FORA DA CAIXA...UMA SINGELA HOMENAGEM AOS ARTISTAS E A ARTE ... 🍱 📤 🖼️ 🃏 🤡...

FORA DA CAIXA.

A arte ganha as ruas

Sem amarras,

Sem molduras.

O palco é a cidade,

Caótica, urbana,

Nua e crua.

O muro já não separa.

A beleza se revela

Onde menos se espera:

Num painel colorido,

Nos versos que suavizam

As duras linhas de concreto,

Na melodia de uma música,

Nos passos improvisados

De uma dança...

A arte

Vêm ao encontro do povo

Dá o ar da graça

Fora dos prédios,

Numa praça ensolarada,

No colorido do morro,

Na liberdade que dá asas à criação

E eu, bicho urbano,

Deixo me captar pela poesia.

Meus sentidos se aguçam,

Minha sensibilidade aflora.

Vejo desabrochar a beleza

Na rudeza do concreto,

No cotidiano que nos esmaga,

No tédio que nos anestesia.

Brota a alegria

E o meu coração palpita.

Viva a arte viva!

Viva!.

Poesia feita pela minha irmã Mari

Watanabe, aqui do R.L.

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Que linda mensagem minha querida irmã, realmente a alma do artista é livre, bem como a condução e os passos da sua criação, ou seja, quando ele projeta seus movimentos, sua fala, sua voz, sua escrita para fora do seu universo, ele doa muito de si e tenta expressar aquilo que ele está sentindo, suas emoções e sensações, com todo o seu despojamento.

Assim acontece com todos nós na arte da nossa escrita, ao escrevê-la nos libertamos, transcendemos o tempo e sublimamos em palavras as nossas emoções; e mesmo que não percebamos a arte está em tudo que nos rodeia, quer seja na leitura, na pintura, nos desenhos, nos murais, na fotografia, na dança, no teatro, na música, no cinema, etc...

Realmente é um grande palco, em um cenário livre das "amarras e das molduras", pois a alma do artista é livre, despojada de valores pré estabelecidos, livres de pré conceitos, de rótulos e ao passar a sua mensagem ele transporta a sua plateia a lugares inimagináveis, muitas vezes com um poder transformador muito profundo, que nem mesmo o próprio artista têm a dimensão de onde ele consegue alcançar.

Através da sua linguagem ele pode transgredir, trazer uma reflexão crítica e aprofundada da nossa realidade social e histórica; passamos a conhecer a cultura, as crenças, os desejos, os sonhos e o modo de funcionar de uma determinada sociedade e suas mudanças históricas, enfim, a arte passa a ser vista como expressão das necessidades de uma cultura, de um povo, de um País...

E como está nos versos, a arte proporciona o aguçar dos nossos sentidos e da nossa sensibilidade.

Sim, a arte ajuda na expressão dos nossos sentimentos e assim nos tornamos mais sensíveis às emoções das outras pessoas, desperta a nossa empatia, pois podemos conhecer outras realidades , outros modos de viver nas suas diversas expressões artísticas.

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Freud por meio do texto "Reflexões para os tempos de guerra e morte", escrito em 1915, acreditava que através da ficção, da literatura, do teatro, se podia "compensar" o que a vida nos tirou, ou seja, a arte seria um substituto para as nossas perdas e através dela podemos repetir o "jogo da vida".

Ele diz também que através da arte nos reconciliamos com a morte, essa realidade imutável. Como só podemos viver uma vida, no campo da ficção podemos nos deparar com a "pluralidade de vidas".

Segundo ele, " morremos na identificação com um herói, mas estamos dispostos a morrer outra vez, como outro herói".

Em 1920 surge na França o surrealismo, um movimento com muita influência da Psicanálise de Freud, mostrando a importância do inconsciente na criatividade das pessoas . Ali a arte foge do comum, usa-se de muita criatividade e humor dando forma ao impossível, ao que não pode ser real.

Os artistas surrealistas buscavam através do inconsciente e dos sonhos explorar a criação dessas imagens. Assim, as artes, a literatura rompiam com os padrões comportamentais e morais socialmente estabelecidos , fugindo de uma realidade previamente imposta, os valores da burguesia.

Para Freud, a criatividade deveria ser livre de vícios e amarras vindo das profundezas da psique, do inconsciente humano; a arte deveria nascer do irracional, dos sonhos, cujas imagens e sensações proporcionadas e vivenciadas deveriam ser valorizadas, em detrimento do previamente conhecido.

Alguns artistas surrealistas:

O brasileiro Cícero Dias, os pintores Salvador Dali, Pablo Picasso, o escultor italiano Alberto Giacometti, os escritores franceses André Breton, Paul Éluard, Louis Aragon, o alemão Max Ernst, os franceses Marcel Duchamp e Francis Picabia.

Na obra de " Sigmund Freud, Edson Sousa e Paulo Endo" descrevem a relação de Freud com a arte:

" Freud sempre foi um admirador da arte. Insistia em inúmeros momentos no fato de que muitas vezes os artistas antecipavam as verdades mais essenciais do psiquismo humano. E encontrou na obra de muitos escritores a imagem necessária para a explicação de suas teorias: Em Sófocles, a imagem de Édipo; em Dostoiévski, o labirinto da culpa e em Shakespeare, especialmente em Hamlet a dívida em relação ao pai. Para ele as três obras primas da história da literatura são justamente dos três autores mencionados: Édipo Rei, Hamlet e os Irmãos Karamazov."

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Ouçam a música em homenagem aos artistas e à arte: 🎨 🃏🤡🖼️

" A busca do artista é o remédio

para o vazio da existência.

A cura do palhaço é o sorriso.

que desmonta a resistência.

Se eu não colocar para fora

todo medo que eu sinto agora,

Em colapso vou entrar ".

https://youtu.be/101sr77phj4

si=GrX3BFzAhSuUOWD9

Lélia Angélica
Enviado por Lélia Angélica em 11/12/2023
Reeditado em 11/12/2023
Código do texto: T7951467
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