MEIO AMBIENTE
MEIO AMBIENTE
Meio Ambiente é tudo que nos circunda, inclusive, nós mesmos fazemos parte do meio ambiente.
Moramos numa grande espécie espaçonave viva, construída pela natureza, e vivemos sobre essa grande esfera, circulando pelo espaço cósmico, gravitando em torno do sol.
Ora! Se vivemos nessa grande bola, devemos tomar os cuidados necessários para não prejudicar, ou destruir, isso que é a nossa grande casa: o nosso meio ambiente.
Os primeiros cuidados que devemos ter são com a nossa flora, ou seja, com nossos vegetais, pois são eles, juntamente com algas marítimas, os responsáveis pela produção do oxigênio que respiramos e pela redução dos níveis de CO2 da atmosfera o que torna possível a vida aqui na Terra. Além disso, a vegetação em diferentes tamanhos, ou portes, é responsável pela redução do impacto dos pingos d’água sobre o solo e pela infiltração das águas pluviais, até a profundidade de suas raízes, abastecendo o lençol freático, ou seja, a água que fica acumulada sob a terra e que utilizamos em cacimbas e poços. Quando árvores são derrubadas e em seu lugar são plantados vegetais, de raízes curtas, o lençol freático é reduzido drasticamente e pode ocorrer a seca dos poços e cacimbas da região. Por aí se pode notar a importância das matas na formação do reservatório natural, de água, que é o lençol freático; por outro lado, a presença de vegetação é de importância vital para o bom desempenho das bacias hidrográficas evitando o assoreamento dos rios, riachos, regatos e, conseqüentemente, a morte de muitos deles, entupidos pela terra que desce das margens empurrada ou carreada pelas águas das chuvas que caem ao solo e escorrem sem encontrar obstáculos que reduzam o seu caudal: verdadeiro responsável pelo arrastamento das terras mais altas desprotegidas, para o leito dos rios (grandes e pequenos) e para outros mananciais aqüíferos, a exemplo de lagos, lagoas, nascentes etc.
Convém esclarecer que sendo a camada superficial do solo a mais rica em nutrientes e em vida microbiológica (responsável pela mineralização, paulatina, da matéria orgânica proveniente dos restos vegetais oriundos dos ciclos de vida da vegetação) não é conveniente perdê-la mediante emprego de práticas inadequadas de desmatamento e cultivos antitecnológicos que deixem o solo sem proteção e facilitem o seu carreamento, deixando empobrecidas as áreas mais altas e, assoreadas, as mais baixas. Para que isso não venha ocorrer, (se diferentes tipos de vegetação tiverem que ser derrubados em áreas declivosas), se faz necessária a utilização de técnicas de proteção ao solo, como: plantio direto, plantio em curva de nível, plantio transversal ao declive, renques de proteção ou faixas, barreiras diversas, terraços e patamares. As citadas práticas permitem o uso dos recursos ambientais, de forma sustentável, reduzindo os danos ecológicos e propiciando o desenvolvimento sócio-econômico da área explorada.
São considerados problemas ambientais graves: o desmatamento predatório e a contaminação das águas por resíduos químicos, diversos, e também orgânicos.
A não deposição do lixo das cidades, e da área rural, em locais apropriados (aterro sanitário) constitui agressão gravíssima ao meio ambiente, pois enfeia a paisagem, degrada o solo e os recursos hídricos, além de gerar focos de pragas e doenças.
O planeta possui 2,2 bilhões de hectares plantados. E para a sobrevivência de cada uma pessoa é necessário o plantio de 0,5 Ha. Temos, portanto, plantado o suficiente para alimentar 4,4 bilhões de pessoas. O problema é que já temos mais de sete bilhões de seres humanos, vivendo no planeta, fato que exige a abertura de novas áreas para plantio o que fatalmente redundará em aumento da área degradada e de seus conseqüentes malefícios ao meio ambiente.
A saída para a humanidade é internalizar que já degradou, além do que o planeta pode suportar, e passar a economizar, racionalmente, o uso de todos os recursos naturais, mormente a água; dar prioridade ao uso de biocombustíveis e encontrar tecnologias que aumentem a produtividade, de modo a prescindir do alargamento da fronteira agrícola, para o aumento da produção, em geral.
Engº Agrº José Rodrigues Filho
CREA 4485-D 3º Região.
Amélia Rodrigues- Ba, 20 de maio de 2016.