Grupos de JONGOS. Cultura Popular. Caxambu. O JONGO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E NO BRASIL

O JONGO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO E NO BRASIL

Ainda existe o 'PRECONCEITO' de que Jongo seria uma religião, motivo pelo qual confundido com a umbanda. O jongo também recebe a denominação de "macumba" e sofre a mesma demonização por parte de evangélicos. A UMBIGADA na hora da dança é ainda considerada pelas famílias mais puritanas, indecente e impróprias para apresentações públicas.

PESQUISA DO ESCRITOR, HISTORIADOR, POETA TROVADOR, COMENDADOR E MESTRE DA CULTURA CAPIXABA, CLÉRIO JOSÉ BORGES, JONGUEIRO DO GRUPO DE JONGO MARIA PRETA E ZÉ DO PORTO, da Cidade de Marataízes, sul do Estado do Espírito Santo.

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Compostos por danças, cantos, ritos e saberes populares, o jongo é uma prática de matriz africana, principalmente dos povos bantus, consolidadas no Brasil por meio dos escravizados que trabalhavam em lavouras de café e cana-de-açúcar. O Jongo envolve canto, dança e percussão de tambores.

De origem africana, está presente tanto no norte do Espírito Santo, nos municípios de São Mateus e Conceição da Barra, como no Sul, em Cachoeiro de Itapemirim, Anchieta e Presidente Kennedy.

Confundido com a umbanda, o jongo também recebe a pecha de "macumba" e sofre a mesma demonização por parte de evangélicos de linha pentecostal. Já a Umbigada era considerada indecente. Umbigada (derivado de "umbigo") ou "golpe de barriga", é um movimento de dança em vários tipos de dança afro-brasileiras. É executado com um dançarino abrindo os braços e estendendo a barriga na área do umbigo em direção a outra dançarina. Os corpos dos dançarinos podem ou não se tocar. É uma o característica básica de muitas danças importadas da região do Congo-Angola para o Brasil e Portugal, como o JONGO, o samba, fandango, batuque, tambor de crioula.

Na época da Escravidão os proprietários das fazendas permitiam que seus escravos dançassem jongo nos dias dos santos católicos – um pouco de diversão para os cativos e também para eles próprios e agregados que viviam quase que isolados em suas propriedades. No terreiro de terra batida, a fogueira era acesa e formava-se a roda. A negra mais idosa se benzia nos tambores sagrados, pedindo licença aos pretos-velhos para iniciar o jongo. Improvisava um verso, cantando o ponto de abertura. Os outros escravos presentes respondiam, cantando alto e batendo palmas. Um casal ia para o centro da roda e começava a dançar. Os jongueiros trocavam o sentido das palavras, criando um novo vocabulário e passando a conversar entre si por meio dos pontos de jongo, em uma linguagem cifrada. Desta maneira, os escravos se comunicavam com mensagens secretas, em que protestavam contra a escravidão, zombavam dos patrões, publicamente, combinavam festas de tambor e fugas.

Com o poder das palavras, os jongueiros buscavam encantar o outro pela poesia, no ritmo dos tambores. Quem recebia um ponto enigmático, tinha que decifrá-lo na hora e responder – desatar o ponto. Caso contrário, ficava “enfeitiçado” ou “amarrado”. Os tambores eram sagrados, pois, como acreditavam, tinham o poder de fazer a comunicação com o outro mundo, com os antepassados, indo “buscar quem mora longe”. No início da festa, os jongueiros se benziam, tocando levemente no couro do tambor em sinal de respeito. O jongo é uma dança dos ancestrais, dos pretos-velhos escravos, que remete ao povo do cativeiro.

