Rodeio na TV?
RODEIO NA TV?
Miguel Carqueija
Em primeiro lugar, e para prevenir qualquer mal-entendido porque já experimentei esse tipo de interpretação, esclareço que esta coluna é católica e defende na medida do possível a Igreja Católica e a religião católica. Por isto mesmo sinto-me à vontade para fazer uma restrição à Rede Vida, uma das emissoras católicas existentes no Brasil.
A Rede Vida, como as demais emissoras católicas, é uma das melhores da televisão brasileira, as emissoras profanas, como a Globo e a Record (apesar desta se apresentar ligada a uma religião), não têm a mínima possibilidade de coomparação em matéria de qualidade artística, intelectual e moral. Na Rede Vida existem excelentes programas como a “Novena dos filhos do Divino Pai Eterno” com o Padre Robson Oliveira, “Sílvio Brito em família” que parece ser o nosso melhor musical, a maravilhosa missa dos sábados concelebrada por Dom Fernando Figueiredo e Padre Marcelo e o “Terço Bizantino” com este grande missionário da Fé católica que é o Padre Marcelo Rossi.
Mas não posso concordar que esta emissora exiba, divulgue rodeios – pois nós católicos nos opomos aos atos de crueldade contra animais, que sabemos ser pecaminosos.
Já flagrei, sim, numa transmissão dessas alguém afirmando que rodeio não é crueldade. Mas, também entre os espanhóis existe a ideia de que tourada não é crueldade, e nós estamos vendo que é. Se eu assistisse uma tourada torceria pelo touro como fez o Aloísio de Azevedo quando foi cônsul na Espanha além do personagem do conto “Na arena” do Jack London.
Atormentar aqueles animais, cavalos e bois, inclusive com a colocação do tal “sedem” que lhes aperta os genitais para que fiquem desesperados e corcoveiem, que graça há nisso? Que esporte? Além disso cria-se uma categoria, chamados de peões de rodeio, com fama de “garanhões”. Assisti um depoimento de um deles, certa vez, admitindo que pegara aids, pois eles tinham o hábito de, após os rodeios, irem para o hotel fazer uma competição de com quantas garotas transavam na mesma noite. E o cidadão em questão deu a entender que nem considerava a possibilidade de pegar aids.
Com ou sem esse tipo de comportamento machista, de qualquer forma o rodeio é um ato de maltrato e de desprezo para com animais e não é programa compatível com os objetivos de uma rede de televisão católica.
Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2017.
RODEIO NA TV?
Miguel Carqueija
Em primeiro lugar, e para prevenir qualquer mal-entendido porque já experimentei esse tipo de interpretação, esclareço que esta coluna é católica e defende na medida do possível a Igreja Católica e a religião católica. Por isto mesmo sinto-me à vontade para fazer uma restrição à Rede Vida, uma das emissoras católicas existentes no Brasil.
A Rede Vida, como as demais emissoras católicas, é uma das melhores da televisão brasileira, as emissoras profanas, como a Globo e a Record (apesar desta se apresentar ligada a uma religião), não têm a mínima possibilidade de coomparação em matéria de qualidade artística, intelectual e moral. Na Rede Vida existem excelentes programas como a “Novena dos filhos do Divino Pai Eterno” com o Padre Robson Oliveira, “Sílvio Brito em família” que parece ser o nosso melhor musical, a maravilhosa missa dos sábados concelebrada por Dom Fernando Figueiredo e Padre Marcelo e o “Terço Bizantino” com este grande missionário da Fé católica que é o Padre Marcelo Rossi.
Mas não posso concordar que esta emissora exiba, divulgue rodeios – pois nós católicos nos opomos aos atos de crueldade contra animais, que sabemos ser pecaminosos.
Já flagrei, sim, numa transmissão dessas alguém afirmando que rodeio não é crueldade. Mas, também entre os espanhóis existe a ideia de que tourada não é crueldade, e nós estamos vendo que é. Se eu assistisse uma tourada torceria pelo touro como fez o Aloísio de Azevedo quando foi cônsul na Espanha além do personagem do conto “Na arena” do Jack London.
Atormentar aqueles animais, cavalos e bois, inclusive com a colocação do tal “sedem” que lhes aperta os genitais para que fiquem desesperados e corcoveiem, que graça há nisso? Que esporte? Além disso cria-se uma categoria, chamados de peões de rodeio, com fama de “garanhões”. Assisti um depoimento de um deles, certa vez, admitindo que pegara aids, pois eles tinham o hábito de, após os rodeios, irem para o hotel fazer uma competição de com quantas garotas transavam na mesma noite. E o cidadão em questão deu a entender que nem considerava a possibilidade de pegar aids.
Com ou sem esse tipo de comportamento machista, de qualquer forma o rodeio é um ato de maltrato e de desprezo para com animais e não é programa compatível com os objetivos de uma rede de televisão católica.
Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2017.