Srs. ambientalistas e/ou autoridades governamentais, por favor, expliquem isso...
Com vivo interesse, estranheza e apreensão, temos
acompanhado o desenrolar dessa "novela" envolvendo o terrível de-sastre ecológico ocorrido em Mariana - MG.
Até onde conseguimos interpretar, tudo leva a crer que, nas últimas horas, a única preocupação das autoridades / ambi-
entalistas gira em torno de se evitar que a enxurrada de lama chegue
até o oceano, preocupação essa (pelo menos nessa mesma monta) que não se observou no que tange à chegada dessa mesma lama aos rios que cortam a região, matando praticamente toda a (já combali-da) vida que neles ainda havia.
Por que tamanha preocupação com a defesa da
fauna marinha e total desapreço à vida dos rios ? A bem da verdade,
A VIDA DOS RIOS, para a população de depende da água doce desses
rios para todas as suas necessidades básicas (matar a sede sua e dos animais, fazer comida, higiene corporal, etc, etc, etc), a prioridade,
em termos de atenção e cuidados, deveria ter sido dispensada ao sal-
vamento dos rios.
Numa de nossas recentes publicações sobre este
mesmo tema, chegamos a levantar este questionamento : por que, antes de a lama chegar aos rios da região, não foram abertos várias
valas profundas, onde ficaria retida grande parte dela ? A parte da
lama que não pudesse ser retida ali já seria em menor quantidade e,
desta forma, seus danos seriam certamente bem menores aos rios.
Podemos estar equivocados nessa nossa avaliação, mas, até prova em contrário, achamos injusto e injustificável o tratamento DIFERENCIADO (para melhor) dispensado para evitar
danos ao mar, comparado com o tratamento que (NÃO) FOI NEM TEM SIDO DADO À DEFESA DOS RIOS QUE ESTÃO NO "OLHO DO FURACÃO",
ou seja : no caminho desse mar de lama.
Na nossa "santa" ignorância, entendemos que entre
ter que optar pelo salvamento da vida marinha e a dos rios, deve prevalecer a segunda opção, até porque, em caso de poluição do mar, há muito maior possibilidade de reversão do problema do que se for
a poluição dos rios. E isso se deve a um detalhe que nos parece "ele-
mentar" ("meu caro Watson !"): o volume de água e profundidade do
mar agilizaria a diluição dessa lama (e, por consequência, os danos
por ela provocados), o que seria muito mais difícilde ocorrer, no caso dos rios .
Ademais, a água do mar NENHUMA SERVENTIA
apresenta para a população, quando pensamos em suas necessidades
básicas já citadas (matar a sede própria e dos animais, higiene, fazer
comida, etc), se comparada com a água doce dos rios, IMPRESCINDÍ-
VEL À VIDA HUMANA.
Caso alguma autoridade governamental ou liga-
da ao meio ambiente, por uma dessas "coincidências" da vida, der de
cara com esta publicação, por favor, queira manifestar-se a respeito
dos questionamentos que nela levantamos.