JUIZ LADRÃO III

A Justiça é cega, quando não enxerga o clamor de um injustiçado; surda, quando não escuta as súplicas de um inocente; muda, quando se cala frente à agressão sofrida por alguém que recorre à lei para por ela ser socorrido, e lhe é negado direito de defesa.

A Justiça fala, escuta e enxerga, quando não se ajusta a ouvir a voz das ruas, nem o ronco de pressões quais sejam, cujo preço não fica barato à honra dos preceitos legais. Sabe-se a que se presta, ferir a lei pela qual deveria zelar, não levando em conta que a única voz que deve escutar, é a sua própria voz, o que está insculpido na Carta Maior da República!

A Justiça às vezes é cega, surda e muda. Mas não é burra. Sabe o que é, magistrado que se porta qual adversário de quem está julgando: Juiz ladrão, árbitro que marca pênalti que não foi, segundo o Var. Ele mesmo bate. E comemora o gol ilegal. Valida gol feito com a mão.

É árbitro, zagueiro, goleiro, atacante e técnico, como centroavante se encontrava em flagrante impedimento e ainda, no transcorrer da partida, fez gol com a mão e era festejado por quantos o bajulavam.

Ria-se a turma que o secundava: "Não tinha provas. Mas tinha convicção. -- Que sabido, o nosso juiz -- utilizou-se do subterfúgio de alijar do certame, o mais temível adversário , por atos de ofício indeterminado." Isso lhe bastou, para exarar a sentença.

O juiz ladrão ensaiava e combinava com o técnico do seu time preferido, jogadas para prejudicar a quem sempre teve por inimigo.

No sacrário das ilegalidades do juiz gatuno, das quais sempre gozou plena impunidade, denotava-se sua ação deletéria --instrumentalização do Judiciário, violação do direito de defesa do julgado, conluio em tabelinha com Ministério Público.

Proferiu, a reverso da Justiça, sentença plena

de nulidades: quebra de parcialidade, incompetência absoluta por não observância ao princípio do juiz natural, suspensão por predeterminação de condenar a quem sempre teve por inimigo, por questão pessoal de ódio nutrido por sua caça e troféu preferidos.

Restou provado, todos seus atos ilegais, prova cabal, de ter sido o que se abomina na roda futebolística: juiz ladrão!