A VOZ DA TELA...DEZ MIL PICASSOS... OUVINDO OSWALDO MONTENEGRO...🖼️ 🎶🧑‍🎨🎶💥

A VOZ DA TELA.

Mais leve que o tempo e mais

Que a bailarina pisando em cristais

Entre o orvalho e amanhã

Sóis dez mil Picassos pintando a tela

A mãe da terra é a voz

Das paixões, dos heróis

Dos incêndios frios

Gás nossa palavra virou estrela

Brilho, espelho veloz

Da paixão que se prende à garganta

E canta e canta e vira

Voz dos homens que choram mais

Velha druída que cala e diz "paz"

Com olhos de cortesã.

Musica: A VOZ DA TELA

De: OSWALDO MONTENEGRO.

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Nesta música Osvaldo Montenegro faz uma homenagem a "voz humana" e ao poder que ela têm de emocionar em todas as suas formas!.

Sim, a nossa voz tem uma força imensurável, através dela expressamos as nossas emoções, tudo que sentimos, nossas vibrações; ela também pode ficar encoberta, reprimida, omitida, etc... Ela é a expressão da nossa própria vida, pois a nossa voz pode representar a nossa própria subjetividade, as nossas "próprias vozes", o que há de mais belo e sagrado dentro de nós.

E quantas vezes estamos a ouvir nossas "vozes internas", nossos "próprios ruídos", em um movimento de reflexão, de questionamento, de descobertas...

E Oswaldo Montenegro traz a "sua voz" tão bem representada através da música, da arte, na "tela da sua vida"!

E nessa tela a nossa voz é mais "leve que o tempo", como diz Oswaldo, pois mesmo que ela não seja ouvida ela flui dentro de nós; sim, elas "viram estrelas", pois as palavras se eternizam no tempo de diversas maneiras, assim são parte da nossa própria existência.

Tão rica, vai além de " Dez Mil Picassos ", como diz a música, pois somos autores, pintores e protagonistas da nossa própria história; por isso não importa os traços, as formas, as suas cores. A nossa tela fala por nós e cada um a vive de uma forma singular, com as suas próprias características, suas próprias pinceladas e sombreados; porém a nossa obra nunca é acabada, ela está sempre em construção, em um processo de vir a ser, de redescobrir, de desvelar ou se revelar...

A nossa voz através da palavra têm o poder profundo de transcender através do amor e de se imortalizar no tempo. Assim, materializamos as nossas vozes através das nossas escritas, poesias, romances, poemas, das músicas, das danças, de todas as formas de representações criativas e simbólicas, a expressão viva da vida e da alma; enfim a arte se eterniza e pode curar e transformar vidas!.

E nessa tela alimentamos também as nossas paixões, os nossos anseios, desejos, os nossos ideais; assim vamos nos realizando e a nossa imagem vai ganhando contornos e significados próprios, então esta tela se torna "projeção das nossas vidas". Nós, como partícipes da nossa própria obra também sublimamos nossos sentimentos para essas atividades mais criativas.

Oswaldo Montenegro cita a voz da "mãe da terra" que simbolicamente representa o cuidado com tudo que nos envolve, pois da terra mãe depende a sobrevivência da natureza, do nosso Planeta e o nosso bem estar; devemos então zelar e protegê-la, pois somos integrantes e parte desta grande Humanidade.

A "Velha Druída " é citada na música como aquela que acredita na sacralidade da Natureza , segue as estações do ano e os seus ciclos e respeita todas as formas de vida.

E a música continua:

Faz de mil pedaços o amor inteiro

Prisioneiro e algoz

Nos porões, nas marés

Nos umbrais vazios

Traz a prata que abre o baú do tempo

Abre e zela por nós

Como a paixão que se prende à garganta

E canta e canta e vira voz.

As vozes também choram quando elas pedem e chamam pela PAZ ; há muito estamos vivendo um cenário de guerras, de conflitos, de exclusão, discórdias e cisão.

"Mil pedaços", como está na música podem nos remeter a esse cenário de fragmentação do ser humano e do quanto o afastamento do EU nos distancia da nossa verdadeira identidade.

E por outro lado a tela da vida real mostra corpos esfacelados, como muito bem retratou Picasso na sua obra "GUERNICA", mostrando os horrores da Guerra Civil Espanhola.

Oswaldo Montenegro faz uma crítica social e política muito profunda a tudo que aprisiona e embarga as nossas vozes.

De prisioneiros e algozes nos porões, podemos dizer que hoje no mundo contemporâneo somos reféns de um sistema opressor, das forças que muitas vezes "embargam" as nossas vozes, silencia; e o que é pior, somos reféns dos nossos próprios aprisionamentos, das nossas próprias grades, dos nossos próprios muros, construídos pelo isolamento, da incapacidade de estar com o outro, aceitar às diferenças e de exercer a tolerância.

Hoje, vivemos em um mundo que divide, com muros e grades, separa os iguais dos diferentes, criam-se os rótulos, os encaixes e se o outro pensa ou é diferente, pode ocorrer o afastamento, a exclusão.

E como diz Oswaldo Montenegro, os umbrais estão vazios, a passagem ainda está estreita, ainda falta luz, a Humanidade caminha a passos lentos na sua evolução; estamos atravessando esse período da escuridão até o advir de uma nova era, um novo tempo...

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Principais obras do Pintor:

PABLO PICASSO.

-GUERNICA (1937). Encontra-se no

Museu Nacional Centro de Arte Reina

Sofia, na Espanha.

-Les Demoiselles d'Avignon(1907). Museu

de Arte Moderna.(NY).

- Velho Gitarrista Cego(1904). Instituto

de Arte de Chicago(EUA).

- A Mulher que Chora(1937). Tate Gallery,

Londres.

- Mulher no Espelho( 1932). Museu de

Arte Moderna(NY).

Chicago Picasso(1967). Daley Plaza

Chicago(EUA).

-O Sonho(1932). Coleção Pessoal.

-Ciência e Caridade(1897). Museu Picasso

em Barcelona.

-Três Músicos(1921). Museu de Arte

Moderna(NY).

-Autrorretrato(1901).Museu

Picasso(Barcelona).

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Oucam a música: A VOZ DA TELA

Cantor: OSWALDO MONTENEGRO.

https://youtu.be/q9m6v4QNIPw?

si=CK4P1jSsQLAU9xdN

Lélia Angélica
Enviado por Lélia Angélica em 24/06/2024
Reeditado em 24/06/2024
Código do texto: T8092382
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