A Era do Capital Improdutivo.

A Era do Capital Improdutivo, você conhecerá um compilado de pesquisas e estudos sobre como o capitalismo global gera impactos econômicos e sociais em todo o mundo.

O livro “A Era do Capital Improdutivo”, do autor Ladislau Dowbor, é um acervo de pesquisas e discussões sobre como grandes instituições financeiras dominam o sistema produtivo do mundo.

O autor, explica como através de juros e enormes tarifas, os bancos, assim como outras instituições importantes, geram uma exploração de recursos, que por sua vez, resultam em crises econômicas sem precedentes.

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Quem é Ladislau Dowbor?

Ladislau Dowbor, é formado em economia política pela Universidade de Lausanne, Suiça. Além disso, Dowbor é Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, Polônia (1976).

Atualmente, o autor dá aulas de pós-graduação na PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), nas áreas de economia e administração. Sem contar que, ele atua como consultor para diversas agências das Nações Unidas, governos e municípios, além de várias organizações do sistema “S” (Sebrae e outros). Atua como Conselheiro no Instituto Polis, IDEC, Instituto Paulo Freire, Conselho da Cidade de São Paulo e outras instituições.

Ladislau Dowbor sempre trabalhou com foco no ensino e na organização de sistemas de planejamento. Entre 1980 e 1981, ele foi consultor do Secretário Geral da ONU, na área de Assuntos Políticos Especiais. (Fonte)

Em primeiro lugar, o professor Ladislau Dowbor fala sobre as causas do desequilíbrio estrutural da qualidade de vida das pessoas. De acordo com ele, existem alguns pilares fundamentais que contribuem para que apenas uma minoria usufrua das “coisas boas do mundo”.

Antes de tudo, Dowbor aponta o desmatamento como sendo uma doença do planeta causada pelo ser humano. Com um gráfico sobre as macrotendências, ele revela uma curva acentuada – de dois séculos e meio – de exploração dos recursos naturais. Uma curva que não corresponde ao mesmo número de pessoas no mundo.

Em outras palavras, consumimos muito mais do que precisamos para sobreviver e isso não faz sentido!

E, de acordo com o pesquisador, isso está diretamente associado ao sistema capitalista. Onde o consumo desenfreado vale mais do que qualquer razão ou sentido – do porquê de consumirmos coisas das quais, muitas vezes, sequer precisamos.

Desigualdade Estrutural.

Em seguida, Dowbor aponta para algo alarmante. Embora nos últimos anos, o mundo tenha “tirado” 1 bilhão de pessoas da linha da pobreza. Ainda lidamos com números preocupantes.

Segundo o professor, a falta de um sistema de governança adequado e inclusivo, contribui para uma dinâmica exclusiva.

Não existe nenhuma razão objetiva para a miséria. Mas, claramente, existe um sistema de apropriação de riqueza de papeis. Onde “papeis rendem”.

Um retrato que reflete os valores morais e financeiros do mundo, diz que, de modo geral, “quem nasce pobre permanece pobre e quem enriquece já nasceu bem”.

Em síntese, como uma criança pobre que nasce num lar sem o básico para sobreviver, conseguirá alcançar as mesmas oportunidades de uma criança que nasce em um lar repleto de opções?

A fome, o desamparo, os dramas familiares, entre outras questões – afetam a forma como as pessoas enfrentam as circunstâncias futuras e, obviamente que, isso resulta em uma desigualdade estrutural.

A Pirâmide da Riqueza Global.

No topo da pirâmide se encontram os adultos mais ricos do mundo. Cada um deles tem, pelo menos, 1 milhão de dólares cada. Cerca de 33 milhões de pessoas se encontram no topo. Ou seja, 0,7% do total de adultos do planeta. Sendo que, boa parte de suas riquezas não são de produtores, mas sim de papeis financeiros.

Em resumo, menos de 1% da população mundial tem mais riqueza do que os outros 99% da população.

