Como de fato foi a crucificação de Jesus Cristo.

Sou Bacharel em Teologia, durante anos estudei a pena aplicada a condenação por crucificação, uma pena dada exatamente por questões políticas.

A pena por crucificação não podia ser aplicada ao cidadão romano, tão somente aos estrangeiros, referia-se especificamente as ações de terrorismo contra o Estado romano.

Qualquer pessoa poderia ser crucificada, pelo fato de ter agido com violência contra o poder político dos Imperadores de Roma.

A punição era severa, o indivíduo não podia ser sepultado, sempre exposto a entrada da cidade para servir como exemplo, até o corpo do crucificado ser devorado por animais, sobretudo, pássaros canívoros, posteriormente, os ossos eram sepultados.

Ninguém poderia aproximar de um crucificado, sepultá-lo era imposível, se alguém tentasse aproximar de um crucificado, seria também crucificado.

Antes da pessoa ser pregada na cruz, era torturada cruelmente, ficava dias exposto ao sol até morrer por exaustão na cruz, um sofrimento insuportável.

O Estado romano crucificava sempre muitas pessoas diariamente, antes do indivíduo ser crucificado ele era preso, pois contrariamente, praticava o seu próprio suicídio.

Então vocês não fazem ideia o quanto Jesus Cristo sofreu, todos os irmãos de Jesus foram também crucifados.

Jesus teve cinco irmãos, sendo eles por ordem de nascimento, Tiago, José, Jesus, Simão e Judas.

O primeiro a ser crucificado da família de Jesus foi Tiago o Justo, motivo pelo qual ajudou a Jesus radicalizar contra o domínio de Roma sobre a Palestina.

Entretanto, o verdadeiro motivo de Jesus lutar contra o Império romano, foi a escravização do povo palestino.

O que é interessante, Jesus Cristo foi morto pela extrema direita romana, hoje os crentes são da extrema direita no Brasil.

Era um jovem seminarista cursando Teologia para ser padre, fiquei apaixonado pela história de Jesus.

Desejava entender a dimensão do sofrimento de Jesus Cristo e qual teria sido o verdadeiro motivo de Jesus ter envolvido em política.

Naquela época a Palestina tinha aproximadamente vinte mil habitantes, foram mortos oito mil e crucificaram 600 pessoas.

Uma região muito pobre, só tinha areia, os jovens eram sequestrados e vendidos como escravos no ocidente, as moças da região também transformadas em escravas, eram estupradas pelos soldados romanos.

A região da Palestina não era constituída como Estado, então o povo formava grupos militarizados para guerra como hoje é o Hamas na Faixa de Gaza.

Jesus Cristo pertencia ao grupo dos zelotas, o Hezbollah da época do domínio romano.

O meu estudo a repeito da crucificação de Jesus me levou ao ateismo por diversos motivos.

Primeiro me fez entender que o Mistério da Santíssima Trindade foi uma mentira articulada pela Igreja Católica, então, como Jesus poderia ser o primogênito, quando era o terceiro filho de Maria.

Com efeito, Jesus não poderia ser o resultado da encarnação do Deus Javé, na formação da trilogia, Pai o Deus Javé, Filho a própria figura de Jesus Cristo, como o Deus Javé, Espírito Santo o Jesus Cristo ressuscitado.

Comecei a refletir, ao saber que a verdadeira história de Jesus Cristo é outra, eu não sei mentir, muito menos ser cínico, estava perdendo a fé.

Era evidente que Jesus Cristo nunca foi Deus, entretanto, quando entendi a crucificação, o meu ateismo efetivou-se definitivamente.

Jesus não foi sepultado imediatamente, após a crucificação, não poderia ser, então como Jesus ressuscitou ao terceiro dia, quando parte da sua carne estava dentro do intestino de pássaros carnívoros.

Todavia, a história da crucificação de Jesus me fascinava, quanto mais estudava mais ficava ateu, então, como Jesus subiu ao céu no terceiro dia, quando estava ainda pregado na cruz sendo devorado por animais.

O túmulo de Jesus uma farsa, hoje serve apenas para dar lucro ao Estado de Israel através do turismo religioso.

Como seminarista de fato estudava, jamais imaginaria que a verdadeira história de Jesus Cristo me levaria ao ateismo, muito menos poderia pensar que a bíblia seria a verdadeira fonte do meu ateismo.

Hoje eu não sou padre, não tem como ser, o homem está sozinho neste planeta, quando morre transforma-se em poeira cósmica do universo.

Para que serve o cristianismo no Brasil, tão somente para induzir gente sem cultura cognitiva, através do pentecostalismo elegendo políticos da extrema direita, em defesa do capitalismo rentista, na sustentação do neoliberalismo, uma ideologia econômica dos banqueiros.

O pobre coitado, na crença que um dia terá a salvação eterna, não e não, eu sou honesto não teria coragem de enganar pessoas inocentes, com ausência de cultura, sem possibilidade de saber a verdade.

Entretanto, se o cristianismo não tivesse inventado a história que Jesus de fato ressuscitou, Bolsonaro jamais seria eleito Presidente da República e hoje o Brasil não teria o pior congresso do mundo.

Edjar Dias de Vasconcelos.