No Espírito Santo, o nome jongo se refere às cantigas ou pontos entoados nas denominadas “rodas de jongos” ou “rodas de caxambu”. Caxambu, no sul do Estado do Espírito Santo, é o nome atribuído ao tambor, o principal símbolo e instrumento tocado nessas “rodas” e celebrações ritualísticas. No Norte, os jongueiros se definem coletivamente como grupos de jongo, referindo-se ao conjunto dos elementos do ritual. As “rodas” de caxambu ou jongo são realizadas por comunidades jongueiras que se reúnem para tocar instrumentos musicais (tambor, ganzá ou reco-reco), dançar e cantar de forma poética e desafiadora às diversas situações sociais vividas pelas comunidades. Se usa também, muito o termo “jongo-caxambu” para se referir a esse círculo ritualístico, dinâmico e mutável nas regiões norte e sul do mesmo Estado.

Na Feira dos Municípios 2023, na abertura do evento no dia 31 de agosto por volta das 17h30m foi realizada a apresentação dos jongueiros, Clério José Borges, Edilson Celestino Ferreira, Magnólia Pedrina Silvestre, Suzi Nunes, Beth Vargas, Zenaide Thomes Borges e a Produtora Cultural e Líder Cultural de Marataízes, Presidente de honra da Academia de Letras local, Escritora Barbara Perez, juntamente com o Cantor Ricardo de Oliveira Lemos, Presidente Executivo da Academia de Letras de Marataízes, todos integrantes do JONGO MARIA PRETA E ZÉ DO PORTO, da Cidade de Marataízes, sul do Espírito Santo.

O Grupo de Jongo Maria Preta & Zé Porto foi fundado em solenidade, em ata lavrada no dia 13 de julho de 2017, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos de Marataízes/ES. Coordenadora: Michelle Fonseca Nacif. Diretora: Bárbara Pérez. Secretaria: Eliete Fonseca, Mestres responsáveis: Domingos, Rodrigo Campos, Badah. Pesquisas e descendentes de familiares do jongo: Adauto Ferreira Lima; Dona Zezé; Dioge Câmara e antigos moradores da Rua José Brumana. Pesquisadores: Bárbara Péres, Adauto Ferreira Lima e Michelle Fonseca.

O Jongo ' Maria Preta & Zé Porto' é o resgate histórico/ folclórico e cultural da Barra do Itapemirim em Marataízes /conforme era cotidiano os pescadores, moradores e visitantes se reunirem a noite para jongar. A Fogueira era confeccionada de forma artesanal e para surpreender as crianças, os adultos jogavam folhas de abricó na fogueira que dava estalos feito tiros de bombinhas. Também se tinha o hábito de assar as batatas doces na fogueira e quem fazia o convite teria que doar as batatas.

O Jongo existe em Marataízes desde 1940 citado na Crônica de Rubem Braga ' Um Jongo entre os Maratimbas', onde o cronista narra que era imperdível ver o Preto Benedito Calunga jogar de forma 'demoníaca' o Jongo. Era tradicional os jongueiros participar das Festas das Canoas e do Divino. O Resgate é uma organização da Academia Marataizense de Letras desde 2015, por meio de pesquisas, documentos, entrevistas em vídeos, com os antigos moradores da Rua do Caick na época era conhecida como ' chácara dos macacos' e Dali nasceu o Jongo. Dona Maria Porto conhecida como Maria Preta e seu marido o pescador Zé Porto reunia os amigos em seu vasto terreiro, sendo um dos locais mais frequentado pelos jongueiros, todavia existia outros pontos de encontros do jongo. Mas conforme é do conhecimento o Porto da Barra era a entrada principal dos imigrantes, portanto dali nascia os negros e pescadores unidos aos visitantes e começavam a reunir para as tradicionais noites de dança de terreiro e os pontos de jongo. As pesquisas deu início em 2014/2015, com o historiador nativo autodidata da região o senhor Adauto Ferreira Lima e antigos moradores da Rua José Brumana que então na época do jongo era conhecida como ' Chácara dos Macacos' apelido adquirido pela frequência de negros e pescadores.

