OS PASSOS DE SÃO FRANCISCO
Nota: Leiam até o fim para enteder a mensagem
Nota: Leiam até o fim para enteder a mensagem
Francisco era jovem e alegre, como de nossos tempos.Tinha namorada, frequentava festas.Era rico e filho de pais nobres.Um dia precisou ir a guerra,para defender o seu país. Regressando, ficou prostrado e desanimado pela insensatez humana. Não viu na riqueza, seu refugio.
Decidiu que aquele não era seu caminho. Tomou uma decisão inusitada, estar com os pobres e doentes que não tinham esperanças.Rompendo com o pai, distribuiu o produto de sua industria, aos desamparados.
Proclamou a paz em todos os níveis.Foi deserdado. Construiu uma pequena capela. Amou os irmãos, a natureza e dialogou com ela.
Teve nas mãos, as chagas de Cristo. Morreu dois anos depois em 1224.
Foi canonizado em 1226.
As coisas não acontecem por acaso.
O dia de Ação de Graças era sempre comemorado em São Paulo no Campo de Marte, por grandes personagens da TV brasileira e mais um público imenso. Os dois realizadores ou diretores do evento eram nada menos que Blota JR e Marcia de Windsor.
O certo é que no final da comemoração era feita a Oração de São Francisco (Oração pela paz). Eu achava tão bonita esta oração, que me brotava lágrimas. Era um evento incrível. Não sei por que acabou.
Mas, vamos avançar no tempo!...Fui para uma cidade de Minas Gerais fazer um curso na UFLA (Universidade Federal de Lavras). Gostava muito daquela cidade. Um determinado domingo, eu e minha família fomos ao cinema ver o que estava sendo exibido. Havia vários filmes e entre eles um nome me chamou atenção: “Irmão sol irmã Lua”. Vi que era uma historia sobre São Francisco. Assistimos ao filme, fiquei impressionado. Aquele rapaz, outrora “playboy” e rico, não se conformando com a miséria dos outros e vendo tanta riqueza em sua família, resolveu da um “chute” em tudo e sair nu e entregar-se de corpo e alma ao serviço de Jesus Cristo, ou seja, da caridade.
Bem, concluído o curso, voltei para mina cidade no Espirito Santo, onde fui professor da UFES por 17 anos. Durante este tempo, muitas coisas aconteceram, de maneira inconsciente. Tínhamos duas pequenas propriedades (uma delas era São Francisco) que produziam uma variedade de frutas, verduras, mandioca. Tivemos uma ideia de aproveitar aqueles alimentos como complementos de um sopão para 100 pessoas mais necessitadas. Como era muito conhecido na cidade, passei a pedir nos supermercados restos de verduras, alimentos descartados e assim começamos a tarefa. O local foi cedido pela Sociedade São Vicente de Paula, onde deveria proceder o sopão. Assim, durante uns 3 anos, conseguimos (eu, minha esposa e uma senhora italiana que gostava de cozinhar), levar avante nosso projeto.
Nesta mesma época, tivemos oportunidade de construir uma casa para uma família de 8 filhos. Tudo, a custa das pessoas que doavam o necessário para a construção.
Passei a procurar alguma coisa sobre São Francisco e fui encontrá-los nos trabalhos do Teólogo Leonardo Boff, especialmente quando ele disseca cada texto da “Oração de São Francisco.” Na minha opinião, as orações de grande expressão: o Pai Nosso, O Sermão da Montanha e a Oração pela Paz.
Logo que me aposentei da Universidade, fiquei sem saber o que fazer. Mas aí, comecei a escrever alguma coisa. Já tinha lido alguma coisa sobre escrever livros. A autora dizia que para escrever, precisava-se ousar. Foi o que fiz, ousei. Escrevi muita coisa, publiquei algumas em jornais de pequena tiragem. O resto, não tive coragem.
