BIODIVERSIDADE

No que concerne a relação entre a biodiversidade e o homem, existe uma linha tênue que forma e determina tais relações. Nesta, o primeiro papel a se relatar é da própria diversidade da vida, esplêndida, forte e dinâmica. É bem verdade que a diversidade e exuberância da natureza é real, visível e invisível. Estar no quark que forma o átomo e, consecutivamente, toda a matéria biota e abiota existente. As bactérias e os fungos são exemplos da diversidade invisível (ainda que suas colônias seja visíveis, bem como, alguns tipos de fungos), estes são de fundamental importância para os mais diversos processos. Segundo Alves (2012) há a estimativa de que haja 1.000.000 de espécies de fungos, dos quais apenas aproximadamente 70.000 são descritas; na mesma perspectiva da autora as espécies de bactérias são estimadas em 400.000 das quais apenas cerca 4.000 são descritas. Desta forma é possível identificar o quanto a biodiversidade, inclusive a micro diversidade é adimirável e grandiosa. Neste aspecto a “biodiversidade refere-se portanto a variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e entre espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de micro-organismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas.” (BARBIERI, 2010).

Nas qualidades visível e forte apresenta-se seres como as plantas com sua peculiar importância, e os vertebrados (e nestes se classifica também o homem) que passaram pelo que indica a ciência, por vários processos evolutivos para chegar a apresentar as atuais características. Contudo segundo SAUSEN: “Os recursos naturais e o meio ambiente da Terra estão em mudanças contínuas em resposta a evolução natural e as atividades humanas”. Este é o ponto onde a dinâmica mencionada no início do texto se faz palavra chave e atual, pois é a partir desta que a natureza continua se desenvolvendo sendo ao mesmo tempo moldada por atos nocivos ou não para a vida n’ela.

Sabendo-se que a evolução biológica produziu e produz, initerruptamente, novas espécies resultando na diversidade da vida na Terra, a dinâmica existente hoje entre a sociedade humana e a biodiversidade é algo novo, pois em nenhum outro momento da história do planeta uma espécie pode transformar e influenciar tanto de forma direta ou indireta todo o corpo da biosfera terrestre. Isto se torna mais evidente quando segundo Junqueira (1996 apud COELHO, 1996 p. 96) “Quando Pedro Alvares Cabral desembarcou em Porto Seguro, havia cerca de 1 milhão de km² de mata atlântica nas terras que seriam o Brasil. Quase quinhentos anos depois, há apenas 8% da floresta original”. Desta forma conclui-se que as relações estabelecidas entre a espécie humana e a natureza, esta linha tênue, pode com o passar do tempo (se já não esta sendo) ser quebrantada, resultando assim em uma catástrofe ainda maior que as já presenciadas.

REFERÊNCIAS:

ALVES, Andrezza Monteiro. Biogeografia. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE e Universidade Aberta do Brasil – UAB. Recife: IFPE – UAB, 2012. Págs. 27 – 37.

BARBIERI, Edison. Biodiversidade: A variedade de Vida no Planeta Terra. Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento do Litoral Sul, Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho, Instituto de Pesca, APTA (Agência Paulista e Tecnologia dos Agronegócios, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. São Paulo: p. 1 – 16, abril, 2010.

COELHO, Marcos de Amorim. Geografia do Brasil. 4ª ed. São Paulo: Moderna, 1996.

Ildebrand Gutemberg
Enviado por Ildebrand Gutemberg em 06/09/2014
Reeditado em 21/10/2014
Código do texto: T4952106
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