Desrespeito Generalizado

O desastre do derramamento de petróleo no Golfo do México evidencia o descaso dos líderes mundiais com o meio ambiente. Ao contrário do defendido pelos americanos, não se trata de uma ocorrência de conseqüências regionais, mas sim globais.

O grande problema desse fato é que só se pensa nos danos financeiros, e não nos ambientais. Toda a vida marinha afetada pela ganância do homem, que não satisfeito em degradar tudo que há sobre a terra, ainda tem de vasculhar seus recônditos em busca da última reserva, da última gota de um planeta farto de uma laceração milenar.

Desde que o homem caminha sobre a Terra, agraciado com a capacidade de raciocínio e de comunicar-se, é senhor de tudo que há para ser utilizado em proveito próprio. Fez o que bem entendeu com toda essa capacidade de se sobrepor às demais espécies. Animais, vegetais, minerais, ou seja, que “ais” mais fossem. Tudo em seu benefício. Em nosso benefício, dizem.

As discussões sobre a redução na emissão de gases buscam diminuir a poluição liberada na atmosfera através de meios renováveis, fontes de energia limpa. Nos debates diários, estes assuntos estão em voga, mas... e as soluções efetivas? Para quando são? Esperar uns pares de anos para começarem a diminuir as emissões não é suficiente. Tem de ser já!

Apesar do governo americano e a British Petroleum afirmarem que estão vazando 800 mil litros de óleo por dia, estudos do oceanógrafo Ian MacDonald, da Universidade da Flórida, afirmam que o volume é de quatro milhões de litros ao dia. O equivalente a 40 mil barris de petróleo sendo despejados diariamente no oceano. Se não bastassem maltratar o meio ambiente, eles ainda escondem a verdade? Desrespeito total com o público e, principalmente, com a natureza.

ESTE ARTIGO FOI PUBLICADO NA EDIÇÃO DE AGOSTO DA REVISTA BETIM CULTURAL

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