Um pequeno impasse de grandes impactos
É impossível não notar as evoluções tecnológicas ultimamente. O problema é que, quanto mais crescemos, mais nos esquecemos dos impactos que esse crescimento pode causar na natureza.
A começar, tratemos de uma coisa pequena, na maioria das vezes até sem maior notabilidade, mas de grande importância para o meio ambiente: a comparação entre o uso de fraldas descartáveis e de fraldas de pano. Como todas as outras coisas, é bem difícil analisar qual é a melhor forma de se desfazer desse lixo.
O principal problema das fraldas descartáveis é o plástico. Primeiro porque ele é feito a partir do petróleo, um bem finito e já escasso. Depois, é um material que demora a se decompor, é nocivo ao solo.
Já quanto às fraldas de pano, existem dois grandes problemas: a grande utilização da água, um bem ainda mais escasso do que o petróleo, e a utilização de agrotóxicos no cultivo de algodão, que poluem o solo podendo vazar e atingir os lençóis freáticos.
Sendo assim, qual é a melhor solução? Como livrar-se desse material sem agredir o meio ambiente ou, pelo menos, agredindo menos?
Do meu ponto de vista, analisando tanto o aspecto prático quanto o ambiental, o uso menos prejudicial à natureza é o da fralda descartável. Eu sei que você deve estar se perguntando o que me leva a pensar assim, de forma que sabemos que pano agride o solo muito menos do que o plástico. Mas na verdade, o meio em que vivemos não depende somente do solo, e é exatamente isso que me leva a tais conclusões.
Acontece que para fazer fraldas de pano, e, claro, para reutilizá-las depois, gasta-se muita água. E, como bem sabemos, água não é reciclável.
Mas o plástico é. E a matéria prima de sua composição, ou seja, o petróleo, é substituível, como, por exemplo, no caso do combustível, por etanol. Obviamente, quanto disse que o plástico é reciclável, não quis dizer o plástico das fraldas descartáveis, mas aos muitos outros materiais plásticos que usamos quotidianamente. Além disso, o plástico, se depositado corretamente no lixo, não corre tantos riscos de poluir a água, muito menos de poluir os lençóis freáticos.
Existe a possibilidade de se viver sem petróleo, mas viver sem água, está fora de cogitação!