A fundação do Grupo Folclórico e Histórico de Marataízes e do Grupo de Jongo Maria Preta & Zé Porto aconteceu na Sede do SISMAPKI (Sindicado dos Servidores Públicos de Marataízes) no dia 15 de julho de 2015, com a fundação oficial e posse de seus DIRETORES, em ata lavrada em seu livro com a lista dos presentes. O Grupo de Jongo Maria Preta & Zé Porto foram apadrinhados pelos grupos folclóricos: Mestre Bento de Itapemirim, Sol e Lua de Anchieta, Caxambu Andorinhas de Jerônimo Monteiro, e Capoeira Pernada Baiana de Itapemirim, sendo definido apoio cultural/ histórico e folclórico com seus ' Mestres' dos antigos moradores descendentes dos negros africanos que deram entrada no porto da Barra do Itapemirim, atualmente Marataízes. As moradoras dona Zélia Gomes e outras narraram de forma emocionante a existência dos encontros do jongo no terreiro de dona Maria Preta e seu marido o pescador José Porto.

O Jongo ainda tem o 'PRECONCEITO' de se pensar que é religião, motivo pelo qual os descendentes dos jongueiros tem receio de participar atualmente dos encontros de jongo, já que NO Brasil existem muitos evangélicos, entretanto é uma dança africana trazida pelos negros escravizados, como forma de diversão e usavam as cantigas e os versos que são os ' pontos ', para se comunicarem entre eles e até ironizar as atitudes de seus donos, sem que os mesmos soubessem.

Em fase de andamento o processo de unir mais adeptos para fomentar em nossa comunidade o valoroso resgate folclórico. Em pesquisas consta-se no livro de crônicas de Rubem Braga a crônica ' Um maratimba entre o jongo' que cita o Negro Benedito Calunga que pulava de forma demoníaca enquanto dançava o jongo nas tradicionais festas de Nossa Senhora dos Navegantes e nas procissões do Divino, que acontecia em março no centro de Marataízes. Essa crônica está datada de 1940. Portanto o jongo existiu desde então na Barra do Itapemirim, porto de entrada dos negros e de toda imigração do século passado.

Jongo, Caxambu (as duas formas mais usuais no Espírito Santo), Batuque, Tambor ou Catambá são variantes denominativas de uma dança de roda de origem angolana encontrada em várias partes do Espírito Santo. Além de ser uma dança, é, também, um ritual em que originariamente prevalecia a função mágica, com fortes elementos de candomblé, tendo sofrido alterações a partir da incorporação sincrética da louvação a santos católicos. Constitui, ainda hoje, uma das mais ricas heranças da cultura negra presentes no folclore capixaba.

Normalmente os grupos, tanto de Jongo como de Caxambu, se compõem de cerca de 30 integrantes, homens, mulheres e crianças. A vestimenta é simples: calça comprida e camisa para os homens e saia rodada e blusa para as mulheres, enquanto os enfeites e adereços seguem o gosto de cada mestre. Essas danças têm, como uma de suas características, a movimentação dos dançarinos no sentido anti-horário, ao som de canto e música instrumental. Os passos na roda são dados deslizando-se para frente, de forma alternada, o pé esquerdo e o direito. Ao final de cada passo dá-se um pequeno pulo. Ao aproximarem o pé que está atrás, os dançarinos de vez em quando giram o corpo, principalmente os que estão diante das mulheres que dançam. O canto caracteriza-se pela alternância contínua de um solista. Os instrumentos mais freqüentes são os tambores, a cuíca, e o chocalho com sementes ou pedrinhas, além de casaca e caixas. Os tambores têm nomes próprios de acordo com a forma e o material usado na fabricação: o caxambu é o tambor maior, afunilado, sobre o qual monta o tocador enquanto toca, batendo o couro com as duas mãos, e o candongueiro é um tambor menor, que é carregado pelo tocador. Os músicos tocam os tambores.

O Jongo, também chamado caxambu, tambu e batuque, é uma forma de expressão tocada, cantada e dançada, marcada na percussão de tambores. É um elemento de identidade e resistência cultural de várias comunidades formadas a partir dos escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar do sudeste brasileiro. É um elemento de identidade e resistência cultural para várias comunidades e também espaço de manutenção, circulação e renovação do seu universo simbólico.

Registrado como Patrimônio Cultural Brasileiro em novembro de 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Jongo do Sudeste foi inscrito no Livro das Formas de Expressão. O registro teve como base a pesquisa desenvolvida pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, e teve como suporte a metodologia do Inventário Nacional de Referências Culturais.

