MANUSCRITO ESQUECIDO NO METRÔ (III)
MANUSCRITO ESQUECIDO NO METRÔ (III)
O PEQUENO caderno encontrado por este autor num banco do Metrô USP Leste, era modesto em quantidade de páginas, mas grande em conteúdo revela dor das mazelas sociais que afligem e ameaçam a sociedade brasileira e americana. Não se pode, presumo, querer criar uma sociedade do futuro, tendo um Trump Queiro e um Bozo no comando, comunicação e controle de dois países representativos da sociedade brasileira e americana, com este portfólio de iniquidades na vida pessoal e política.
“AS PESSOAS sem memória se refugiam no psiquismo coletivo uma das outras, por que não sabem como preservar uma identidade cultural (leitura, interpretação de textos, dramaturgia, atualização crítica da realidade através do jornalismo impresso...) inexistente. Se não têm identidade cultural crítica das mazelas que os aflige), como poderiam parar de preservá-la??? Apelam, em consequência, para comportamentos dolosos, movidas por energias psicológicas inconscientes. Escondem-se por detrás de seus mistérios e ministérios gozosos. Suas ações são guiadas e direcionadas por uma fonte de energia que está muito além da compreensão delas”.
“O QUE poderia fazer uma pessoa diferente dos demais fulanos, beltranos e sicranos??? Resposta: a leitura crítica da realidade malsã. Mas como???, se a educação desapareceu nas escolas públicas e privadas, e a mente inconsciente e fanática agita seus compromissos com o entretenimento na telinha dos celulares??? Seu sono e seus sonhos estão lacrados, presos pelo bandido Procusto que vive na floresta de cimento armado e vidro, incentivando você através da propaganda de consumo, a consumir quinquilharias recém lançadas no todo poderoso Mercado.
PROCUSTO, O bandido da lenda do “Leito de Procusto” cortava os pés das pessoas por ele capturadas, que eram mais compridas do que a cama na qual ele as deitava. Os que eram de tamanho muito menor, ele os esticava. O tamanho da cama era o padrão utilizado por ele. De qualquer forma a pessoa por ele capturada era mutilada por sua cultura do tamanho do leito em que as fazia deitar e medir. Nenhuma pessoa era exatamente do tamanho que a cama exigia. Daí, nenhuma delas sobrevivia.
OS IMPERATIVOS de uma realidade que NÃO se adequa às melhores e maiores (ou menores) expectativas da cultura do consumo (leitura, interpretação de textos, dramaturgia, atualização crítica da realidade através do jornalismo impresso...) criada para adequar a todos os habitantes da cidade sodomizada pela cultura de programas de auditório, o todo poderoso Procusto (Mercado) os mutila. Esta é a realidade em que as pessoas vivem e sobrevivem de modo sonâmbulo. Inconsciente.
RECENTEMENTE VIMOS parte da sociedade consumista, lamentar a ausência do Camelô do SBT. Seu auditório interno (assentos da plateia “topa tudo por dinheiro: moças, esposas, cônjuges, consortes, patroas, damas, madames) e externo (sala de jantar, bares, restaurantes, salas familiares do sofá). Houve quem chorou emocionado a perda de quem se divertia, com sorriso largo e debochado, da cultura brasileira que aceita lideranças políticas que assaltam as verbas da educação e da saúde (física e mental) da população, em troca do fanatismo bozonarista de auditório.
O BRASIL deveria ser mais que um imenso supermercado de enlatados. O país deveria, presumo, ser mais do que um anfiteatro de disputa de picadeiro no circo dos horrores. Por detrás da animação de Coliseu, está o país da necessidade, o país dos miseráveis, o país dos barões legislativos que inventam, todos os dias, formas novas de roubar, aos bilhões, as verbas públicas.
O BRASIL deveria, presumo, ser mais do que um imenso auditório para camelôs venderem seus produtos industrializados ou manufaturados. O Brasil deveria ser um país de gente que se respeita. Com um povo que se recusasse ter seus corações e mentes vitimados pelo saco de ratos de seus políticos ocupados em fazer acontecer a demagogia e a festividade tropicalista de seus programas de auditório. O Brasil precisa ser mais do que um BBB para bebês com QI de retardo mental, que só traz para suas plateias a convivência com a molecagem da audiência de espectadores (galeras), quando não do sofá, de camelôs de bugigangas, ou da família e pátria de chuteiras.
NÃO FOSSE a atuação do STF e demais autoridades em defesa da democracia, o país estaria a viver a pré-estreia do totalitarismo bozonarista e seus rebanhos de gado humano a aplaudir lideranças pastorais de lacraias do totalitarismo. As galeras de centopeias que, inconscientemente, são conduzidas por lideranças políticas extremistas de direita, sem escrúpulos, a agirem no sentido de que, no próximo Sete de Setembro, convocarem os brasileiros mais ignorantes de sua própria e miserável realidade, a aplaudir discursos que expressam a falta de racionalidade e valores realmente evangélicos.
PASTORES(AS), os que presidem igrejas, templos, bispos e leigos evangélicos do capeta, dirigem a maioria do rebanho em direção ao curral dos tiranos, que querem ver o circo da realidade brasileira pegar fogo, para que possam apropriar-se, de maneira arrogante e fanática, dos corações e mentes de fiéis conduzidos ao sonambulismo bozonarista. “Eles não sabem o que fazem”, mas estão fazendo com que o totalitarismo e a anarquia estejam a continuar ameaçando o país com terrorismo, tipo o de 8 de janeiro de 2023. Querem recriar o clima de anarquia, de modo que possam continuar na tentativa de golpear a democracia. O país desses insanos não vai retomar seu “Gabinete do Ódio”.