Guaçuí: O Monumento do Marco Colonizatório - Praça da Matriz – Ano de 1938
Guaçuí: O Monumento do Marco Colonizatório - Praça da Matriz – Ano de 1938
Em 1938, na gestão do prefeito Manoel Alves de Siqueira, foi erigido um monumento, cuja osbra ficou a cargo da organização do senhor Wlademiro de Azevedo de Carvalho que se incumbiu de formar uma equipe que comporia, em 04 de setembro, a Comissão Organizadora da Festa do 1º Centenário, e que assim ficou composta: Presidente de Honra: Sr. Pe. Miguel Di Sanctis, Presidente: Prefeito Municipal Sr. Manoel Alves de Siqueira, Vice-Presidente: Coronel Leôncio Vieira de Rezende, 1º Secretário: Sr. Henrique Daumas de Almeida, 2º Secretário: Dr. José Pinho de Freitas, Tesoureiro: Wlademiro Azevedo de Carvalho, Oradores: Dr. Dídimo de Moraes, Dr. José de Souza Paixão, Dr. Meroveu Cardoso Júnior, e Dr. Fernando Augusto de Freire Mello.
De acordo com a narrativa do Dr. José Wlademiro Emery de Carvalho, O monumento, edificado em 1938, teve dupla finalidade, ou seja:
1ª: Ser um marco comemorativo dos 100 anos de ocupação e colonização do solo; e
2ª: Ser construído com a finalidade de se transmitir à posteridade a memória de fatos ocorridos na fundação da cidade.
Assim, é possível entender porque o referido monumento está localizado no ponto "zero", pois sua construção, conforme afirma Dr. José Wlademiro, obedeceu a um rigoroso critério, desde o histórico ao místico, constituído de três lances: Escada, Bloco de Pedra e Cruzes. Nesse sentido, esclarece-se que a Escada - Representa os estágios de desenvolvimento espiritual, no anseio de nos elevarmos da ignorância à luz. Seu simbolismo se liga ao da pirâmide em degraus: Pode-se ascender até à iluminação ou descer às trevas e à ignorância. Liga o céu à terra, e seus três principais degraus são: fé, esperança e caridade.
Bloco de pedra monolítica: Bloco de pedra é uma só peça, representa o sentimento de crença, que não apresenta ruptura e é íntegro. Serve de comunhão entre Deus e o homem. As Cruzes - Em número de quatro, representam o cristianismo, dirigidas para os quatro pontos da cidade, aspergindo a proteção de Deus.
Desta feita, afirma ainda o Dr. José Wlademiro que o "Monumento Centenário" é também um monumento ecumênico, pois, simbolicamente, representa as três principais religiões: O judaísmo, pela escada de Jacó, o islamismo pelo bloco de pedra (caaba) e o cristianismo pelas cruzes.
Finalmente, o monumento é revestido com pó de turmalina (turmalina triturada e passada em crivo), que lhe dá uma coloração brilhante; e o fundo das cruzes pintadas de branco, simbolizando a pureza, a perfeição e o absoluto, sendo a cor branca a mais relacionada com o sagrado. Estas cores (a turmalina em pó e o branco) devem ser preservadas.
Este brevíssimo registro histórico fez-se necessário para a localização temporal e espacial da saga dos bandeirantes representada no "Monumento Centenário de Guaçuí". O monumento, edificado em 1938, teve dupla finalidade: a. ser um marco comemorativo dos 100 anos de ocupação e colonização do solo; e b. a finalidade de se transmitir à posteridade a memória de fatos ocorridos na fundação da cidade.
Localizado no ponto "zero", sua construção obedeceu a um rigoroso critério, desde o histórico ao místico, constituído de três lances: Escada, Bloco de Pedra e Cruzes.
Escada: Representando os estágios de desenvolvimento espiritual, no anseio de nos elevarmos da ignorância à luz. Seu simbolismo se liga ao da pirâmide em degraus: Pode-se ascender até à iluminação ou descer às trevas e à ignorância. Liga o céu à terra, e seus três principais degraus são: fé, esperança e caridade.
A única referência bíblica a uma escada encontra-se em Gênesis 28, 12, onde o termo hebraico "sul-lam" se aplica à escada que Jacó viu em sonho. Esta escada, com um anjo, indica a existência de comunicação entre a terra e o céu; e os anjos ministram a mediação de maneira importante entre Deus e aqueles que têm a sua aprovação. Os budistas creem em que Buda subiu ao paraíso por uma escada para conversar com sua mãe.
Bloco de pedra monolítica: Bloco de pedra é uma só peça, representando o sentimento de crença, que não apresenta ruptura e é íntegro. Serve de comunhão entre Deus e o homem.
Cruzes: Em número de quatro, representando o cristianismo, dirigidas para os quatro pontos da cidade, aspergindo a proteção de Deus.
O "Monumento Centenário" é também um monumento ecumênico, pois, simbolicamente, representa as três principais religiões: O judaísmo, pela escada de Jacó, o islamismo pelo bloco de pedra (caaba) e o cristianismo pelas cruzes.
Originalmente, o monumento é revestido com pó de turmalina (turmalina triturada e passada em crivo), que lhe dá uma coloração brilhante; e o fundo das cruzes pintadas de branco, simbolizando a pureza, a perfeição e o absoluto, sendo a cor branca a mais relacionada com o sagrado. Estas cores (a turmalina em pó e o branco) devem ser preservadas.
Sem que haja algum motivo para a alteração do seu revestimento e estando em bom estado de conservação, foi feito levando em conta a fácil manutenção e baixo custo, surgiram ideias modernizantes que o descaracterizariam como uma referência cultural da cidade.
O "Monumento Centenário", além de lembrar a saga dos bravos bandeirantes, tornou-se um símbolo da cidade situado em frente à Igreja Matriz...
... Não se muda o aspecto de um monumento, pois ele retrata uma época e o sentimento de uma geração. Modificá-lo é um agressão aos antepassados e à cultura. O monumento é um patrimônio sagrado, e é dever de todo cidadão respeitá-lo e conservá-lo.
Que seria das pirâmides se fossem cobertas de ladrilhos ou pastilhadas e o Arco do Triunfo e os Moais pintados de várias cores?
O "Monumento Centenário de Guaçuí" retrata uma época. Ele é o símbolo emblemático de uma geração, do povo que lutou e fixou os limites no sudoeste do Espírito Santo... É um símbolo da cidade. É a identidade do lugar. É a sua marca.
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GUAÇUÍ/ES ENSAIO & HISTÓRIA
Colonização Desenvolvimento & Cultura Por Miguel Aparecido Teodoro https://clubedeautores.com.br/livro/guacuies-ensaio-historia