As ações de salvaguarda são medidas que visam garantir a viabilidade do patrimônio cultural imaterial, tais como a identificação, a documentação, a investigação, a preservação, a proteção, a promoção, a valorização, a transmissão – essencialmente por meio da educação formal e não-formal - e revitalização desse patrimônio em seus diversos aspectos.

No Espírito Santo, o Iphan tem realizado visitas aos grupos em todo o Estado, a fim de conhecer melhor as realidades locais e os integrantes dos grupos, divulgando e esclarecendo os conceitos como patrimônio imaterial e salvaguarda. Essas ações têm promovido maior proximidade entre o Iphan e os detentores e uma maior mobilização entre os próprios grupos.

Por tradição os Jongos se apresentam à luz de uma fogueira que ilumina a roda e esquenta os tambores. O mestre jongueiro tira o ponto com o pedido de licença. Os pontos, classificados em licença, louvação, visaria, demanda, “encante” e despedida, são tirados em verso ou em prosa e formulados em linguagem simbólica e enigmática.

Os grupos de Jongo Capixabas em sua maioria são devotos de Nossa Senhora das Neves, Santo Antônio, São Benedito, São Bartolomeu, São Sebastião e Santa Isabel.

Na perspectiva das organizações de movimentos negros, nas quais se inclui a articulação dos jongueiros do Sudeste, o jongo é um bem cultural de comunidades que se definem como negras e/ou quilombolas dos meios rurais e urbanos dessa região do Brasil. O maior número das comunidades pesquisadas e conhecidas até o momento se encontra no Estado do Espírito Santo, com 25 grupos já mapeados.

Localização dos grupos de Jongo em atividade

1. Jongo Cacimbinha e Boa Esperança em Presidente Kennedy, Mestra Edna Maria das Neves dos Santos

2. Jongo Mestre Wilson Bento em Itapemirim, Bairro Santo Antônio, Vila do Itapemirim. Mestres: Geralda de Paula Bertolino, Anísio Bento e Cleusa Maria da Silva Gomes (Kekê).

3. Jongo de São Benedito em São Mateus, Bairro Sernambi. Mestra Dilzete Nascimento (Nega).

4. Jongo de São Benedito das Piabas em Conceição da Barra, Distrito de Barreiras. Mestre Benedito Paixão Gomes dos Santos (Santos Reis).

5. Jongo de São Bartolomeu em Conceição da Barra, Bairro Marcílio Dias - Mestra Carmem Jacinta de Almeida Solto.

6. Jongo de Itaúnas São Benedito e São Sebastião em Conceição da Barra, Vila de Itaúnas. Mestre Benedito Conceição dos Santos.

7. Jongo de São Cristóvão em São Mateus – Comunidade de São Cristóvão – Mestre Antônio Nascimento.

8. Jongo de São Benedito em São Mateus, Comunidade São Benedito (Beira-Rio) - Mestra Maria Justina.

9. Grupo de Jongo de São Benedito Sol e Lua, cidade de Anchieta;

10. Jongo Crispiniano Balbino Nazareth, no município de Itapemirim;

11. Jongo de Nossa Senhora de Sant’Ana, bairro Santana Velha, em Conceição da Barra;

12. Jongo de Santa Bárbara, comunidade quilombola de Linharinho, Conceição da Barra;

13. Jongo de São Cosme e Damião, comunidade quilombola de Porto Grande, Conceição da Barra;

14. Jongo de Santo Antônio, da comunidade quilombola de São Cristóvão, meio rural do município de São Mateus.

15. Grupo de Jongo Maria Preta & Zé Porto, da Cidade de Marataízes, Sul do Estado do Espírito Santo. O Grupo de Jongo Maria Preta & Zé Porto foi fundado em solenidade, em ata lavrada no dia 13 de julho de 2017, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos de Marataízes/ES. Coordenadora: Michelle Fonseca Nacif. JONGUEIROS: , Clério José Borges, Edilson Celestino Ferreira, Magnólia Pedrina Silvestre, Suzi Nunes, Beth Vargas, Zenaide Thomes Borges e a Produtora Cultural e Líder Cultural de Marataízes, Presidente de honra da Academia de Letras local, Escritora Barbara Perez, juntamente com o Cantor Ricardo de Oliveira Lemos, Presidente Executivo da Academia de Letras de Marataízes, todos integrantes do JONGO MARIA PRETA E ZÉ DO PORTO, da Cidade de Marataízes, sul do Espírito Santo.

