A NATUREZA FERIDA
O papel do homem, na escala evolutiva, principia-se no conduzir o pensamento sempre na busca da perfeição, no direcionamento de metas capazes de elevar o status da humanidade. É o progresso tão bem conhecido e que se galga num ímpeto, muitas vezes egoístico, que desfaz toda a virtude do realizar.
O progresso está intimamente ligado ao sentido do direcionamento coletivo, perspicaz, mas nunca sem fronteiras. É preciso refletir no que se deve ou não fazer, porque é assim que se evita destruição pelas próprias mãos do homem, muitas vezes da sua própria espécie.
Tudo precisa ser minuciosamente planejado!
Não adianta ir além da exatidão compatível com a existência. Mas todos sabem e estão cientes, embora visem pela vaidade na ciência, chegando a esferas incapazes dele próprio conter todo o mal.
É preciso se ter na consciência e, dentro do livre arbítrio, utilizar as rédeas do deslumbramento, no discernimento de ações limítrofes capazes de coibir todo o mal à orbe natural de sobrevivência.
O recado está dado pela própria natureza, Sábia e Ferida em seus maus tratos. A luta pela sobrevivência ocorrerá com o avanço da ciência desvairada, contaminando rios e mares, terras e montanhas e, até o próprio ar que se respira.
Onde ficará o Progresso? Aquele Progresso desmedido e sem limites?
Quem usufruirá deste Progresso destemido e inconsequente?
A hora do refletir se apresenta hoje e, sempre necessitará do bom senso, do equilíbrio, no desenvolver esférico, aquinhoando a razão, no contemplamento e, nunca, jamais a emoção, suntuosamente capaz de regredir à sobrevivência e à permanência das espécies, no espaço Sagrado e Bendito, Dadivo por sua peculiar natureza e conferido ao homem por sua própria necessidade.
26/03/2011
3:44 h