O que é mais bizarro nisso tudo é que: Atualmente, apenas 8 pessoas de todo o mundo detêm a mesma riqueza que a metade mais pobre do mundo!

Como Funciona o Controle Corporativo.

No capítulo seguinte, o professor Dowbor fala sobre o controle corporativo. Nesse sentido, empresas compram empresas, a fim de deter todo o controle financeiro do mundo.

O principal objetivo desse controle é se manter no poder econômico, político e cultural.

Dowbor explica que para que esse controle se mantenha funcionando, ele precisa ser pouco conhecido. Isto é, não pode ser difundido e deve se manter “debaixo dos panos”.

Em outras palavras, existe um grupo “fortemente amarrado” que dita regras sobre como a economia global deve funcionar. É claro que isso causa enormes impactos em toda a população, que se vê a mercê de inflações absurdas e astronômicas.

Quando existe uma ausência de governança mundial, as regulações que ocorrem no mundo ficam fora de controle. Nesse sentido, o professor diz que há um “vale-tudo global”.

Portanto, sem teorias da conspiração, entende-se que realmente existe um poder mundial. Trata-se de um controle que está nas mãos de quem detém a maior parte do dinheiro.

A Diluição de Responsabilidade.

Nesse ponto, o professor Dowbor fala sobre como é “fácil” se isentar da responsabilidade de crime corporativo.

Em síntese, o que importa é o resultado financeiro (das grandes instituições, é claro).

Além disso, é comum que haja um desinteresse por parte da mídia, que por sua vez, seria o maior canal de comunicação direto com a população, em informar-se sobre esse tipo de ação. Raras são as vezes que alguém resolver publicar algo sobre crime corporativo.

Como exemplo, basta olhar para a Vale no Brasil. Que mesmo diante de um crime ambiental de extrema magnitude (Mariana-MG), viu-se “livre” para cometer outro crime, dessa vez ambiental e contra a humanidade (Brumadinho-MG). Isso ocorre, justamente pelo papel econômico da empresa no mundo.

E, não será uma surpresa, se um novo crime acontecer em breve…

Evidentemente, não há a necessidade do reconhecimento de culpa corporativo. Afinal, os acordos judiciais giram na casa dos bilhões de dólares.

Como resultado disso, vivemos um caos social. E, quando nos deparamos com crises globais, como o caso da pandemia, por exemplo, o problema fica ainda mais latente!

Por fim, vale dizer que não existe ética no mundo das corporações. Pois, os interesses econômicos ditam as regras. E, financeiramente falando, o dinheiro não é compatível com a moral.

Escrito por Equipe Resumão de Livrosem outubro 28, 2021.

Resenha publicada pelo site: https://resumaodelivros.com.br/resumo-de-a-era-do-capital-improdutivo/

Trabalho postado por Edjar Dias de Vasconcelos, objetivando a difusão do livro em referência, devido a importância da qualidade do Livro, sobretudo, objetivando como funciona o neoliberalismo e produção da pobreza estruturada.

Edjar Dias de Vasconcelos Bacharel em Teologia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção - Arquidiocese de São Paulo Puc, com graduação máxima, nota dez no Exame De Universa Theologia.

Edjar estudou latim, grego, aramaico, alemão, francês e espanhol, com formação também em Filologia, estudou direito canônico e pátrio, formulador como tese em Astrofísica, O Princípio da Incausalidade.

Autor de diversos artigos científicos publicados em sites.

Licenciado em Filosofia, Sociologia e História, formado em Psicologia, com registro pelo Mec, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC-MG, outras Universidades, como as Federais e o Mackenzie, estudando sempre política e economia.

Experiência na orientação de estudos em temas diversos. Professor convidado do Instituto Parthenon - Instituto Brasileiro de Filosofia e Educação-www.institutoparthenon.com.br

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 12/03/2024
Reeditado em 12/03/2024
Código do texto: T8017932
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