Mas um dia, não sei porque, comecei a escrever sobre São Francisco. O Titulo original era “Cada elo da cadeia foi um passo para a perfeição”. Quando li e reli o texto, achei que não era eu o autor. Foram quatro páginas. Guardei o texto por cinco anos. Em 2003 fui convidado para o cargo de Secretario do Meio Ambiente de Guarapari. Numa cerimônia de inauguração do Projeto Salva Mar da SAMARCO MINERAÇÃO, num evento ambiental, foi me dado um espaço para dizer algumas palavras. Em principio, meu sangue gelou: e aí seu Secretário!...Mas eu tinha uma carta na manga, por coincidência ou não, tinha o texto de São Francisco. Com muita “calma”, saudei os presentes e retirei do bolso e li o texto: para minha surpresa, fui aplaudido de pé.
Após a cerimônias, durante o coquetel, fui convidado pelo Secretario Estadual do Meio Ambiente e pela representante da SAMARCO, para autorizar a publicação do texto em forma de cartilha ilustrativa. Assim, é que a SAMARCO confeccionou 25 mil cartilhas e as distribuiu-as para os municípios, onde foi organizado um grupo teatral discorrendo sobre o tema,Educação Ambiental. Este trabalho foi publicado no RECANTO com o titulo “Irmão Sol Irmã Lua”
É importante se conscientizar de que todos os elementos que compõem os ecossistemas são importantes para o equilíbrio do planeta. Desde a erva na margem do riacho até o pinheiro da montanha, desde a minhoca que sulca a terra até o gavião que corta o espaço.
Já escrevi muitos trabalhos sobre o meio ambiente, mas este me tocou fundo. Continuo sendo defensor da Natureza, pois fazemos parte dela. A vida é impossível sem os elementos que a natureza nos dá, de graça.
“Siga os passos de São Francisco porque no final só haverá paz e harmonia no planeta”
***
São Francisco era amante da natureza. Após deixar a casa de seus pais e dedicar-se inteiramente aos pobres, desamparados e doentes, em suas horas de peregrinação, aproveitava para admirar a natureza e dialogar com ela. Assim é, que um dia resolveu bater um papo com os seres ali existentes: encontrou de inicio uma minhoca.
- Bom dia Dona Minhoca, o que faz aí dentro desta terra?
- Eu, respondeu Dona Minhoca, estou arejando e fertilizando esta terra, para que ela seja mais produtiva.
- Você faz parte do elo do ecossistema – disse São Francisco.
Continuando a caminhada, mais adiante, encontrou um sapo.
- Mas o que faz o sapo a pular aqui e ali com esta boca tão grande?
- Bem, São Francisco, eu me alimento de gafanhotos e outros insetos, porque, se eles aumentam muito, vão destruir a lavoura dos agricultores – disse o sapo.
- Você também é parte do ecossistema – disse Chico.
Mais adiante, percorrendo a trilha da floresta, deu com uma colméia no buraco de uma árvore.
- Mas que beleza, minhas amigas abelhinhas, estão fabricando mel?
- Não só o mel, mas também polinizamos as flores, para que haja frutos e grãos para alimentar a humanidade. – Vocês são importantes na natureza, disse o Santo.
Penetrando mais pela floresta, Francisco foi encontrar uma mina de água cristalina. Matou a sede, banhou o rosto e perguntou:
- O que faz Dona Mina com este filetinho de água, perdida nessa imensa floresta?
- Bem, sou pequena, mas com as outras minhas irmãs juntas, formamos um riacho, juntando com os outros riachos formamos um rio que é útil para a vida na terra; para os animais, vegetais e os seres humanos.
- Você é importante na cadeia ecológica– disse Francisco.
Olhando para o céu, Francisco viu um Falcão, com suas garras preparando para apoderar-se de uma presa.
- Seu Falcão, desça até aqui, vamos conversar um pouco? – Parece que está prestes a matar alguma coisa?
- Francisco, disse o Falcão, quando estou com fome, costumo pegar uns ratos que transmitem doenças aos homens, portanto, estou fazendo a minha parte.
São Francisco já estava exausto, parou para descansar um pouco beira de um riacho. Aproveitou para conversar com as plantas da beira.
- Trapoirabinha, você e suas companheiras ervazinhas, que têm feito de bom para a Mãe Natureza?
- Nós alimentamos os peixes com nossas folhas, servimos de abrigo para a desova e não deixamos que Dona Água corra muito depressa.
