Impactos das Mudanças Climáticas na Biodiversidade

A Terra é feita de mudanças constantes. Mudanças climáticas, biológicas, geológicas, tecnológicas e muitas outras acompanham o desenvolvimento da história dos seres vivos. Entretanto, por causa da interferência do homem, essas mudanças estão se acelerando cada vez mais, a um ritmo que o meio ambiente não pode acompanhar.

Muitas das atividades humanas resultam em alterações do meio em que vive: do solo, da água, do ar, da flora, da fauna. No que diz respeito à mudanças climáticas, os assuntos principais a eles relacionados, nesse momento, são o efeito estufa e o aquecimento global.

O aquecimento da Terra – causado pela emissão de gases de efeito estufa e de gases destruidores da camada de ozônio – acarreta problemas diversos para a biodiversidade. A diversidade biológica é o balanceamento entre extinções e produção de novas espécies. Acontece que os animais e plantas demoram a se adaptar a mudanças climáticas e, quando são mudanças muito rápidas, em relação ao tempo geológico, podem não conseguir se adaptar a tempo de garantir sua sobrevivência, quebrando esse balanceamento. A situação é ainda mais grave no que diz respeito aos animais de distribuição geográfica limitada, habitats específicos ou populações reduzidas. Eles são colocados em risco de extinção, principalmente espécies com baixa capacidade de reprodução.

Os animais que vivem nos polos, por exemplo, são alguns dos que mais sofrem com o aquecimento do planeta, pois ele causa o derretimento das geleiras, destruindo a integridade harmoniosa de seu habitat. Esses animais, também, não foram feitos para suportar o calor que está se acumulando, e não se adaptam facilmente a ele.

A Europa, principalmente a região Sul, é a área mais afetada pelas alterações climáticas, onde está ocorrendo o que pode ser chamado de “perda generalizada da diversidade biológica”. Em Portugal, por exemplo, as grandes secas, combinadas com altas temperaturas, estão provocando incêndios nas florestas, matando animais e plantas.

A região do Mediterrâneo apresenta uma biodiversidade muito vulnerável, pois está exposta a alterações climáticas acentuadas a possui grande quantidade de espécies evolutivas independentes.

A Amazônia representa 10% da produtividade e da absorção de carbono primário do ecossistema. Segundo estudos baseados em simulações de mudanças climáticas que provavelmente ocorrerão futuramente, as emissões da floresta podem se tornar insustentáveis com a diminuição severa das chuvas e consequente aumento da temperatura, levando a uma perda quase total da cobertura vegetal da bacia.

Conforme consta na história da vida na Terra, o planeta sofreu processos de extinção em massa em cinco episódios geológicos catastróficos. Alguns estudiosos defendem a tese de que, atualmente, presenciamos a sexta extinção em massa da história da Terra. Outros defendem que essa tese é um exagero, porque, em consequência da definição de extinção em massa, o processo de degradação da vida na Terra está acontecendo em tempo geológico relativamente longo.

Mas ninguém - seja cientista, seja leigo - pode ocultar o fato de que o homem é o único construtor que precisa destruir. E que bons destruidores somos!

Gabi Correia
Enviado por Gabi Correia em 08/11/2012
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