UM MAR QUE NÃO ESTÁ PARA PEIXE!
"Ao mar, que quando quebrava na praia...era bonito...era bonito"
Pelos sinais dos tempos,
já com a devida permissão ao Dorival Caymmi.
Ultimamente o mar tem sido o foco de muitas notícias, infelizmente notícias ruins, e foi analisando o entorno dos recentes acontecimentos que me surgiu a sensação ecológica do presente texto.
Nesta semana nos chegam informações do encontro da caixa preta da aeronave da Air France que caiu no Oceano Atlântico há dois anos depois de decolar do Rio de Janeiro, aliás, impressionante e louvável a determinação dos franceses em resgatar algo que parecia perdido.
Pois bem, além da lamentável tragédia para nós, homens, fico a imaginar também a alteração do ecossistema lá embaixo do oceano quando alguma coisa "diferente" e mais danosa ao meio aparece por ali.
Paralelamente ao fato, o recente desastre de Fukushima também derramou nas águas oceânicas um montante assustador de material radioativo, que ninguém deste mundo sabe muito bem dimensionar quais serão as consequências para nós e para os peixes.
Fico novamente a imaginar as alterações ecológicas para a vida marinha, a resultante das inconsequentes mãos humanas.
E como se não bastasse tudo isso, agora estão dizendo que mataram o "Homem" número um do terrorismo internacional e jogaram seu corpo ao mar.
Ora, assim já é desrespeito demais para com o mar!
Pode parecer brincadeira mas...não é não. O fato é um tanto simbólico!
Assim selamos nossa intenção filosófica de também destruir a vida marinha. "Que se dane o mar"! É a mensagem que nos soa.
"Quem dera ser um peixe..." com muita poesia, só lá mesmo, no aquário do *Fagner.
A nossa borbulhante realidade é bem outra, nada poética, e há muito já não borbulha pelos, tampouco para os pobres peixinhos...
Sinceramente, num planeta a borbulhar de desamor, cá estou eu, borbulhante e resfolegante, a também sentir muito pelo mar.
Nota alusiva:
*BORBULHAS DE AMOR
Composição : Juan Luiz Guerra / Versão: Ferreira Gullar