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HISTÓRICO E BIOGRAFIA DO AUTOR DO PRESENTE TEXTO E FUNDADOR DO NEOTROVISMO, MOVIMENTO DOS POETAS TROVADORES BRASILEIRO E JONGUISTA CAPIXABA.

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Nome: Clério José Borges de Sant´Anna

End. - Rua dos Pombos, n.º 2 – Eurico Salles

Carapina – Serra – ES.

CEP: 29.160 – 280.

Tel.: (027) 3328 07 53

(27) 9 92 57 82 53

E-MAIL: clerioborges2013@gmail.com;

HOME PAGE: https//clerioborges.com.br

DADOS PESSOAIS

Data de Nascimento: 15 de setembro de 1950.

Naturalidade: Bairro de Aribiri, Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo

Nacionalidade: Brasileiro

Estado Civil: Casado

Nome do Pai: Manoel Cândido de Sant´Anna

Nome da Mãe: Lyra Borges de Sant´Anna

Cônjuge: Zenaide Emília Thomes Borges

Filhos: Clérigthom Thomes Borges - Nascido a 23 de julho de 1979.

Cleberson José Thomes Borges – Nascido a 18 de novembro de 1981.

Netas:

Christal Fraga Borges

Marina Araújo Borges.

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TROVA HOMENAGEM:

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ENTRE OS VULTOS DE VITÓRIA,

SEM MEDO DE DESPAUTÉRIO,

QUEM TERÁ LUGAR NA HISTÓRIA

É O AMIGO POETA CLÉRIO.

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TROVA DO SAUDOSO PROFESSOR

FRANCISCO FILIPACK, DE CURITIBA/PR

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BIOGRAFIA RESUMIDA:

Clério José Borges é Escritor, Historiador, Poeta, Comendador e Trovador Capixaba e nasceu no dia 15 de setembro de 1950, no antigo Patrimônio Quilombola de Aribiri, bairro do Município de Vila Velha, ES, na antiga Rua São José, atual Rua Ramiro Leal Reis, ao lado do Campo do Santos Futebol Clube, no Município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo. Filho do Estivador Manoel Cândido de Sant Anna e da Costureira Lyra Borges de Sant Anna.

Clério José Borges trabalhou profissionalmente, como Jornalista do Jornal "A Tribuna", de Vitória, ES. Foi Jornalista iniciante (Foca) e promovido, em seguida, a Repórter e depois a Redator, chegando a função de Chefe de Reportagem, com Carteira Profissional assinada de 01/08/69 a 11/02/70 e de 01/03/71 a 05/07/72. No Jornal A Tribuna, além de Repórter, Redator e Chefe de Reportagem foi comentarista de Cinema. Trabalhou com os consagrados Jornalistas da Imprensa Capixaba, Marien Calixte, Plínio Marchini, Rubinho Gomes, Paulo Bonates, Sérgio Egito, Nelson Serra e Gurgel, Marcelo Rossoni, Maura Fraga, Paulo Maia, Pedro Maia e Vinicius Paulo Seixas e Cláudio Bueno Rocha. Depois teve uma ligeira passagem pelo Jornal O Diário, (já extinto), também de Vitória, ES.

Fundou e preside desde 1º de julho de 1980 o Clube dos Trovadores Capixabas CTC, que em Assembleia Geral Extraordinária realizada no sábado, dia 18 de novembro de 2017, em Eurico Salles, no Município da Serra no Espírito Santo foi transformada em Academia Capixaba de Letras e Artes de Poetas Trovadores, de sigla ACLAPTCTC. Clério é líder na realização de eventos culturais no Estado do Espírito Santo, promovendo anualmente, desde 1981, os Seminários Nacionais da Trova, atualmente denominados Congressos Brasileiros de Poetas Trovadores. Foi fundador e primeiro Presidente da Academia de Letras e Artes da Serra, ALEAS, fundada no dia 28 de agosto de 1993.

