O vôo da águia.
Cheguei a Tanger á cerca de dois meses,desde aí todos os dias vou almoçar num restaurantezinho bem simpático e baratinho.Sobranceiro a um toldo as andorinhas fizeram seu ninho e os pequenotes,antes afoitos,agora já saem do ninho e esvoaçam suas asas fortalecendo os músculos para seu primeiro vôo.Sabem,porque a natureza lhes incute isso por instinto,que quando arriscarem voar tem que voltar ao ninho,ainda não sabem caçar sua comida,dependem ,ainda,de seus pais para se alimentarem e por tal se saem e não voltam estão condenados a morrer,pois seus progenitores não os alimentarão,ainda que estejam a escassos metros de seu ninho.E bonito as míriades que a natureza nos porpociona,só temos que estar atentos para certos pequenos pormenores.E tudo uma questão de reflexo,sentido de vida agudo.Recordo quando tinha meus 16 anos e ía com meus amigos na piscina municipal,não sabia nadar,no entanto eu arriscava saltar da prancha de 5 metros para a piscina com 10 de profundidade,frizo,nadava como um prego no entanto eu mergulhava de cabeça direcionado á escada de saída,resumindo,eu entrava na água em mergulho e ia depois agarrar-me na dita escada para sair.Um dia meus planos sairam furados,eu entrei de cabeça mergulhei aí uns 3 metros,quando principiava a curvar ascendentemente um tipo que tinha saltado da ultima prancha caiu-me em cima,embrulhámo-nos com o choque.Tudo seria normal e de pouca importância soubesse eu nadar,mas assim!o mundo se virou ás avessas naquele momento,mas não perdi a calma,sabia que a escada estava lá,abri os olhos e foi o primeiro mergulho controlado,dirigi-me aos degraus e saí da água.No outro dia decidi que iria nadar,e assim foi,é tudo uma questão de autocontole,entrei no tanque de mergulho,10 mt de profundidade esbracejei e nadava graciosamente,está na nossa natureza o agarrar-mo-nos á vida.Mas falava eu de vôos!conhecem como as águias aprendem a voar?suas progenitoras quando seu instinto lhes diz que é esse o dia,pegam seus filhotes os levam até 1000 mt de altura e os largam.Os coitados nunca se viram noutra, quando se sentem em queda nada lhes resta fazer que bater as asas,se porventura a experência é ainda permatura,sua mamã vem em vôo os amparar em seu dorso e o leva em segurança de volta ao ninho,se já dominam a gravidade então é uma graciosidade o planar em redor das escarpas das montanhas. Quem puder faça essa pesquisa de observar a natureza que nos rodeia, se não encontram águias ao seu redor,parem e observem um formigueiro em um jardim ou terreno baldio!quanta azáfama e ordem têm os tais pequenos bichinhos,é tudo uma questão de atendermos ao que nos rodeia.Vale a pena.