Rio + 20 no decorrer da História-O desabafo
A beira da Rio + 20, local onde se pretende discutir as possibilidades de um mundo sustentável, reunião onde lideranças de vários países darão opiniões e sugestões de uma sonhada sustentabilidade.O foco do assunto é o combustível verde, o equilíbrio ecológico, muito se fala pouco se entende.
Neste contexto é melhor fazermos uma retrospectiva social e cultural. Há muito tempo, o homem descobriu que dominava a agricultura, os animais através da pecuária, poderia aumentar a produção de alimentos, construir casas, cercas, produzir carvão, criar para abater quando precisasse caçar e colher, um fator que camuflava esse inicio de degradação da natureza era o discurso de que somente se lançava mão do que se precisava para sobrevivência.
(Tudo certo: mas, onde esta escrito que a natureza existe para que o homem( somente ele) lance mão de seus recursos? A idéia que se construiu no decorrer da história é que somente o homem animal racional pode tudo, são seres vivos, os demais seres vivos, não sentem dor, não nasceram para viver, estão aqui apenas para satisfazer as necessidades do bicho homem.
E agora? Até onde e quando, nós professores, contribuímos para disseminação dessa ideia degradante? Quantas vezes, erradamente, usamos o exemplo dos índios, que usavam os recursos sem afetar o meio ambiente. Quem falou que a fogueira do índio não destruía arvores como a dos brancos? Que os animais abatidos por eles não faziam falta?
A realidade é que nós não conhecemos como era antes dos índios, e nessa de herdar hábitos, nos restaram as heranças dos maus hábitos,(escolhemos).
Como podemos falar de sociedade sustentável, equilibrada quando ensinamos a nossos pequeninos (bem pequeninos) a utilidade dos animais para o homem? Ou a nocividade de animais para o homem?
Logo, contribuímos, mesmo sem querer com a ideologia de que útil é aquele ou aquilo que serve ao homem, nocivo (merece ser combatido) todo animal que não serve.
Desta forma, contribuímos com a degradação dos recursos naturais e seres vivos desde que seja para nosso benefício.
O assunto de sustentabilidade esta em pauta em todas as rodas, inclusive nos grandes churrascos de final de semana, onde se queimam animais e árvores, úteis.
Não pretendo ser radical, mas pretendo levá-lo a reflexão sobre o que podemos fazer para realmente ter um mundo respeitável.
A escolha existe, porém todos precisam conhecer as opções e escolher o tipo de vida que querem e podem levar para beneficio mutuo.
Precisamos ter cuidado e reelaborarmos nossos discursos ou ainda seremos surpreendidos por um aluno mais observador.
Acredito que o caminho seria bem menor se o homem reconhecesse a interferência antropica nociva à natureza.
Estou repensando minhas ações e meus discursos pedagógicos e tenho certeza de que esse texto ficará em sua memória, por isso parei para escrevê-lo.