Dia Internacional do Meio Ambiente
Dia Internacional do Meio Ambiente
Luiz Eduardo Corrêa Lima
Hoje, 05 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente, pois é, o Meio Ambiente completa 42 anos. A Terra tem 4,5 bilhões de anos e só comemora o Meio Ambiente (todos os espaços físicos da Terra) apenas nos últimos 42 anos e ainda assim, a festa não é para todos, ela serva apenas para pouquíssimos convidados, que manipulam o pensamento coletivo da humanidade. Isso é mesmo muito engraçado, não é? Ou será muito triste?
Com 42 anos, se o Meio Ambiente hoje fosse um ser humano, ele seria um jovem senhor no auge de sua competência e na plenitude de seu trabalho profissional e intelectual, porém, infelizmente, o Meio Ambiente não é um ser humano e assim, apesar da tenra idade, sua situação continua indefinida e seus problemas estão cada vez maiores. Existe mesmo quem seja capaz de imaginar que, na atual situação, o suicídio talvez fosse a melhor solução para o Meio Ambiente planetário. Mas, vamos deixar essas conjecturas de lado e entender os fatos, independentemente de qualquer conotação pessoal que se queira atribuir ao Meio Ambiente.
Todo mundo já sabe que o Planeta, do ponto de vista ambiental, vai de mal a pior e que o ser humano, insistindo em fazer coisas erradas, é o único e grande culpado por esse fato. Assim, a pergunta que fica é a seguinte: Até quando, nós humanos, continuaremos degradando inconsequentemente o planeta, brincando com o Meio Ambiente e com a vida?
Nossa mancha populacional, já superior a 7,2 bilhões de seres humanos no planeta, não se satisfaz com a usurpação da Terra e quanto mais essa mancha cresce, maior a desgraça planetária e mais perto a extinção da humanidade. Embora haja muitos que não acreditem nessa possibilidade, certamente estamos caminhando para o fim, porque não há como impedir o processo de extinção se não mudarmos radicalmente a nossa prática cotidiana. Entretanto, o tempo passa rapidamente e nada se faz. Tudo continua como dantes no quartel de Abrantes.
Fome, pobreza e miséria humana; poluição e degradação ambiental; destruição de ecossistemas naturais e extinção de espécies são cenários costumeiros e já quase naturais de tão comuns em várias áreas do planeta. E as “autoridades nacionais” dos diferentes países o que dizem? E as populações humanas o que fazem? E os grupos sociais e a as diferentes congregações comunitárias o que sugerem? Quem se responsabiliza por tentar mudar a cara do mundo para que a vida humana possa ter continuidade?
É preciso ficar claro que não se trata de salvar o planeta, até porque o planeta vai continuar existindo, independentemente de nós e de qualquer coisa que fizermos. A questão aqui é salvar a espécie humana, que parece não estar muito afim de continuar existindo, pois caminha a passos largos e em uníssono em direção ao suicídio coletivo. Não sei quanto tempo ainda temos, mas sei que está faltando pouco.
Acorda humanidade e para de brincar que a coisa é muito séria. Todo dia estão chegando novos avisos, através da ocorrência de eventos extremos e de grandes catástrofes ambientais. O que mais será preciso para que descruzemos os braços e tomemos uma atitude em prol do planeta e da vida?
Luiz Eduardo Corrêa Lima (58), Biólogo, Professor, Pesquisador, Ambientalista e Escritor;
Vice-Presidente da Academia Caçapavense de Letras (ACL);
Ex-Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Caçapava.