EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE (LUCY IN HELL WITH HER LOVERS) (XXXV)

EXISTENCIALISMO E PSICANÁLISE

(LUCY IN HELL WITH HER LOVERS) (XXXV)

VIVEMOS NUM mundo em que seus habitantes não sabem traduzir o que lhes acontece todos os dias. Exceto superficial mente. A mentira, a hipocrisia, a hostilidade contra si mesmos e contra seus filhos: eles não sabem traduzir este sistema de escrita e vivência do próprio mundo que consome seu bem mais valioso: o Tempo... A pedofilia induzida, embutida na realidade cotidiana de crianças é, para eles, a coisa mais natural do mundo. Como se vivessem na Sodoma israelita mencionada na Bíblia, dita sagrada.

A MISÉRIA mental de seus antecedentes de psicologia familiar, o medo dos personagens patriarcais que até outro dia regiam as famílias em todo o mundo, criou os atuais viciados em drogas e os movimentos libertários da década de sessenta, antecedidos pelo movimento beatnik nos EUA, origem da contracultura norte-americana, crítico do modelo “american way of life”. Daí, desses movimentos libertários que os antecederam (anos 50/60) surgiram os hippies, confirmadores deles. No Brasil e na América Latina seus ecos foram ouvidos e vividos nos anos 60/70.

A LIBERDADE não tão ilusória dos hippies e suas drogas, estava na fuga da estratégia de dominação do governo americano sobre a juventude: a contestação dos padrões sociais vigentes até então. Para não sofrer contestação das inteligências surgidas nas novas gerações, o governo americano criou um incentivo básico de desacreditá-las: seriam apenas cabeludos drogados, vagabundos, produtos de famílias ricas e da apatia e sonolência da classe média em busca de aventuras psicodélicas. Seus filhos querendo sair fora da modorra do ambiente familiar e social da apatia e dormência existencial.

A “LOST Generation” produziu influente literatura no século XX. Literatura que desmascarava a geração de seus pais. A literatura da “Geração Perdida”: Scott Fitzgerald, Gertrude Stein (que criou o termo), Ernest Hemingway que denominava desta forma os artistas que viviam na França no final da 1ª Grande Guerra. Os mais relevantes representantes da "Geração Perdida" viviam no país da Torre Eiffel, refúgio das manifestações literárias e artes plásticas, contestações filosóficas que tornaram populares a literatura, a poesia os movimentos culturais por eles criados.

ELES: T. S. Eliot, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway, John dos Passos, Waldo Pierce, James Joyce e o Jazz. Esta elite cultural do planeta vivia e acontecia nos contornos periféricos do Quartier Latin, margem esquerda do rio Sena. A “Geração sem Rumo” popularizada no romance “O Sol Também Se Levanta”, no qual Hemingway conta a história dos que fizeram essa geração acontecer nas artes. A aspiração de mudar a face da literatura em transformação. A “Geração Perdida” encontrava-se ao renovar a experiência literária. Hemingway acontecia mundialmente no livro de memórias “A Moveable Feast” A “Festa Móvel”, tradução em português: “Paris É Uma Festa”. A Festa Olímpica Das Artes.

LANÇADO NO Brasil em 1964, as memórias do escritor na década de 1920, quando viveu em Paris com a 1ª esposa Hadley Richardson. Paris É Uma Festa narra o aprendizado do ofício de escritor, editado pela viúva (2ª esposa) Mary Hemingway. O livro exibe, mais que o aprendizado dele que o tornou um escritor, narra o convívio com Pablo Picasso, Ezra Pound, F. Scott Fitzgerald, Ford Madox Ford, Evan Shipman, Hilaire Belloc, John Dos Passos, Wyndham Lewis, James Joyce, Gertrude Stein, Zelda Fitzgerald, Hermann von Wedderkop (Weddo) tradutor e editor alemão da revista de arte "Der Querschnitt".

