Pensamento verde, atitude madura
Nada contra ideologias, filosofias de vida, crenças, concepções ou seja lá qual for o termo empregado, mas há muita gente pregando falso moralismo, achando que está dando bons exemplos, quando na verdade suas atitudes mostram egoísmo, ainda que pense que está fazendo o bem para a sociedade, meio ambiente ou para o mundo.
Alimentação saudável, desenvolvimento sustentável são assuntos em alta que deixa muita gente preocupada com si mesma e com os outros. É óbvio que todos querem ter uma vida longa e a mídia nos enche de mensagens que chamam a atenção para a importância de ter hábitos saudáveis, bem como cuidar da fauna e da flora, a fim de preservamos o planeta e a própria existência humana.
Até entendo quem é vegetariano, quem não usa roupas/calçados que para serem produzidos ceifam a vida de pobres animaizinhos em extinção... Mas em contrapartida comem alimentos que chegam à mesa graça ao trabalho “suado” do “bóia-fria” e anda de carro à álcool em detrimento do pobre cortador de cana. São os mesmos que dizem não ao desperdício, mas jogam comida fora, lavam calçadas com jatos de água, que não abrem mão do ar condicionado, entre outros.
A sociedade capitalista prega o consumismo e é quase impossível usufruirmos dos benefícios que a tecnologia, ciência e natureza nos proporciona sem se eximir de “culpa” por consumir ou utilizar determinado produto/serviço.
É louvável quem “pensa verde” e se preocupa com o ecossistema e com a espécie humana, mas é maduro que sabe racionar suas atitudes e enxerga além de que os olhos podem ver. Por trás desse utopismo barato, podem estar intenções que nada valem sem grandes atitudes e que pouco contribuem para um futuro sem riscos e ameaças.