Como funciona o capitalismo neoliberal, no Brasil e no Mundo, fundamental que os brasileiros entendam do mecanismo político deste sistema econômico.

O que é o neoliberalismo.

Neoliberalismo é uma doutrina econômica que surgiu na segunda metade do século XX. Tem como princípios a mínima intervenção do Estado e a abertura econômica dos territórios.

A doutrina neoliberal defende que o setor privado tenha maior poder de atuação do que o Estado.

Neoliberalismo é uma doutrina econômica que surgiu na segunda metade do século XX e defende a mínima intervenção do Estado na economia.

Essa teoria surgiu como um contraponto às ideias de John Maynard Keynes sobre o papel do Estado na vida social e econômica dos territórios nacionais.

O setor privado teria maior poder de atuação, de acordo com o neoliberalismo, em detrimento do setor público.

Outro ponto defendido por essa doutrina é a abertura econômica dos territórios, processo que, a partir da década de 1980, foi de encontro à globalização econômica.

A doutrina neoliberal foi aplicada em muitos países a partir de então, como foi o caso dos Estados Unidos e do Reino Unido.

No Brasil, algumas medidas foram adotadas pelos governos do início da década de 1990, mas foi somente no final desse período que se identificou a maior incorporação dos ideais neoliberais nas políticas socioeconômicas brasileiras.

A liberdade de atuação dos agentes privados, a privatização de empresas e serviços estatais, a redução dos impostos e a flexibilização do trabalho são outros aspectos importantes do neoliberalismo.

Surgiu a partir da segunda metade do século XX, tendo como base as teorias econômicas de nomes como Ludwig von Mises, Milton Friedman e Friedrich Hayek.

A expansão do neoliberalismo pelo mundo aconteceu em conjunto com a aceleração do processo de globalização, caracterizado pela integração do espaço mundial por meio da economia e da cultura.

A abertura de novos mercados e a maior circulação de capitais e de mercadorias são algumas das vantagens do neoliberalismo.

O aprofundamento das desigualdades socioeconômicas e a precarização do trabalho são algumas das desvantagens do neoliberalismo.

No mundo, governos neoliberais como o de Ronald Reagan (Estados Unidos) e Margaret Thatcher (Reino Unido) começaram a surgir entre os anos 1970 e 1980.

No Brasil, medidas neoliberais foram implementadas a partir de 1990, consolidando-se no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

O neoliberalismo é uma doutrina econômica que tem como princípio básico a liberdade de atuação dos agentes econômicos e a mínima intervenção do Estado na economia, bem como a diminuição das despesas que os órgãos estatais possuem como forma de diminuir a dívida e controlar os gastos públicos.

A redução do papel do Estado na economia de um determinado território compreende a redução dos encargos tributários (impostos) que devem ser pagos pelas empresas e a maior liberdade de atuação no que diz respeito ao seu funcionamento interno e também a sua localização propriamente dita.

Dessa forma, na vigência da doutrina neoliberal, os agentes econômicos privados são os detentores do poder decisório com relação à sua forma de atuação, não havendo participação do Estado. A produção de bens e a oferta de serviços fica, da mesma maneira, sob a responsabilidade das empresas privadas.

No contexto da liberdade dos agentes econômicos, está, também, a maior abertura comercial, proporcionando uma ampliação do comércio internacional e da movimentação de capitais na forma de investimentos estrangeiros diretos.

Assim, caberia ao Estado a regulação de aspectos como a redução ou eliminação das barreiras alfandegárias, o controle das taxas de câmbio e de juros, assim como da inflação do território.

Dessa maneira, é possível atrair novos investidores, ao mesmo tempo em que os agentes econômicos têm maior liberdade para atuarem.

As privatizações das empresas estatais fazem parte da doutrina neoliberal. Outros aspectos importantes que caracterizam o neoliberalismo são a flexibilização das leis trabalhistas e a limitação dos gastos do Estado com as políticas de cunho socioeconômico.

Os serviços essenciais providos pelo Estado deveriam passar para a gerência dos agentes privados segundo a crença neoliberal.

O neoliberalismo tem origem na segunda metade do século XX, em um momento de crise da doutrina do Estado de bem-estar social que se instalou no mundo durante os anos 1930.

O Estado de bem-estar social foi um sistema cuja base teórica foi elaborada pelo economista John Maynard Keynes em 1936 e que defendia a intervenção estatal na garantia de condições mínimas para que a população tivesse um mínimo de qualidade de vida.

Essa teoria se originou logo após a crise econômica de 1929 como uma alternativa ao liberalismo econômico.

