ENTROPIA-A FORÇA DESTRUIDORA

A entropia é um termo pouco conhecido para pessoas comuns, mas deveria ser divulgado e compreendido pela população para que esta possa avaliar o rumo dos recursos que permitem a sobrevivência da humanidade. O mau uso dos recursos disponíveis quer pelo homem comum, quer pela irresponsabilidade governamental em todo mundo, tem levado ao caos a energia do Planeta.Há alguns anos atrás, quando lecionava ecologia na Universidade para os meus alunos de Ciências Agrárias, sempre estava às voltas com este termo denominado, Entropia. Mas, todas as minhas consultas literárias no Eugene Odum, Roger Dajoz e outros ecologistas respeitáveis, não me deram a resposta mais satisfatória. Lendo agora uma obra do escritor Deepak Chopra, é que entendi por inteiro seu sentido mais amplo. Um termo intenso que dá uma dimensão exata do rumo dos seres vivos e do próprio Planeta. Este termo,segundo nosso escritor acima, é definido como: a tendência universal para a ordem romper e transformar-se em desordem”

A ENTROPIA NO ORGANISMO HUMANO

Nós vivemos desde o nascimento, numa luta constante contra Entropia, ou seja, seguramos a vida a todo custo.Tomando como exemplo, uma criança recém nascida, verificamos que a primeira defesa do seu organismo contra os agentes entrópicos, é o uso do leite materno, que contém elementos de defesa para a os primeiros anos.Dai em diante estes agentes estão à espreita: como o sarampo, a poliomielite, as gripes em geral, as verminoses e todas intempéries e transformações ambientais que de uma maneira direta ou indireta, promove a aniquilação da energia orgânica que permite a vida. Na questão humana, falando em termos quânticos, nosso corpo nada mais é do que uma extensão do Universo partindo das células, moléculas, DNA, átomos. Considerando este lado, então nosso corpo está em estreita comunhão com ele, se considerarmos a interação mente e massa. Nosso corpo pode conter átomos de carbono de nossos antepassados que viveram há milhares de anos
 “Dr.Mario Bruno Sproviero-Prof. Titular da USP, estamos, então, num universo que se degrada energeticamente, e esta realidade deveria levar a um dispêndio mínimo das energias disponíveis, ainda mais no sistema de nossa pobre Terra, cujos materiais utilizáveis são muito limitados. Portanto, a produtividade não deveria ser medida pela maior quantidade de bens econômicos produzida num determinado período de tempo, mas sim pela maior quantidade produzida com o menor dispêndio energético possível. E, do mesmo modo, criar a ordem que deixe menos desordem (em outros âmbitos).

ENTROPIA NOS BIOMAS TERRESTRES.

Quando o Planeta Terra se formou há 4,6 bilhões de anos, através de fragmentos de uma galáxia, ele era apenas uma bola de granito maciça, que ao longo de um bilhão de anos foi se transformando. Os agentes entrópicos: chuvas torrenciais, vento, calor, pressão atmosférica, elementos químicos; aos poucos foram desgastando sua superfície e o que veio a seguir foi a formação do solo, vegetais, animais, em escala microscópica e posteriormente em tamanhos maiores. Estes, por sua vez, passaram a “lutar” contra os agentes entrópicos, ou seja, preservando a vida e mantendo o equilíbrio sem a interferência humana. Devido à esta ação, (90%) o Planeta está à mercê das desordens entrópicas jamais vista. Toda perda da proteção natural da superfície terrestre está chegando a uma situação irreversível. Um exemplo disto, são os 20% de destruição da floresta amazônica, algo em torno de 700.000 k², 15 vezes a área do Estado do E.Santo.Os recursos minerais energéticos como o petróleo, gás natural, carvão tem um tempo para acabar e quando chegar lá, a humanidade não terá energia alternativa suficiente para atender 9 bilhões de pessoas.

A DESERTIFICAÇÃO NO MUNDO (Wikipédia)

O risco de desertificação atinge 40% da superfície terrestre, considerando regiões urbanas e rurais nesse processo, segundo os climatologistas, envolvendo uma população de 2,6 bilhões de pessoas pelo menos, tendendo ao crescimento. Na África, estima-se que sejam 200 milhões de pessoas atingidas pelo processo somente na região subsaariana. A degradação nos vários países subsaarianos varia de 20% a 50% do território4 . Na Ásia e na América Latina, são mais de 357 milhões de hectares afetados. A cada ano, perde-se 2,7 bilhões de toneladas de solo. As adaptações a estas mudanças provocam mais pressões sobre o uso do solo, aumentando sua degradação pelo manejo inadequado. Em agosto de 2010, a ONU está lançando a Década da ONU sobre Desertos e de Combate à Desertificação, a fim de fortalecer o combate ao processo e conscientizar sobre a questão. Assim, a humanidade dispõe de poucos recursos para reverter tudo que já se perdeu pela sua ignorância e conhecimento de como funcionam uma mega maquina chamada Planeta Terra.