- Parabéns, vocês fazem parte do elo da cadeia falou Chico.
Depois de horas pela floresta, São Francisco, resolveu dormir à sombra de um grande Ipê. Quando acordou, ficou admirado com a majestade daquela árvore, onde o sol filtrava seus raios por entre os galhos de sua copa.
- Seu Ipê, o Sr. tão quietinho aí, qual a sua contribuição para os seres viventes da terra?
- Francisco, falou o Ipê – agora mesmo você está descansando sob minha sombra, respirando oxigênio que elimino de minhas folhas, eu e minhas companheiras, juntas, ajudamos no controle das chuvas, dos ventos e da temperatura e não deixamos a água acabar. Como vê, eu sirvo para muitas outras coisas.
Francisco levantou, parabenizou e abençoou o Ipê pelo seu desempenho. Daí a instantes, o tempo mudou, armou-se uma chuva que caiu torrencialmente. Os pingos cristalinos batiam nas folhas, que resvalavam para o chão, infiltravam pelas raízes, umedeciam o solo, davam vida às plantas e aumentavam os fluxos d’água nos riachos. Enquanto isso, a Minhoca continuava sua tarefa, o Sapo a pegar insetos, o Falcão a cortar o espaço em busca de mais uma presa, as Ervazinhas a proteger o riacho e os peixes, o Ipê lá no topo da floresta, a portar-se como um guardião inglês em defesa do castelo.
E assim, a harmonia continuou a reinar no ecossistema porque CADA ELO DA CADEIA FOI UM PASSO PARA A PERFEIÇÃO.
São Francisco, o santo da Ecologia, olhou mais uma vez para a floresta, abençoou-a e disse inspirado no mestre: bem aventurados sejam todas as minas, todos os riachos, todos os rios, todas as minhocas, todas as abelhas, todos os sapos, todos os falcões, todos os ipês, as ervas daninhas, a chuva que cai no solo e o ar que respiramos, porque deles depende a humanidade para merecer o reino dos céus.
Assim, além da dedicação aos pobres e humildes, São Francisco resolveu ir mais longe: ensinar a humanidade a cuidar melhor da natureza, pois, a ação do homem está levando o planeta à destruição.
Começou a percorrer os caminhos por onde os humanos estão contribuindo para a alteração do meio ambiente e dar suas orientações.
Primeira parada: a indústria que produz resíduos; (são os dejetos das atividades das fábricas e industrias que são lançados em locais não apropriados como rios ,lagos, térreos baldios e o mar.
Segunda parada-:- desenvolvimento sustentável- mostrando o equilíbrio entre progresso e tecnologia com um meio ambiente saudável.
Terceira parada:o lixão- os resíduos não reciclados amontoados a céu aberto que poluem o solo, ar e água. Provocam desequilíbrio ambiental, atraindo insetos, ratos e propagando doenças.
Quarta parada: -coleta e tratamento de resíduos:- a coleta organizada, encaminha os resíduos adequados para uma reciclagem,, como papel, plástico e vidros. Os demais como o lixo hospitalar, devem ser devidamente incinerados e destruídos.
Quinta parada:- Tratamento de esgoto- o ideal é que sejam recolhidos os dejetos do esgoto e encaminhados até a estação de tratamento contendo diversos tanques. Após o tratamento, devolver a água ao meio ambiente. O lodo deve ser usado como adubo orgânico após tratamento.
Sexta parada: poluição costeira: -o derramamento de petróleo no mar, o mais grave desastre ecológico; causa enorme desequilíbrio, levando a morte de peixes, aves que deles se alimentam. Destrói o ecossistema marinho. Os lixos e esgotos também contribuem para isto.
Sétima parada:-aterro e destruição de mangues e brejos: -aterros clandestinos brejos e manguezais com resíduos da construção civil onde aves, peixes e crustáceos se reproduzem. Os brejos são importantes fontes de armazenamento de água.
:- Resíduos domésticos – resíduos sólidos não encaminhados para reciclagem, jogados de qualquer maneira no meio ambiente os quais podem levar centenas de anos para se decompor.