Em um contexto histórico diferente, mas que demandava, igualmente, a reconstrução de várias economias nacionais ao redor do globo, o Estado de bem-estar social foi empregado no pós-Segunda Guerra Mundial.

A partir da década de 1970, desequilíbrios econômicos internos aos territórios nacionais e a ocorrência de crises conjunturais na economia internacional suscitaram a discussão acerca do papel do Estado nas decisões de cunho econômico.

Milton Friedman, um dos principais teóricos do neoliberalismo.

Diante desses questionamentos sobre a atuação do Estado e a necessidade da garantia das liberdades dos agentes econômicos, surgiram nomes importantes, como os de Ludwig von Mises, Milton Friedman e Friedrich Hayek, que são alguns dos principais teóricos da doutrina neoliberal.

Como apontaremos adiante, já durante as décadas de 1970 e 1980 o neoliberalismo foi implementado por alguns governantes, difundindo-se para um maior número de economias nacionais a partir do Consenso de Washington, que data de 1989.

Neoliberalismo e globalização.

A globalização é o fenômeno de integração do espaço mundial por meio da economia, da política e da cultura.

Sabe-se que, embora a sua origem tenha acontecido no século XV, a globalização ganhou força a partir do aperfeiçoamento da ciência e da modernização tecnológica vivenciada pelo mundo a partir da segunda metade do século XX.

Nesse sentido, o processo de integração da economia internacional caminhou em conjunto com a expansão dos ideais neoliberais a partir dos anos 1970.

O mercado e as empresas transnacionais se tornaram os principais agentes econômicos do período, e a atuação de ambos por meio de redes, formando as cadeias globais de produção, foi possível graças às técnicas da informação e da comunicação que surgiram no período.

Ainda nesse contexto, a atuação do Estado se voltou para a viabilização do funcionamento de uma economia nacional com maior abertura e livre de encargos, sem a intervenção direta dos agentes estatais e com a participação em peso de empresas e agentes privados.

À época, também, fortaleceram-se as ações de organismos multilaterais e instituições financeiras como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, responsáveis pela propagação do neoliberalismo, já implementado nos países desenvolvidos, para os países emergentes ao final da década de 1980, com o Consenso de Washington.

Vantagens e Desvantagens do neoliberalismo

Liberdade de atuação dos agentes econômicos, o que garante maior dinamismo à economia.

Aumento da competitividade entre as empresas, que suscita a implementação de melhorias e o advento de produtos e serviços novos e modernizados.

Ampliação da escala de produção de mercadorias.

Maior circulação de mercadorias e de serviços no espaço mundial.

A circulação de capitais é maior por conta da formação de redes entre empresas e também pelo crescimento do investimento estrangeiro direto.

Abertura de novas empresas.

Precarização do trabalho pela diminuição ou extinção de direitos do trabalhador.

Ampliação da terceirização e dos trabalhos considerados informais.

As desigualdades socioeconômicas na população se tornam mais evidentes e tendem a se ampliar diante da precarização do trabalho.

Maior competição entre economias nacionais, o que coloca à margem do processo países com menos recursos, como é o caso dos países subdesenvolvidos. Com isso, tem-se o aprofundamento das desigualdades socieconômicas entre os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos, principalmente.

Neoliberalismo no Brasil.

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defensor do neoliberalismo no Brasil.

Fernando Henrique Cardoso promoveu um governo neoliberal no Brasil entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000.

A implementação dos ideais neoliberais no Brasil se deu após a resolução do Consenso de Washington, que impulsionou essa doutrina socioeconômica para os países emergentes.

Assim sendo, durante os governos de Fernando Collor de Mello (1990-1992) e de seu sucessor, Itamar Franco (1992-1995). Entre as primeiras medidas de cunho neoliberal que foram introduzidas no país está a maior abertura econômica ao exterior, que ainda se fazia de forma gradual, e o processo de internacionalização da economia brasileira por meio da produção e do comércio.

Sob Collor e Itamar Franco, algumas empresas estatais foram privatizadas. Um dos casos mais emblemáticos foi o da empresa de aviação Embraer, que deixou de ser uma estatal em 1994.

Nota-se que, nesse período, o Estado foi o responsável pela promoção de mudanças na política monetária do Brasil para o controle dos índices de inflação, ou seja, com o objetivo de restaurar o equilíbrio da economia. Tratamos, aqui, do Plano Real, que data de 1994.

Esse processo de privatização se intensificou no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), que exerceu dois mandatos entre 1995 e 2002. Com FHC consolidou-se o processo de abertura da economia brasileira, com o ingresso maciço de empresas estrangeiras no país, o que representou um aumento da concorrência para a indústria brasileira.

