveladas ─, viveu a mais de dois e quinhentos anos atrás. Ele já dizia que a civilização humana era uma desesperada tentativa de criar uma ordem artificial para substituir a ordem natural que ela destruiu.
Porque Deus colocou uma ordem natural no universo, através das suas leis. Quando o homem chega, com seus desejos, suas ambições, sua pretensa sabedoria, ele viola essas leis e desequilibra essa ordem. E quando sofre as consequências desse desequilíbrio, procura corrigir e remediar os males que causou com sua falsa noção de humanismo e sua tecnologia do desespero.
Lao Tsé tinha razão. Tragédias como a de Brumadinho que o digam. A natureza não faz nada errado nem deixa existir o que não tem utilidade. Tudo que rema contra ela provoca desequilíbrio e desordem. Provocamos o caos com nossas imensas aglomerações urbanas, suas ruas e praças impermeabilizadas e lotadas de detritos e resíduos da nossa científica civilização. Quando chove, as cidades ficam inundadas de água suja. Ajuntamos em barragens pouco seguras os resíduos da atividade mineradora, ao mesmo tempo em que invadimos as entranhas das nossas montanhas para tirar dela os minérios. O que sobra são florestas decepadas, terra arrasada, rios poluídos e muitas mortes por conta dessa devastação. Deus perdoa, a natureza não. Talvez fosse útil, para todos nós, uma releitura do Tao Te King. Como se diz ali, a verdade, frequentemente soa paradoxal. O Tao do Céu não tem afetos, mas sempre coopera com os homens. Quando eles não são hipócritas.
Nós, brasileiros temos opção. Podemos morrer afogados em água suja ou lama mineral contaminada Os maçons dizem que Deus deu inteligência aos homens para que eles botassem ordem no caos. Mas ao que parece, fazemos exatamente o contrário. Adicionamos mais caos no caos inicial, que na verdade, não era caos, mas ordem. Deus nos deu as florestas para filtrar os gases venenosos da atmosfera e devolver oxigênio puro para a saúde do nosso sangue. Nós cortamos as florestas e jogamos cada vez mais gases venenosos na atmosfera. Deus nos deu rios, com águas limpas e cristalinas para matar a nossa sede e nelas os peixes crescerem e se multiplicarem e servirem de alimento para nós. E o que fazemos? Jogamos todas as nossas porcarias nos rios, transformando-os em verdadeiros esgotos a céu aberto. Deus criou a camada de ozônio para nos proteger dos perigosos raios violetas, responsáveis por inúmeras doenças de pele. Nós a destruímos com queimadas, gases tóxicos e sujeira de todo tipo, produzida em nome do bem estar econômico, que parece ser a única coisa que motiva o ser humano a sair da cama todos os dias.
A China é hoje é o país mais poluidor do planeta. Estranho paradoxo para quem já praticou a disciplina do Tao. Lao Tsé, o codificador dessa maravilhosa filosofia, que colocava a sabedoria da natureza acima de qualquer outra que o homem pensava ter ─ inclusive a chamada sabedoria das religiões reveladas ─, viveu a mais de dois e quinhentos anos atrás. Ele já dizia que a civilização humana era uma desesperada tentativa de criar uma ordem artificial para substituir a ordem natural que ela destruiu.
Porque Deus colocou uma ordem natural no universo, através das suas leis. Quando o homem chega, com seus desejos, suas ambições, sua pretensa sabedoria, ele viola essas leis e desequilibra essa ordem. E quando sofre as consequências desse desequilíbrio, procura corrigir e remediar os males que causou com sua falsa noção de humanismo e sua tecnologia do desespero.
Lao Tsé tinha razão. Tragédias como a de Brumadinho que o digam. A natureza não faz nada errado nem deixa existir o que não tem utilidade. Tudo que rema contra ela provoca desequilíbrio e desordem. Provocamos o caos com nossas imensas aglomerações urbanas, suas ruas e praças impermeabilizadas e lotadas de detritos e resíduos da nossa científica civilização. Quando chove, as cidades ficam inundadas de água suja. Ajuntamos em barragens pouco seguras os resíduos da atividade mineradora, ao mesmo tempo em que invadimos as entranhas das nossas montanhas para tirar dela os minérios. O que sobra são florestas decepadas, terra arrasada, rios poluídos e muitas mortes por conta dessa devastação. Deus perdoa, a natureza não. Talvez fosse útil, para todos nós, uma releitura do Tao Te King. Como se diz ali, a verdade, frequentemente soa paradoxal. O Tao do Céu não tem afetos, mas sempre coopera com os homens. Quando eles não são hipócritas.