Nona parada: -Destino final dos resíduos- a correta destinação dos resíduos é o aterro sanitário ou outras formas mais modernas que já estão sendo usadas em outros países como a usinagem dos resíduos orgânicos ou biodigestores e reciclagem dos sólidos
.
Décima parada:- Esgoto domésticos- dejetos humanos, produtos de limpeza e demais substancias jogadas no meio ambiente sem tratamento.O correto é lançar os esgotos domésticos em fossas sépticas, estações de tratamento, que tratam o esgoto antes de serem lançados nos corpos hídricos.
Décima primeira:- Desmatamento da mata ciliar- a supressão da vegetação que protege os recursos hídricos causa deslizamento, erosão, consequentemente enchentes na época de chuvas.
Décima quarta:-drenagem de várzeas: - a ação irracional da utilização destas fontes, contribui para diminuição da quantidade de água disponível que abastece os rios.
Décima quinta:-biodiversidade:- refere-se a variedade de vida no planeta e totalidade dos recursos vivos ou biológicos
.
Décima sexta:-Agrotóxicos:- os pesticidas e defensivos agrícolas que aplicadas indiscriminadamente nas culturas e plantações, contaminam alimentos e os seres vivos.
Fim da caminhada. Como se pode ver, ela não é fácil. Para percorrê-la é necessário educação ambiental, para que as pessoas entendam que o planeta está sufocado pelas ações que a humanidade vem praticando de maneira negativa ao longo de muitos anos e com isso promovendo o desequilíbrio nos ecossistemas mundiais.
Você conhece ou já participou dos “Caminhos de Santiago de Compostela na Espanha” “Os passos de Anchieta” no Espirito Santo, agora, participe destes Passos de São Francisco.
“O Caminho de São Francisco está localizado na Itália. É um percurso de peregrinação que passa por diversas cidades, eremitérios e locais que foram significativos na vida de São Francisco. O caminho tem um percurso de 350 km e está todo sinalizado com a letra “tau” e setas amarelas. Albergues, conventos, mosteiros e pousadas oferecem hospedagem ao peregrino.
> Na primeira etapa o caminho liga o Santuário de La Verna à cidade de Assis e na segunda etapa liga Assis ao Santuário de Poggio Bustone.” Fonte (Google)
Decidiu que aquele não era seu caminho. Tomou uma decisão inusitada, estar com os pobres e doentes que não tinham esperanças.Rompendo com o pai, distribuiu o produto de sua industria, aos desamparados.
Proclamou a paz em todos os níveis.Foi deserdado. Construiu uma pequena capela. Amou os irmãos, a natureza e dialogou com ela.
Teve nas mãos, as chagas de Cristo. Morreu dois anos depois em 1224.
Foi canonizado em 1226.
As coisas não acontecem por acaso.
O dia de Ação de Graças era sempre comemorado em São Paulo no Campo de Marte, por grandes personagens da TV brasileira e mais um público imenso. Os dois realizadores ou diretores do evento eram nada menos que Blota JR e Marcia de Windsor.
O certo é que no final da comemoração era feita a Oração de São Francisco (Oração pela paz). Eu achava tão bonita esta oração, que me brotava lágrimas. Era um evento incrível. Não sei por que acabou.
Mas, vamos avançar no tempo!...Fui para uma cidade de Minas Gerais fazer um curso na UFLA (Universidade Federal de Lavras). Gostava muito daquela cidade. Um determinado domingo, eu e minha família fomos ao cinema ver o que estava sendo exibido. Havia vários filmes e entre eles um nome me chamou atenção: “Irmão sol irmã Lua”. Vi que era uma historia sobre São Francisco. Assistimos ao filme, fiquei impressionado. Aquele rapaz, outrora “playboy” e rico, não se conformando com a miséria dos outros e vendo tanta riqueza em sua família, resolveu da um “chute” em tudo e sair nu e entregar-se de corpo e alma ao serviço de Jesus Cristo, ou seja, da caridade.