É morador do Município da Serra, ES, desde o dia 20 de fevereiro de 1979, data em que se mudou de Vila Velha para o bairro Eurico Salles, Distrito de Carapina, Serra, ES. É cidadão Vilavelhense por nascimento, cidadão Serrano desde 26 de dezembro de 1994 e cidadão da cidade de Cariacica, ES, desde o dia 14 de julho de 2022.

Funcionário Público Estadual Aposentado tendo atuado na área da segurança pública estadual, exercendo o cargo de Escrivão de Polícia Civil durante 35 anos, onde foi premiado com Elogios e as Medalhas de Bronze, Prata e Ouro da Polícia Civil Capixaba devido à excelência nos serviços prestados em prol da sociedade capixaba. Durante sua vitoriosa carreira policial, Clério José Borges trabalhou em várias Delegacias e exerceu vários cargos de chefia, de modo especial o cargo de chefe de Apoio Administrativo do Departamento de Polícia Judiciária da Serra. Durante seu trabalho como Escrivão de Polícia, anotou gírias e jargões que serviram de base para o lançamento em 2012, de um Livro com cerca de 10 mil Gírias e Jargões da Malandragem.

Foi Conselheiro Titular do Conselho Estadual de Cultura do Espírito Santo, durante quatro anos, de 04/01/1989 a 18/02/1993, onde foi eleito e atuou como Secretário e Vice-presidente do CEC-ES. A designação em 04/01/1989, Decreto Nº 08-P, de 04 de janeiro de 1989, publicado no Diário Oficial do E. Santo foi assinada pelo Governador do Estado, Dr. Max Freitas Mauro, com duração até 1991. Nova nomeação pelo Governador do Estado, como Conselheiro Titular da área de Literatura, representando o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas, em 1991, com duração até 18/02/1993. Conselheiro Suplente de 1994 a 1997. Após 1997 e até o ano 2000, passou a pertencer à Câmara de Literatura do referido Conselho, CEC-ES. Durante o período de atuação no CEC como Conselheiro Titular por quatro anos, exerceu a atividade de Secretário do Plenário e foi eleito, Vice-Presidente por votos dos Membros do Colegiado. Membro da Câmara de Literatura do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo. Na Câmara e no CEC, fez parte de várias Comissões criadas, apreciando processos, emitindo pareceres e participando de Tombamentos históricos, como o Tombamento das ruínas da Igreja de São José do Queimado e tombamento da Mata Atlântica do Espírito Santo.

Clério José Borges foi nomeado pelo Decreto 9905/97, de 24 de setembro de 1997, para compor o primeiro Conselho, como Conselheiro Titular da Área de Literatura, ficando como suplente o Escritor Valdemir Ribeiro Azeredo. A lei que instituiu o Conselho de Cultura da Serra foi de autoria da então Vereadora Márcia Lamas e foi sancionada pelo Prefeito da Serra da época, João Baptista da Motta. Foi do Conselho Municipal de Cultura da Serra, de 24/09/1997 a 20/07/2012, ou seja, durante o período de 14 anos, 09 meses e vinte dias. É Senador da Cultura, título recebido pela Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede na Cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo. É Mestre da Cultura Capixaba desde 30 de setembro de 2023, título recebido em evento folclórico realizado na Praia da Costa em Vila Velha, ES.

