ESTIAGEM PROLONGADA
ESTIAGEM PROLONGADA
Eis um fenômeno bastante conhecido para o Nordestino, mormente para aquele que habita o semi-árido.
Já na geográfica Zona da Mata, da qual faz parte o Recôncavo Baiano, não é comum um período de mais de noventa dias sem cair uma copiosa chuva, para fazer, pelo menos, baixar a poeira das ruas e estradas.
Diante da atual escassez de chuvas, que se verifica, pode-se alegar que estamos em pleno verão e, portanto, em estação não apropriada para que as águas pluviais se derramem sobre os municípios assentados sobre a região do recôncavo e o seu entorno, a exemplo de Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, entre outros. Sabemos, todavia, que o período que vai de outubro a fevereiro, na citada região, é caracterizado pelas chuvas de trovoadas que, às vezes, caem tão abundantemente que chegamos a pensar que nos encontramos em pleno período invernal. Perante o impasse se faz necessário buscarmos respostas, científicas, para diagnosticar as causas desta prolongada estiagem.
Cientificamente, está comprovado o fato de que onde existem matas ocorrem muitas chuvas, pois as nuvens, que vão passando sobre elas, recebem a umidade liberada, pelas plantas, no processo de evapotranspiração e tornam-se saturadas de vapor d’água dando início a precipitação de chuvas. Ora! Se a região, em pauta, sofreu um danoso processo de desmatamento, como é o caso da região em questão, nos vem a certeza de que a climatologia está sendo modificada de maneira a reduzir, drasticamente, os índices da pluviosidade, regional, desregulando o regime de chuvas.
Vê-se, pois, que ações predatórias, praticadas pelo homem, podem alterar, prejudicialmente, o que a natureza levou milhões de anos para criar e/ ou estabelecer. E, para que o nosso planeta não seja transformado num inferno, em curto prazo, é mister caminharmos com a natureza para que a Terra possa continuar sendo o lar de nossos filhos e das gerações futuras.
Chega de agressão à Natureza! Cuidemos da preservação ambiental enquanto é tempo.
Artigo escrito nos Informativos Seagri, de Amélia Rodrigues-Ba, e CMTPE de Conceição da Feira-Ba.