Bem, concluído o curso, voltei para mina cidade no Espirito Santo, onde fui professor da UFES por 17 anos. Durante este tempo, muitas coisas aconteceram, de maneira inconsciente. Tínhamos duas pequenas propriedades (uma delas era São Francisco) que produziam uma variedade de frutas, verduras, mandioca. Tivemos uma ideia de aproveitar aqueles alimentos como complementos de um sopão para 100 pessoas mais necessitadas. Como era muito conhecido na cidade, passei a pedir nos supermercados restos de verduras, alimentos descartados e assim começamos a tarefa. O local foi cedido pela Sociedade São Vicente de Paula, onde deveria proceder o sopão. Assim, durante uns 3 anos, conseguimos (eu, minha esposa e uma senhora italiana que gostava de cozinhar), levar avante nosso projeto.
Nesta mesma época, tivemos oportunidade de construir uma casa para uma família de 8 filhos. Tudo, a custa das pessoas que doavam o necessário para a construção.
Passei a procurar alguma coisa sobre São Francisco e fui encontrá-los nos trabalhos do Teólogo Leonardo Boff, especialmente quando ele disseca cada texto da “Oração de São Francisco.” Na minha opinião, as orações de grande expressão: o Pai Nosso, O Sermão da Montanha e a Oração pela Paz.
Logo que me aposentei da Universidade, fiquei sem saber o que fazer. Mas aí, comecei a escrever alguma coisa. Já tinha lido alguma coisa sobre escrever livros. A autora dizia que para escrever, precisava-se ousar. Foi o que fiz, ousei. Escrevi muita coisa, publiquei algumas em jornais de pequena tiragem. O resto, não tive coragem.
Mas um dia, não sei porque, comecei a escrever sobre São Francisco. O Titulo original era “Cada elo da cadeia foi um passo para a perfeição”. Quando li e reli o texto, achei que não era eu o autor. Foram quatro páginas. Guardei o texto por cinco anos. Em 2003 fui convidado para o cargo de Secretario do Meio Ambiente de Guarapari. Numa cerimônia de inauguração do Projeto Salva Mar da SAMARCO MINERAÇÃO, num evento ambiental, foi me dado um espaço para dizer algumas palavras. Em principio, meu sangue gelou: e aí seu Secretário!...Mas eu tinha uma carta na manga, por coincidência ou não, tinha o texto de São Francisco. Com muita “calma”, saudei os presentes e retirei do bolso e li o texto: para minha surpresa, fui aplaudido de pé.
Após a cerimônias, durante o coquetel, fui convidado pelo Secretario Estadual do Meio Ambiente e pela representante da SAMARCO, para autorizar a publicação do texto em forma de cartilha ilustrativa. Assim, é que a SAMARCO confeccionou 25 mil cartilhas e as distribuiu-as para os municípios, onde foi organizado um grupo teatral discorrendo sobre o tema,Educação Ambiental. Este trabalho foi publicado no RECANTO com o titulo “Irmão Sol Irmã Lua”
É importante se conscientizar de que todos os elementos que compõem os ecossistemas são importantes para o equilíbrio do planeta. Desde a erva na margem do riacho até o pinheiro da montanha, desde a minhoca que sulca a terra até o gavião que corta o espaço.
Já escrevi muitos trabalhos sobre o meio ambiente, mas este me tocou fundo. Continuo sendo defensor da Natureza, pois fazemos parte dela. A vida é impossível sem os elementos que a natureza nos dá, de graça.
“Siga os passos de São Francisco porque no final só haverá paz e harmonia no planeta”
***
São Francisco era amante da natureza. Após deixar a casa de seus pais e dedicar-se inteiramente aos pobres, desamparados e doentes, em suas horas de peregrinação, aproveitava para admirar a natureza e dialogar com ela. Assim é, que um dia resolveu bater um papo com os seres ali existentes: encontrou de inicio uma minhoca.
- Bom dia Dona Minhoca, o que faz aí dentro desta terra?
- Eu, respondeu Dona Minhoca, estou arejando e fertilizando esta terra, para que ela seja mais produtiva.
- Você faz parte do elo do ecossistema – disse São Francisco.
Continuando a caminhada, mais adiante, encontrou um sapo.
