Um jovem e a frase: "História magistra vitae".
Laércio, desde jovem, sempre fugiu do passado.
- Para ele, as cicatrizes do que já foi eram fardos desnecessários.
- "O que passou, passou", repetia, como se o futuro fosse uma terra intocada.
- "Cada coisa ao seu tempo", era o seu lema vital.
- Um dia, enquanto vagava por uma biblioteca, encontrou um livro empoeirado, quase esquecido, com a inscrição em latim: Historia magistra vitae — "A história é mestra da vida".
"Historia vero testis temporum, lux veritatis, vita memoriae, magistra vitae, nuntia vetustatis, qua voce alia nisi oratoris immortalitati commendatur?"
"Que voz, a não ser a do orador, pode confiar a História, que é verdadeiramente a testemunha dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mestra da vida, a anunciadora dos tempos passados, à eternidade?"
Cicero, De Oratore, II, 36.
- Algo profundo o impulsionou a abrir suas páginas amareladas.
- À medida que lia, histórias de impérios e civilizações se desenrolavam, mas mais que isso, cada narrativa ecoava com uma verdade espiritual que Laércio nunca havia considerado: a vida, sem as lições do passado, é como uma árvore sem raízes.
- Aquelas páginas mostravam que o passado não era algo a ser evitado, mas uma fonte de sabedoria.
- Os erros, as dores, os amores perdidos — tudo fazia parte de uma jornada maior, moldando quem ele era e quem poderia se tornar.
- De repente, Laércio sentiu algo novo: uma conexão entre seu espírito e sua história.
- Lembranças que antes o assombravam agora pareciam ter propósito.
- O arrependimento deu lugar à aceitação, e a culpa, ao entendimento.
- Ele compreendeu que não poderia alcançar a paz interior sem primeiro encarar seus próprios fantasmas.
- A história, tanto a do mundo quanto a dele, era sua verdadeira mestra, ensinando-o que só quem aprende com suas raízes pode florescer plenamente.
Naquela noite, Laércio não apenas sonhou com seus erros, mas os abraçou como parte de sua jornada espiritual.
- Ao acordar, sabia que a verdadeira liberdade não estava em esquecer, mas em reconciliar-se com seu próprio passado.
- A alma se ilumina quando se reconhece que cada erro, cada dor, foi um passo para o autoconhecimento e, afinal, para o perdão.
(By: #Lbw-IA, Pirahystrasse, Beckhauserparadiesecke, Oma, Joinville-SC, 22 out/2024, terça-feira.)