Sacolas plásticas e garrafas PET
Com o término do fornecimento gratuito de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais paulistas, algo positivo, surge a ponderação sobre o uso do plástico (originado do petróleo) pelo consumo involuntário de garrafas PET, nas quais estão contidos os produtos que de fato interessam aos seus consumidores específicos. Tão ou mais danosas que as referidas sacolas, essas garrafas abrigam produtos que, em sua maioria, são prejudiciais à saúde, afinal, refrigerantes produzem malefícios ao organismo e suas embalagens tão típicas completam os danos, mas em relação à "saúde" do meio ambiente. Posto isso, caberia uma taxação, à parte, dos produtos que utilizam tal embalagem (garrafa PET)? Ou caberia mais ainda uma expressiva e intensa campanha de reciclagem com caráter pedagógico?
Pilhas, baterias e celulares precisam ser encaminhados pelos consumidores para serem recolhidos por órgãos específicos, ou pelos respectivos fabricantes e encaminhados ao correto descarte; por que não proceder de forma equivalente em relação a determinadas embalagens plásticas, especialmente as garrafas PET?
Se os consumidores podem se adaptar às mudanças, os fabricantes também.
Ou convém interromper o uso do nocivo plástico atualmente empregado em garrafas PET, por outros materiais menos danosos (por exemplo, plástico de origem vegetal)? E em relação aos outros produtos que também são vendidos em embalagens plásticas, as quais são adquiridas de forma casada? Afinal, há a compra implícita e involuntária da embalagem plástica juntamente do seu conteúdo...
O plástico descartado é um "X" da questão, além disso, considere-se o imenso volume que é depositado no meio ambiente em relação ao pouco que é reciclado, assim como a lógica consumista e os grandes interesses envolvidos (por exemplo, os da Petrobras).
Que o consumidor não seja um "detalhe", ou vetor de ilusória mobilização dos supermercados etc. em prol de uma sustentabilidade, que ainda demanda resultados práticos mais significativos e eficazes.