Depois de cinco anos de pesquisas, em 1998 publica o Livro "História da Serra", contando a verdadeira história da colonização do município da Serra, com a chegada dos Índios Temiminós do Rio de Janeiro sob o comando do cacique Maracajaguaçu e que, em 1556, se une ao Padre Jesuíta, Braz Lourenço e funda a Aldeia de Nossa Senhora da Conceição, que dá origem a atual cidade da Serra. A 1ª Edição do Livro foi eleita em abril de 1999, como o Melhor Livro do ano de 1998, publicado em prosa no Brasil e a cerimônia oficial de premiação foi realizada sob a presidência da Professora e Acadêmica, Maria Aparecida de Mello Calandra, IWA, Presidente da Sociedade de Cultura Latina do Brasil em Mogi das Cruzes, São Paulo no dia 08 de maio de 1999, no Teatro Municipal Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Dr. Corrêa, 515, Centro Histórico, na Cidade de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo.

No dia 15 de setembro de 2005 Clério José Borges foi homenageado como historiador do Município da Serra em solenidade realizada na Sala de Reuniões Flodoaldo Borges Miguel, no Plenário da Câmara Municipal da Serra. Na ocasião Clério recebeu uma Placa Especial, Diploma de Honra ao Mérito, Historiador Serrano. No dia 10 de fevereiro de 2007, em pleno Carnaval Capixaba, Clério José Borges foi homenageado, no Sambão do Povo, em Vitória, ES, como Historiador, pela Escola de Samba, Rosas de Ouro, do Município da Serra, Espírito Santo, presidida pelo Carnavalesco, Marcos Caran. Clério desfilou como Destaque num Carro alegórico pois o enredo "Serra 450 anos de Fundação”, foi baseado no Livro História da Serra, de Clério José Borges.

Pertenceu a Pastoral Familiar (preparação de noivos para o casamento) da Comunidade Católica São Paulo Apóstolo, da Paróquia São José Operário de Carapina, Serra, ES, junto com sua esposa Zenaide Emília Thomes Borges e, a vizinha e amiga, Magnólia Pedrina Sylvestre. Serviu na Pastoral Familiar de 19 de março de 2005 até o dia 19 de agosto de 2022. Foi Ministro da Palavra, comentando, ou seja, partilhando a palavra do Evangelho nas celebrações que são realizadas em substituição a Missa, na Comunidade Católica São Paulo, Paróquia São José Operário, de 05 de agosto de 2008 até o dia 19 de agosto de 2022.

A Igreja Católica possui o laicato, que é presença de pessoas não ordenadas que substituem os Padres em ações dentro da Igreja, dirigindo celebrações, partilhando o evangelho e exercendo algum tipo de serviço engajado nas pastorais e ministérios. A função dos leigos foi ampliada por ocasião do Concílio do Vaticano II (1962-1965), quando os leigos passaram a ter uma atuação mais ativa na Igreja, por causa da falta de padres em muitas comunidades. Para ser habilitado como Ministro da Palavra teve uma formação ministrada pelo Padre Comboniano, o Italiano Pedro Settin.

Envolvido em lutas comunitárias desde o dia 22 de abril de 1979, participando da fundação do Movimento Comunitário do bairro Eurico Salles, na Serra ES, tendo sido o primeiro Vice-Presidente. Clério possui pouco mais de quinze livros publicados, sendo alguns individuais e outros como organizador de Coletâneas e Antologias, destacando-se as obras, “Serra, Colonização de uma Cidade” e o livro “Dicionário Regional de Gírias e Jargões" e a mais recente obra, “A Mulher Heroína do Queimado, Aisha Keto Korowe Detokumbo, Benedita Torreão, Princesa que veio de além-mar.”

Sua formação inicial foi no Colégio Nossa Senhora da Penha, dos Irmãos Maristas, da Cidade de Vila Velha onde estudou o então os Cursos Primário, Ginasial e Científico, que em 2024 correspondia aos Cursos de 1º e 2º graus. No Colégio Maristas, Clério foi também Redator Chefe do Jornal Estudantil O PIONEIRO, em 1967. A Edição do Jornal O PIONEIRO, setembro do mesmo ano de 1967, consta uma reportagem Especial de Clério Borges, com o Título “O Velho Matias”, sobre a descoberta de Petróleo em São Mateus – ES. Como Diretor de Jornalismo do Grêmio Estudantil “Nossa Senhora da Penha”, do Colégio Marista de Vila Velha, organizou o Concurso Nacional Literário “Padre Champagnat” que recebeu de 1º de julho a 15 de outubro de 1967, (dia dos 70 anos da chegada dos Maristas no Brasil), mais de 3 mil redações de aluno Maristas de todo o Brasil. Formou-se em Técnico em Contabilidade. Estudou Direito e Pedagogia na UFES - Universidade Federal do Espírito Santo. Em 1975 classificou-se em 11º Lugar no Exame Vestibular de Direito da UFES, onde haviam cerca de 300 inscritos e apenas 80 vagas. Já em 1979, classificou-se em 21º Lugar no Exame Vestibular de Pedagogia.