- Mas o que faz o sapo a pular aqui e ali com esta boca tão grande?
- Bem, São Francisco, eu me alimento de gafanhotos e outros insetos, porque, se eles aumentam muito, vão destruir a lavoura dos agricultores – disse o sapo.
- Você também é parte do ecossistema – disse Chico.
Mais adiante, percorrendo a trilha da floresta, deu com uma colméia no buraco de uma árvore.
- Mas que beleza, minhas amigas abelhinhas, estão fabricando mel?
- Não só o mel, mas também polinizamos as flores, para que haja frutos e grãos para alimentar a humanidade. – Vocês são importantes na natureza, disse o Santo.
Penetrando mais pela floresta, Francisco foi encontrar uma mina de água cristalina. Matou a sede, banhou o rosto e perguntou:
- O que faz Dona Mina com este filetinho de água, perdida nessa imensa floresta?
- Bem, sou pequena, mas com as outras minhas irmãs juntas, formamos um riacho, juntando com os outros riachos formamos um rio que é útil para a vida na terra; para os animais, vegetais e os seres humanos.
- Você é importante na cadeia ecológica– disse Francisco.
Olhando para o céu, Francisco viu um Falcão, com suas garras preparando para apoderar-se de uma presa.
- Seu Falcão, desça até aqui, vamos conversar um pouco? – Parece que está prestes a matar alguma coisa?
- Francisco, disse o Falcão, quando estou com fome, costumo pegar uns ratos que transmitem doenças aos homens, portanto, estou fazendo a minha parte.
São Francisco já estava exausto, parou para descansar um pouco beira de um riacho. Aproveitou para conversar com as plantas da beira.
- Trapoirabinha, você e suas companheiras ervazinhas, que têm feito de bom para a Mãe Natureza?
- Nós alimentamos os peixes com nossas folhas, servimos de abrigo para a desova e não deixamos que Dona Água corra muito depressa.
- Parabéns, vocês fazem parte do elo da cadeia falou Chico.
Depois de horas pela floresta, São Francisco, resolveu dormir à sombra de um grande Ipê. Quando acordou, ficou admirado com a majestade daquela árvore, onde o sol filtrava seus raios por entre os galhos de sua copa.
- Seu Ipê, o Sr. tão quietinho aí, qual a sua contribuição para os seres viventes da terra?
- Francisco, falou o Ipê – agora mesmo você está descansando sob minha sombra, respirando oxigênio que elimino de minhas folhas, eu e minhas companheiras, juntas, ajudamos no controle das chuvas, dos ventos e da temperatura e não deixamos a água acabar. Como vê, eu sirvo para muitas outras coisas.
Francisco levantou, parabenizou e abençoou o Ipê pelo seu desempenho. Daí a instantes, o tempo mudou, armou-se uma chuva que caiu torrencialmente. Os pingos cristalinos batiam nas folhas, que resvalavam para o chão, infiltravam pelas raízes, umedeciam o solo, davam vida às plantas e aumentavam os fluxos d’água nos riachos. Enquanto isso, a Minhoca continuava sua tarefa, o Sapo a pegar insetos, o Falcão a cortar o espaço em busca de mais uma presa, as Ervazinhas a proteger o riacho e os peixes, o Ipê lá no topo da floresta, a portar-se como um guardião inglês em defesa do castelo.
E assim, a harmonia continuou a reinar no ecossistema porque CADA ELO DA CADEIA FOI UM PASSO PARA A PERFEIÇÃO.
São Francisco, o santo da Ecologia, olhou mais uma vez para a floresta, abençoou-a e disse inspirado no mestre: bem aventurados sejam todas as minas, todos os riachos, todos os rios, todas as minhocas, todas as abelhas, todos os sapos, todos os falcões, todos os ipês, as ervas daninhas, a chuva que cai no solo e o ar que respiramos, porque deles depende a humanidade para merecer o reino dos céus.
Assim, além da dedicação aos pobres e humildes, São Francisco resolveu ir mais longe: ensinar a humanidade a cuidar melhor da natureza, pois, a ação do homem está levando o planeta à destruição.