"DER QUERSCHNIITT": na ciência da geometria, uma "Seção Transversal" (plana ou reta), = interseção de um corpo no espaço tridimensional com um plano, equivalente num espaço tridimensional mais amplo. Wood Allen metaforizou essa "Seção0 Transversal" no filme “Meia-Noite em Paris” criou o personagem Gil (Owen Wilson), escritor e roteirista americano que vai com a noiva e a família, conhecer de perto a Torre Eiffel. No elenco destacam-se: Rachel Adams (Inez), Marion Cotillard (Adriana), Tom Hiddleston (Scot Fitzgerald), Kathy Bates (Gertrude Stein), Adrien Brody (Salvador Dalí), Alison Pill (Zelda Fitzgerald), Corey Stoll (Ernest Hemingway), Kurt Fuller (John dos Passos), Léa Seydoux (Gabrielle), Adrien Brody (Salvador Dali), Gad Elmaleh (Detective Tisserant), David Lowe (T.S. Eliot) e Daniel Lundh (Juan Belmonte).

PARA INTERPRETAR e compreender a cultura, o leitor deste texto precisa, presumo, usar a cabeça para conectar os diversos tempos e diferentes espaços nos quais acontecem os eventos aqui narrados: beatniks, hippies, “american way of life”, décadas de 1920 (Paris É Uma Festa), 1930 (A Grande Depressão), 1960/70 (movimentos libertários), Meia-Noite em Paris (2011), As Olimpíadas de 2024. Esta viagem no tempo da cultura precisa ser ordenada no coração e na mente de cada leitor. Do contrário este leitor vai ficar flutuando nas Águas de Março, perdido no espaço, olhando para as nuvens, sem saber posicionar-se no tempo e ordená-lo.

PRECISAMOS AFIRMAR a convicção de que o mundo em que vivemos não é apenas o mundinho do cercadinho familiar onde acontecem a alimentação, a dejeção ou descarga no vaso sanitário. Tudo e todas as coisas nos influenciam diariamente. A mundividência super limitada do papai, da mamãe, dos irmãos missionários do mundo Cão, são influências que necessitam ser pensadas e superadas.

DO CONTRÁRIO, a juventude vai estar apenas no mundo da idade cronológica, no imaginário da Tv e do celular que quer te prender aos cordames do Teatro de Fantoches de Pernambuco, ou do Teatro Musical de Mamulengos nos terreiros da Bahia de São Salvador, ou no mundo noveleiro do BBB do Bad Bode Bozo.

O MUNDO VIRTUAL é o ambiente imersivo que quer te ludibriar ou te fazer interagir com os personagens mumificados no espaço e no tempo, representações fantasma góticas do mundo fantasmal no qual todos vivemos. Vivemos buscando o melhor que acreditamos ser para a própria sobrevivência nas cidades fantasmas do consumismo. À espera, talvez, de um dia sermos passageiros de um foguete da NASA rumo a Marte, ou ficarmos entocados no ambiente imersivo das big-tech do Elon Moska.

AS PESSOAS, presumo, precisam acreditar que não são apenas de carne e osso. Precisam acreditar que têm espírito, com sede no cérebro. Se você não usa o cérebro para se traduzir e encontrar seu caminho no mundo digital imersivo das redes sociais e suas representações personificadas, você nunca vai ser mais do que um avatar do Elon Moska.

NINGUÉM MAIS se lembra das experiências PSI psicodélicas do governo americano, tipo o psicodelismo hippie, que tentava mumificar uma geração, criando um espírito de época (Zeitgeist) embarcando uma geração na vivência orgulhosa de ser vítima do Projeto Montauk. Eu fiz parte de uma geração vítima deste projeto experimental de uso de drogas psicodélicas, que a própria geração que o vivenciava, desconhecia. Tanto a origem quanto a finalidade: o controle da mente de uma geração significa ascendência sobre ela. A ficção imita a realidade e a realidade imita a ficção.

CHEGA-SE À conclusão de que o planeta Terra não é mais do que, realmente, uma experiência Alien, uma Teoria da Conspiração. Um imenso campo de concentração com diâmetro de 12.752 km e circunferência é de 40.075 km na linha do Equador. O raio aproximado desta linha imaginária de extensão = 6.380 km. Os prisioneiros deste “campo de concentração PSI unificado” são mais de 8 bilhões. Eu e você fazemos parte dele.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 17/08/2024
Reeditado em 16/09/2024
Código do texto: T8130933
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.