As privatizações tiveram sequência no final dos anos 1990, com a desestatização de companhias como a Telecomunicações Brasileiras S/A (Telebrás), a Vale do Rio Doce (atual Vale) e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), apenas citando algumas das principais.

Embora algumas medidas voltadas para o auxílio da população tenham sido adotadas durante o governo FHC, como os programas de Bolsa Alimentação e Vale-Gás, a cartilha desenvolvida pelo Consenso de Washington foi seguida e ações que visavam à diminuição dos gastos públicos foram tomadas mesmo a contragosto.

Obs: Crítica desenvolvida por Edjar Dias de Vasconcelos, estudioso de filosofia e economia, esse artigo é muito bom, motivo de publicá-lo por esse site, entretanto, incompleto parcialmente para o nosso tempo.

Deste modo, a minha crítica, hoje no mundo o que está em propósito, não é a ideologização na economia de mercado entre o comunismo e o socialismo, como também o neoliberalismo não está mais em embate contra o liberalismo econômico.

Entretanto, uma guerra política entre o neoliberalsimo e o social liberalismo, a defesa do desenvolvimento econômico com a mais absoluta concentração da renda entre a burguesia e a proletarização da sociedade.

A guerra entre dois Estados, o Estado institucional político representado pela democracia, e, o mercado como Estado.

Portanto, o governo exercido através do sistema financeiro, a questão do Banco Central independente, sendo o verdadeiro Presidente do Brasil, o Presidente do Banco Central, em defesa do neoliberalismo rentista, o dinheiro produzindo riqueza e não o trabalho.

Tanto o neoliberalismo como o social liberalismo defendem o capitalismo, sendo o neoliberalismo a defesa de um capitalismo para poucos, social liberalismo o capitalismo para todos.

Tanto a esquerda como a direita são capitalistas, a esquerda inclusiva, a direita exclusiva, as diferenças fundamentais.

No mundo, 80% do PIB internacional está em mãos de cinco mil pessoas, sendo que 57 são brasileiras.

O Brasil com duzendos e dez milhões de habitantes, o tesouro recebe por ano em forma de tributos, 10 trilhões de reais, sendo que que dez milhões de brasileiros ficam com 90% desse dinheiro, o restante é distribuido em forma per capita entre duzentos milhões de brasileiros, pobres e miseráveis.

O fundamento do neoliberalismo se dá em um tripé, elevação das taxas de juros, com eliminação dos impostos para os ricos, imposto apenas sobre o consumo, aumento contínuo do valor das mercadorias independentemente da inflação, congelamento absoluto dos salários, os trabalhadores sem direitos trabalhistas.

Esse é o pensamento político da direita e da extrema direita no Brasil, o bolsonarismo tem exatamente, tal proposta política para o povo brasileiro.

Nesse contexto, que o Brasil está em guerra entre duas ideologias políticas, por duas forças políticas, ambas capitalistas.

O bolsonarismo defende o neoliberalismo absoluto, a defesa do capitalismo rentista, o lulismo o social liberalismo, a distribuição da renda no capitalismo, na sua versão social liberal, portanto, o capitalismo social liberal produtivo, contra o rentismo.

Qual a forma de manter uma ideologia política em um país, através da democracia, no Brasil de cada quatro pobres, sobretudo, pentecostais votam em deputados extremistas, direitistas, mantendo a política econômica neoliberal, a mais absoluta concentração da riqueza, um país de 200 milhões de pobres e miseráveis, denominados sociologicamente de abobados.

O indivíduo quer fazer política que faça, seja de direita ou esquerda, entretanto, fundamental que entenda primeiro de economia e de política.

Para qualquer brasileiro sair do seu estado permanente de abobado, tem que ler e entender tudo que está escrito nesse artigo, levando também em consideração a crítica, formulada por Edjar Dias de Vasconcelos.

Esse texto foi publicado pelo site:

https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-neoliberalismo.htm

Postado por:

Edjar Dias de Vasconcelos, crítica formulada pelo referido, Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo Puc, com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia.

Edjar estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação também em Filologia, estudou direito canônico e pátrio, formulador como tese em Astrofísica, O Princípio da Incausalidade.

Autor de diversos artigos científicos publicados em sites.

Licenciado em Filosofia, Sociologia e História, formado em Psicologia, com registro pelo Mec, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG, outras Universidades no Brasil.

Edjar Dias de Vasconcelos estudou em: Itapagipe, Campina Verde, Belo Horizonte, Petrópolis, Rio, São Paulo, Nas PUCs como nas Universidades Federais e o Mackenzie, também em outros lugares, estudando sempre política economia e filologia.

Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 21/09/2024
Reeditado em 21/09/2024
Código do texto: T8156464
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