Começou a percorrer os caminhos por onde os humanos estão contribuindo para a alteração do meio ambiente e dar suas orientações.
Primeira parada: a indústria que produz resíduos; (são os dejetos das atividades das fábricas e industrias que são lançados em locais não apropriados como rios ,lagos, térreos baldios e o mar.
Segunda parada-:- desenvolvimento sustentável- mostrando o equilíbrio entre progresso e tecnologia com um meio ambiente saudável.
Terceira parada:o lixão- os resíduos não reciclados amontoados a céu aberto que poluem o solo, ar e água. Provocam desequilíbrio ambiental, atraindo insetos, ratos e propagando doenças.
Quarta parada: -coleta e tratamento de resíduos:- a coleta organizada, encaminha os resíduos adequados para uma reciclagem,, como papel, plástico e vidros. Os demais como o lixo hospitalar, devem ser devidamente incinerados e destruídos.
Quinta parada:- Tratamento de esgoto- o ideal é que sejam recolhidos os dejetos do esgoto e encaminhados até a estação de tratamento contendo diversos tanques. Após o tratamento, devolver a água ao meio ambiente. O lodo deve ser usado como adubo orgânico após tratamento.
Sexta parada: poluição costeira: -o derramamento de petróleo no mar, o mais grave desastre ecológico; causa enorme desequilíbrio, levando a morte de peixes, aves que deles se alimentam. Destrói o ecossistema marinho. Os lixos e esgotos também contribuem para isto.
Sétima parada:-aterro e destruição de mangues e brejos: -aterros clandestinos brejos e manguezais com resíduos da construção civil onde aves, peixes e crustáceos se reproduzem. Os brejos são importantes fontes de armazenamento de água.
:- Resíduos domésticos – resíduos sólidos não encaminhados para reciclagem, jogados de qualquer maneira no meio ambiente os quais podem levar centenas de anos para se decompor.
Nona parada: -Destino final dos resíduos- a correta destinação dos resíduos é o aterro sanitário ou outras formas mais modernas que já estão sendo usadas em outros países como a usinagem dos resíduos orgânicos ou biodigestores e reciclagem dos sólidos
.
Décima parada:- Esgoto domésticos- dejetos humanos, produtos de limpeza e demais substancias jogadas no meio ambiente sem tratamento.O correto é lançar os esgotos domésticos em fossas sépticas, estações de tratamento, que tratam o esgoto antes de serem lançados nos corpos hídricos.
Décima primeira:- Desmatamento da mata ciliar- a supressão da vegetação que protege os recursos hídricos causa deslizamento, erosão, consequentemente enchentes na época de chuvas.
Décima quarta:-drenagem de várzeas: - a ação irracional da utilização destas fontes, contribui para diminuição da quantidade de água disponível que abastece os rios.
Décima quinta:-biodiversidade:- refere-se a variedade de vida no planeta e totalidade dos recursos vivos ou biológicos
.
Décima sexta:-Agrotóxicos:- os pesticidas e defensivos agrícolas que aplicadas indiscriminadamente nas culturas e plantações, contaminam alimentos e os seres vivos.
Fim da caminhada. Como se pode ver, ela não é fácil. Para percorrê-la é necessário educação ambiental, para que as pessoas entendam que o planeta está sufocado pelas ações que a humanidade vem praticando de maneira negativa ao longo de muitos anos e com isso promovendo o desequilíbrio nos ecossistemas mundiais.
Você conhece ou já participou dos “Caminhos de Santiago de Compostela na Espanha” “Os passos de Anchieta” no Espirito Santo, agora, participe destes Passos de São Francisco.
“O Caminho de São Francisco está localizado na Itália. É um percurso de peregrinação que passa por diversas cidades, eremitérios e locais que foram significativos na vida de São Francisco. O caminho tem um percurso de 350 km e está todo sinalizado com a letra “tau” e setas amarelas. Albergues, conventos, mosteiros e pousadas oferecem hospedagem ao peregrino.
> Na primeira etapa o caminho liga o Santuário de La Verna à cidade de Assis e na segunda etapa liga Assis ao Santuário de Poggio Bustone.” Fonte (Google)