A vida em sua complexidade não tem sentido, a ausência total de finalidade, deus não existe e a cultura fundamenta-se em mentiras metafisicadas.
Olha tudo no mundo, do ponto de vista cultural é ideologia, não existe a verdade analítica, o mundo é hermenêutico, a exegese não tem fundamento.
O que há no mundo é a mentira metafísica, qual é o sentido da existência, não há finalidade, a vida de certo modo, é perda de tempo, razão pela qual a vida é muito boa.
Portanto, viver é absurdo, suicidar é mais absurdo ainda, pelo fato de ser covardia por não aceita a realidade como ela é, do ponto de vista da existência, não tem como o mundo ser diferente.
Com efeito, a realidade é cruel, somos produto de uma imposição hormonal sexual, sobretudo, do macho, a necessidade da eliminação do hormônio tetosterônico, é assim com o boi, com o sapo e com o homem.
Todavia, com efeito, nada tem sentido, mesmo assim, você não deve ser fruto do desespero.
Se a vida tivesse alguma finalidade a existência seria uma desgraça contínua.
Tudo na realidade do ponto de vista da existência, está certo, não teria como ser diferente, o sapiens teve muita sorte de ser sapiens, maior glorificação é entender a significação da cultura, a alienação antropológica do espírito.
A ideologização da cultura é a representação da tragédia humana, sendo o homem escravo do outro homem, pelo fato que o homem é escravo de si mesmo.
Eu vivo bem com o absurdo, gosto da ausência de sentido em tudo, a minha liberdade fundamenta-se em não ter ideologia.
Deus é o fundamento da loucura do homem, do delírio humano, da psicopatização da existência, acreditar em deus é a revelação da memória cognitiva permanente doente.
Já disse nada tem sentido, não tem finalidade a nossa existência, a miséria humana é cultural, a cultura é o mal do mundo, a mesma não liberta o homem, apenas escraviza.
Muito difícil o homem não ser escravizado, sobretudo, da cognição empobrecida, o homem culturalmente não tem domínio do cérebro, o cérebro não controla ele mesmo.
Deste modo, o homem é produto do cérebro escravizado, sendo assim, o homem é o seu cérebro ideologizado.
Motivo pelo qual não levo nada a sério, assim sendo, tenho uma vida leve, suave, não tenho necessidade da sociabilidade, sinto feliz por não depender de deus, não gosto de deus, porque sei que ele não existe, sendo o referido apenas uma ideologia de dominação.
Vivo a vida com a mais absoluta certeza que brevemente perderei a minha existência, serei apenas a energia da força do átomo quântico, dissolvido como poeira química do universo, tal propósito é magnífico.
Edjar Dias de Vasconcelos.