Será que essa nossa sugestão (referente ao desastre em Mariana-MG) é de todo descabida ?
Como é de conhecimento público, toda a popula-
ção que depende da água do Rio Doce tem enfrentado uma séria
crise, face à dificuldade em conseguir água doce para suas necessi-
dades básicas, após a lama ter tornado a água daquele rio imprópria
para o consumo.
E a água disponibilizada à população pelos carros-pipa não tem sido suficiente para atender à demanda de forma satisfatória.
A nossa sugestão (de alguém - nós- que NÃO co-
nhece a geografia da região), se julgada, por quem de direito, aprovei-tável pelo menos em parte, seria esta :
1 - Utilizar a água LIMPA da parte do rio que não foi atingida pela lama (exemplo : se a lama começou a atingir a água do rio uns 10 km após a sua nascente, seria antes desse local em que
a lama começou a poluir que as providências seriam adotadas);
2 - Mudar o curso do rio, com um novo traçado
(que poderia seguir em paralelo à margem do rio);
3 - Implantar hidrodutos (tubos bem grossos)
por onde passaria a água;
4 - Para as partes do trajeto em que houvesse
aclive (o que poderia dificultar a subida da água), seriam instaladas
bombas de alta pressão para puxá-la.
Esse serviço sugerido, obviamente, exigiria al- gum tempo e investimento (que poderia vir da própria mineradora,
já que os cofres públicos estão zerados) até começar a produzir os
resultados desejados, porém (queremos crer), o tempo necessário
para o início dos resultados seria infinitamente menor do que se a
solução que se imagina para o problema estiver restrita tão-somente
à recuperação natural e lenta da água enlameada.
Para essa hipótese (a recuperação natural do rio) até a lama ser diluída na totalidade e se tornar novamente potável,
há que se esperar um bom-bocado...