No dia 18 de junho de 1987, Clério José Borges concedeu inclusive entrevista a Lúcia Leme, em Rede Nacional, no programa "Sem Censura" da TV Educativa do Rio de Janeiro. O programa Sem Censura começou a ser exibido em 1985 pela antiga TVE, do Rio de Janeiro. É um programa de entrevistas, exibido à nível Nacional, antes pela TV Educativa e depois pela TV Brasil, exibido de segunda a sexta-feira, no período da tarde. O programa já foi apresentado com Lúcia Leme de 1986 a 1996; Leda Nagle, de 1996 a 2017, sendo depois de 2017, apresentado por Vera Barroso. Em 26 de fevereiro de 2024 estava sendo comandado pela apresentadora Cissa Guimarães. Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1957), mais conhecida como Cissa Guimarães, é uma atriz e apresentadora brasileira.

Em 1987, o CTC, Clube dos Trovadores Capixabas completava sete anos de fundação. Em 1984, por causa da fundação do CTC, o Escritor Eno Teodoro Wanke fundara a FEBET, Federação Brasileira de Entidades Trovistas, reunindo em um único órgão, os vários Clubes e Associações fundados no Brasil, seguindo a estrutura do CTC. O Escritor Eno logo publica um livrote (livro de poucas páginas) denominando o movimento que se iniciava no Brasil em torno da Trova de Neotrovismo. A ida de Clério José Borges no dia 18 de junho de 1987, saindo da cidade da Serra até os estúdios da TV Educativa no Rio de Janeiro, segundo o próprio escritor e historiador da Trova no Brasil, Eno Teodoro Wanke marca e consolida o início do movimento do Neotrovismo no Brasil.

Para divulgar e defender o movimento em torno da Trova no Brasil, denominado Neotrovismo, no ano de 1990, Clério José Borges participa como Convidado Especial, representando o Estado do Espírito Santo, do 1º Congresso Brasileiro de Poesia e Encontro Latino de Casas de Poetas, nos dias 20 a 22 de abril de 1990, na cidade de Nova Prata, interior do Rio Grande do Sul. Clério José Borges proferiu palestra junto com os Escritores: a) Eno Theodoro Wanke (RJ), do Rio de Janeiro; b) Antônio Juraci Siqueira, do Estado do Pará; c) Cláudia Alencar, poeta e atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; d) Aracy Balabanian, atriz de novelas da Rede Globo de Televisão; e) Ronaldo Cunha Lima, então Governador da Paraíba e Poeta. A organização do Congresso foi do Escritor Ademir Antonio Bacca, com o apoio do Poeta Nelson Fachinelli.

Clério José Borges pertence ainda as Academia de Letras de Marataízes, Academia de Letras da Cidade de São Mateus, Academia de Letras de Vila Velha, Academia de Letras de Cachoeiro de Itapemirim, Academia de Letras da cidade de Iúna, na região do Caparaó. É Associado do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e do Clube de Intelectuais Franceses. Pertence ainda ao Movimento Poético Nacional, MPN, com sede no Estado de São Paulo; Sociedade de Cultura Latina do Brasil, com sede em Mogi das Cruzes, SP; Casa do Poeta Brasileiro, Poebras, de Porto Alegre, RS; Academia Petropolitana de Letras, da Cidade de Petrópolis, (RJ); Academia Brasileira da Trova, com sede no Rio de Janeiro e Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas, ALCEAR, bem como inúmeras outras entidades, Associações e Academias no Brasil e no Exterior.

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